CONFLITO DIPLOMÁTICO ENTRE ANGOLA E ISRAEL SERÁ PARA VALER?

Depois que o produtor de petróleo da África Ocidental votou a favor da resolução do UNSC que condena os assentamentos, o PM encerra toda a ajuda ao país; Angola ocupa a província de Cabinda, que tem lutado pela independência desde 1960.

Fonte: ynetnews

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou na terça-feira que Israel suspenderá toda a ajuda ao desenvolvimento para a nação africana de Angola, após o apoio desta última a uma recente resolução da ONU condenando a construção da Cisjordânia israelense.

Este é o mais recente de uma série de retaliação, medidas diplomáticas contra aqueles que foram contra o Estado judeu. Angola é um dos 14 países que apoiaram a resolução anti-Israel.
Diplomatas angolanos prometeram a Israel que se absteriam de votar a resolução, mas decidiram ir contra a sua palavra.

Além disso, ao ser chamado para esclarecer as ações de seu país durante uma reunião no Ministério de Relações Exteriores em Jerusalém, o Embaixador decidiu estacionar ilegalmente, e recebeu um bilhete de estacionamento do município.

Angola é um dos principais países produtores de petróleo e actualmente ocupa a província de Cabinda. Cabindans têm lutado para um estado soberano independente desde 1960.

O primeiro-ministro israelense também disse a seu gabinete que não se reunirá com a primeira-ministra britânica, Theresa May, à margem do fórum econômico de Davos, que acontecerá em janeiro. Ele também ordenou a seus membros do gabinete não ir a países que apoiaram a resolução anti-Israel, e ordenou que seus ministros não se reunissem com seus homólogos desses países.

Netanyahu ordenou aos embaixadores israelenses na Nova Zelândia e no Senegal que voltassem para Israel em retaliação pelos esforços de ambos os países na promoção do projeto de lei. Todos os auxílios, incluindo a ajuda à segurança, foram suspensos no Senegal. O muçulmano da África Ocidental teve problemas repetidos com a Al-Qaeda.

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GOVERNO ANGOLANO AGUARDA NOTA DE ISRAEL

O Governo angolano aguarda uma nota oficial das autoridades israelitas sobre o eventual desagrado pela posição assumida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o problema israelo-palestiniano.

A posição foi anunciada ontem, em comunicado, no final de um encontro entre o Director para África, Médio Oriente e Organizações Regionais do Ministério das Relações Exteriores, Joaquim do Espírito Santo, e o embaixador de Israel em Angola, Oren Rozenblat.

Durante o encontro, o chefe da missão diplomática de Israel manifestou o desagrado do seu país pela posição assumida pelo Conselho de Segurança da ONU, do qual Angola é membro não permanente até ao final do mês. De acordo com o comunicado do Ministério das Relações, o embaixador de Israel não se fez acompanhar da respectiva Nota Verbal, um documento recomendável por regra diplomática universal para situações do género.

O Conselho de Segurança aprovou, na sexta-feira passada, uma resolução contra os colonatos israelitas. O texto recebeu 14 votos a favor e uma abstenção dos Estados Unidos. O documento destaca que Israel precisa de acabar com as construções nos territórios palestinianos, medida essencial para a solução de dois Estados. O texto reafirma que o estabelecimento de colonatos, algo que ocorre desde 1967, não tem validade legal e viola a lei internacional, além de ser um enorme obstáculo para o alcance de uma solução de dois Estados e da paz na região.

Em reacção, Israel reduziu as suas relações com os países que votaram a favor da resolução das Nações Unidas, reduzindo temporariamente visitas e trabalhos com as embaixadas desses países.

Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU são os Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, que têm poder de veto, e como membros não permanentes estão o Egipto, Senegal, Angola, Japão, Ucrânia, Malásia, Uruguai, Venezuela, Nova Zelândia e Espanha.

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VOTO DE ANGOLA CONTRA COLONATOS DE ISRAEL GERA VÁRIAS REACÇÕES NAS REDES SOCIAIS


A votação de Angola contra as construções levadas a cabo por Israel na Cisjordânia e em Jerusalém estão a gerar várias reacções da parte dos cidadãos angolanos nas redes sociais. Uns defendem que o voto contra Israel na resolução 2334 manifesta a vontade do Executivo de José Eduardo dos Santos pretender estar ao lado da justiça, outros acham ter sido um erro crasso, face aos acordos no campo económico e de segurança recentemente rubricados entre Angola e Israel.

A verdade porém é que sem muito tempo de reflexão, a administração de Benjamim Netanyahu já decidiu suspender as relações com todos os países que votaram a favor da referida resolução parida na ONU, nomeadamente: a Rússia, França, Espanha, Reino Unidos, China, Japão, Egipto, Uruguai, Angola, a Ucrânia, o Senegal e a Nova Zelândia – nos dois últimos países, os embaixadores israelitas receberam ordens para regressar já a Tel Avive!

Por cá, as autoridades ainda respondem de forma titubeante às ameaças de Benjamim Netanyahu, mas nas redes sociais o facto faz furor. Por exemplo, o jovem Filipe Sebastião Baião, técnico da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), é de opinião de que a decisão de Angola foi a mais acertada. Para o mesmo, a referida resolução tinha de ser tomada há muito.
“A política de colonatos é uma violação flagrante da lei internacional e um obstáculo para paz entre os dois Estados”, defendeu.
Colonatos de Israel

Já Jéssica Lemos, estudante de sociologia, entende que Angola devia se abster da votação. “A política tem dessas coisas, mas não se deve tomar decisões precipitadas para resolver certas situações, para posteriormente essa decisão não se transformar em desespero”, aconselhou. Diferente dos anteriores internautas, Isaac Cacalo defende que os internautas que o antecederam e os governantes que votaram contra Israel, desconhecem a verdade histórica.

“Aquela terra pertence a Israel, mas a ONU por ser dominada por líderes anti-israel procurou aprovar isto com uma ajuda de peso, o muçulmano Barack Obama. Foi-me vergonhoso ver Angola colaborar com estes senhores. O que Angola e outros países fizeram foi uma afronta ao Deus de Israel. Pois disse Deus a Abraão: «abençoarei a ti e amaldiçoarei aos que te amaldiçoarem”, disse o mesmo, revelando ser um crente confesso dos escritos bíblicos.

Ora, as afirmações de Isaac foram prontamente repudiadas por Félix Inácio, trabalhador da DAF. O jovem iniciou por aconselhar o anterior internauta a estudar um bocadinho mais sobre a Historial Universal. “A verdade te liberta do obscurantismo intelectual, aquela Terra sempre foi dos Palestinos, investigue mais acerca do fim do Império Otomano, sobre o fim do Protectorado Britânico, sobre a Palestina e etc. Pois verás que o Israel é um intruso naquela localidade. Angola teve uma decisão sábia”, sentenciou.


Portanto, são várias as reacções sobre a votação de Angola contra a construção de colonatos de Israel nas cidades supra, durante a última reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, preferimos ficar por estas por serem um bocado mais comedidas em relação às outras.

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SITA ACUSADO DE MANTER-SE SURDO FACE ÀS LAMENTAÇÕES DOS MUNÍCIPES DO SAMBIZANGA


Os moradores do distrito urbano do Sambizanga – zona tradicionalmente marcada pela criminalidade, vaticinam que o actual comandante Provincial de Luanda da Polícia Nacional, António Maria Sita, tenha adoptado uma estratégia de combate ao crime baseado em critérios discriminatórios por alegadamente nada fazer para mitigar a avassaladora onda de criminalidade ocorrida naquela circunscrição.


Os munícipes manifestaram seu descontentamento à imprensa, face ao assalto concorrido com tentativa de violação sexual, ocorrido ontem, na zona da linha férrea, protagonizado por jovens delinquentes residentes na rua do pisa-caco, comuna do Sambizanga, distrito com o mesmo nome.


Infelizmente, situações horripilantes como descritas acima ocorrem diariamente no Sambizanga. Segundo muitos, tem sido perca de tempo e esforço participar as ocorrências à Polícia Nacional. “Às vezes é preferível procurar alguns jovens do bairro e fazer justiça por mãos próprias”, diz uma residente.


Na verdade, há muito que os operacionais da Polícia Nacional, adstritos ao Comando de Divisão do Sambizanga fazem descaso das queixas a eles apresentadas, mas a indigna atitude policial ficou ainda mais patente com a ascensão de Sita ao cadeirão máximo da Polícia de Luanda.


Desde lá (ascensão de Sita), embora tenha havido mais operações em comparação aos seus antecessores, é no pelouro de Sita que os delinquentes passaram a actuar mais livremente. A zona da linha férrea (no Sambizanga) é um caos total. De forma impune e como se lhes fosse atribuído uns prémios pelos feitos, os rapazes saem da rua do Pisa-caco e cometem inúmeras atrocidades na linha férrea.


Pior ainda é que por se familiarizarem com a marginalidade e os marginais, as crianças da zona começaram a protagonizar lutas diárias de grupos infantis.

“Só pedimos que o sr. Comandante Sita resolva essa situação. Algumas pessoas já pretendem abandonar suas casas”, implorou Silvestre Correia.

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WALTER FILIPE A FIGURA DO ANO


Por Redacção

Walter Filipe, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA) é a nossa figura do ano de 2016. O rapaz feito governador pelos punhos do Titular do Poder Executivo, José Eduardo dos Santos, destacou-se pela forma tão ineficaz em que transformou o Banco central, entidade responsável pelo asseguramento e a preservação do valor da moeda nacional, segundo a Lei n.º 16/10, de 15 de Julho.


O governante que tem a prestigiada função de criar políticas monetárias, financeira e cambial, revelou-se, esse ano, um autêntico fracasso. Para muitos consultores, técnicos da banca e não só, a nomeação de Walter Filipe a governador do BNA foi um dos maiores erros estratégicos de política económica realizado por José Eduardo dos Santos, enquanto Titular do Poder Executivo.


Já outros entendem que o estadista angolano terá sido traído pelos diplomas académicos exibidos por este e por lobistas que intercederam a favor do mesmo. Pois, em abono da verdade, Walter Filipe, jurista e ex-seminarista católico, é dono de um curriculum invejável - antes de sua nomeação, publicou um livro “bastante” esclarecedor sobre a crise e a banca, intitulado: “O Banco Nacional de Angola e a crise financeira”. Bom, o presidente da República e as famílias angolanas esperavam que Walter Filipe fosse tão articulado nas acções quanto o foi nos escritos de seu livro. Infelizmente foi o contrário de todo.


Antes mesmo de os angolanos lamentarem ou perceberem do mal que seria suas vidas do ponto de vista cambial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) manifestou descontentamento pela nomeação, ousando mesmo dizer que tal «desprestigia a banca angolana». Mas preferimos fazer descaso aos avisos.


O peso do poder


Meses depois, ao invés de se ocupar exclusivamente com as suas obrigações em prol das famílias angolanas, o poder atribuído a Walter Filipe subiu-lhe à cabeça, levando o ex-seminarista católico a protagonizar uma serie de nomeações que, segundo fontes, privilegiava a “afinidade”, em detrimento do mérito. Fala-se inclusive que até a venda de divisa aos agentes económicos «privados» “passou a ser discriminatória”.


Alega-se, entretanto que, com objectivo de alargar o seu estabelecimento escolar (colégio), Walter Filipe acabou por esbulhar o terreno de Moisés Sebastião António, sito na rua Santo António, na Província de Luanda.


Rezam os factos que Moisés Sebastião António tem a posse pública e pacífica de uma parcela de terra desde 1998, onde com suor de suas próprias mãos, plantou mais de dezenas de mangueiras. Entretanto, com o avançar da urbanização da cidade capital e a transformação de antigas zonas agrícolas em condomínios, Moisés Sebastião iniciou o processo de legalização do terreno na Administração local.


Fê-lo apresentando os competentes comprovativos, bem como o pagamento de impostos ao Bairro Fiscal. Ora, passado alguns tempos e, tardando a resposta dos órgãos da Administração do Estado, quanto a legalização do terreno, eis que bateu-lhe à porta um emissário do colégio adjacente ao seu terreno, propondo-lhe a venda, com base num contrato, considerado a partida como leonino, dada as cláusulas desfavoráveis para o proprietário.  Confundindo o poder a ele atribuído, os homens de Walter Filipe, obviamente sob orientação deste, demoliram o muro e as plantações de Moisés Sebastião, levado a Tribunal, o agressor venceu a causa.


Para muitos e parece o mais lógico, seria papel dos governantes proteger e preservar os interesses dos cidadãos governados ao invés de ser a fera que os abocanha.   

jornalfalante@hotmail.com

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IPHONE 7 COM O ROSTO DE DONALD TRUMP

A ideia do iPhone com o rosto de Trump surgiu no mês passado, a pedido de uma cliente chinesa.

O que oferecer a quem já tem tudo? Nos Emirados Árabes Unidos uma loja de artigos de luxo respondeu ao pedido de uma cliente e criou um revestimento para o iPhone7 em ouro, diamantes e a imagem do presidente eleito dos Estados Unidos.

O equipamento é apenas um dos muitos exemplos excêntricos que a Goldgenie tem para oferecer. “Os nossos clientes são muito ricos e por vezes é difícil comprar presentes para eles porque têm tudo”, declarou o gerente da loja, Frank Fernando. A ideia do iPhone com o rosto de Trump surgiu no mês passado, a pedido de uma cliente chinesa.

O gerente acredita que o iPhone encomendado pela cliente terá como destino o próprio Donald Trump, após a sua tomada de posse no dia 20 de janeiro. Mas desde a criação do equipamento, a Goldgenie já recebeu pelo menos nove encomendas do iPhone com o rosto do presidente eleito dos EUA.

O equipamento, que está à venda por 151 mil dólares, cerca de 144 mil euros, não é o único objeto extravagante que a loja dos Emirados Árabes Unidos tem à venda. Pode também comprar uma bicicleta de ouro por 350 mil dólares, cerca de 335 mil euros, ou uns sapatos por 2100 euros.


A Goldgenie nasceu em Londres em 1989 com um conceito único: revestir a ouro qualquer objeto pretendido pelos clientes. A elevada procura por parte dos países do Médio Oriente levou à abertura de uma loja nos Emirados Árabes Unidos, onde, segundo Frank Fernando, são frequentes as visitas de famílias reais. A marca deverá abrir lojas brevemente no Qatar mas também a intenção de expandir para Espanha e Malásia. 

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FAA REAFIRMAM APOIO AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA – GARANTE JOÃO LOURENÇO

Luanda - O ministro da Defesa, João Lourenço, reafirmou o apoio do seu pelouro e da Forças Armadas angolanas (FAA) aos esforços do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, para preservar a paz e estabilidade, consolidar a democracia e o reforço das instituições do Estado.
O posicionamento vem expresso numa mensagem de felicitação dirigida ao Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas por ocasião do fim de ano de 2016, assinada pelo ministro da Defesa Nacional.
Reconhece de o ano de 2016 ter sido de várias dificuldades do ponto de vista económico e financeiro, com efeitos estrategicamente contornados “graças a firme e clarividente liderança do Presidente da República”.
Salienta que apesar das dificuldades foram concretizados objectivos de sumo importância focalizados na preservação da paz, estabilidade, reconciliação nacional e o fortalecimento da democracia e perspectivando uma vida melhor para os angolanos.
Dizem-se convencidos que é necessário “preservar a paz e estabilidade, consolidar a democracia e o reforço das instituições do Estado, para ultrapassar as vicissitudes ainda vigentes e renovarmos o estado de espírito dos angolanos”, para o desenvolvimento sustentado do país.
Exprimem a “firme” disposição de continuar a utilizar os meios legítimos e adequados para a preservação da segurança e da defesa da integridade territorial no país, com acções que contribuam para a paz e estabilidades regional, continental e mundial.

Na mensagem, o ministro da Defesa Nacional deseja ao Comandante-em-Chefe das FAA “profundos votos de muita saúde”, extensivo a sua família. 

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“PORTUGAL É UM INIMIGO DO ESTADO ISLÂMICO”

Entrevista com Felipe Pathé Duarte, autor do livro "O Jihadismo Global - Das Palavras aos Actos". Para o escritor, atentados como o de Berlim são uma forma de sobrevivência do Estado Islâmico.

Temos que nos habituar a que, de tempos a tempos, aconteçam ataques deste género? Estamos perante um novo normal?

É provável que sim. O Daesh tem vindo a adotar este modus operandi. A sua capacidade operacional está reduzida porque as suas bases principais, no Iraque e na Síria, estão a ser atacadas. Isto também debilita a capacidade de fazerem ataques em grande escala. Por outro lado, o ciberespaço permite a propaganda - que inspira os chamados lobos solitários - e a comunicação interna sem a necessidade de uma cadeia de comando. No fundo, é uma forma de sobrevivência: já que não podemos fazer grandes atentados vamos apostar neste registo, porque é mais simples e não implica uma grande logística nem uma cadeia de comando. Na edição de novembro da Rumiyah, que é a revista do Daesh, havia três páginas a apelar a este tipo de ataques, explicando como devem ser feitos e dando como bom exemplo o atentado de Nice. De há uns anos para cá tem vindo a ser feito um apelo para que se faça um maior número de ataques de baixa intensidade. São ataques perigosos exatamente porque são pouco sofisticados e, por isso, fáceis de fazer.

É muito difícil fazer prevenção.

Sim, é extremamente complicado porque não têm a tal dimensão temporal que implica um processo organizacional, que os torna permeáveis ao controlo. E não têm a tal dimensão logística que pode ser facilmente identificada. São muito difíceis de monitorizar. E tendem a ser fruto de lobos solitários ou da ação de pequenas células espontâneas.


Mais uma vez voltou a falar-se da necessidade do reforço da cooperação entre as várias agências de informação a nível europeu. Mas esse reforço de cooperação também pouco adianta em casos destes, ou não?

Adianta sempre. A questão é que não está no ethos dos serviços de informações a partilha de informações. Não está e temos que meter isto na cabeça. Por outro lado, também temos que meter na cabeça que isso tem que ser feito. Os serviços de informações ainda pensam que deter informação é poder, mas no caso do contraterrorismo o verdadeiro poder está na partilha dessas informações. Os serviços têm que se adaptar progressivamente a esta lógica, que já não é a mesma da guerra fria.

Alemanha, França e Bélgica têm sido os principais alvos nos últimos tempos. É de esperar que os ataques se estendam a outros países europeus?

É provável que sim. Claro que há alvos mais apetecíveis e mais fáceis do que outros, mas é provável que aconteçam noutros lugares. O grande objetivo estratégico do Daesh para a Europa passa por quatro níveis: punir, desestabilizar, polarizar e alterar as dinâmicas de poder político. No primeiro, o punir, todos os países que fazem parte de coligações que combatem o Daesh são puníveis. Mas o próprio Ocidente em si também representa um inimigo absoluto. Desestabilizar passa por disseminar o medo através da ações terroristas. A partir daí, estando incutida a sensação de que ninguém está a salvo, entramos na polarização das sociedades. 

Isso está a acontecer. Basta ver o crescimento das extremas-direitas. Essa polarização vem criar bolsas de ressentimento e isso aumenta a radicalização e o espaço de recrutamento. A longo prazo, estamos a falar da alteração das dinâmicas de poder político, que é quando esta polarização se torna institucionalizada, com a chegada ao poder dos extremismos políticos. Nesse cenário, ainda é maior o espaço para recrutamento. É um processo puro de subversão global.

Qual é o risco de Portugal ser alvo um destes dias?


Portugal está no quadro mental e geoestratégico de inimizades do Daesh. Poderá sempre vir a ser um alvo. Não estamos livres disso.

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“SÓ INGRESSA À POLÍCIA QUEM CUMPRIU SERVIÇO MILITAR” – ÂNGELO TAVARES

 

Fonte: JA

O ministro do Interior reprovou ontem, em Luanda, a forma como se tem processado o ingresso de cidadãos na instituição, salientando que o procedimento tem provocado alguns constrangimentos e indisciplina.

“Doravante, apenas os cidadãos que cumprirem o serviço militar obrigatório poderão ingressar no Ministério do Interior”, afirmou Ângelo da Veiga Tavares, para quem os candidatos seleccionados devem ter idoneidade moral e outros conhecimentos com vista à consolidação do nível de educação patriótica do efectivo.

O ministro defendeu o afastamento da corporação dos efectivos que assumem comportamento indecoroso, a exemplo do que aconteceu há dias com efectivos acusados de extorquir dinheiro à  população, denunciados através das redes sociais.

Os agentes corruptos foram detidos e vão ser sancionados de forma exemplar, garantiu o ministro, durante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano, no Salão Nobre do Ministério do Interior, que contou com a presença de responsáveis dos órgãos executivos e centrais da instituição. 

Ângelo da Veiga Tavares encorajou o Serviço de Investigação Criminal (SIC) a prosseguir no combate contra crimes violentos, como roubo de viaturas, homicídios e violações sexuais no seio familiar.

“É preciso determinar as causas e motivações que estão na origem das violações sexuais, para que se possa desenvolver melhor o trabalho de prevenção e combate a este mal de forma sustentada, contando com o envolvimento das famílias, instituições, sociedade civil, igrejas e autoridades tradicionais”, disse. Para o ministro do Interior, a manifestação de novos tipos de crimes, como cibernéticos, financeiros e terroristas requer, para  esclarecimento, condições técnicas, tecnológicas e humanas de elevado padrão. 
O SIC, referiu, deve trabalhar para se ajustar às exigências do momento e cooperar com outras forças de inteligência mundiais, incluindo a Interpol. 

O ministro disse que esforços estão a ser efectuados para a implementação de um sistema integrado de coordenação operacional das distintas forças e serviços de segurança, para garantir uma acção integrada dos órgãos que intervêm no sistema de segurança pública. 

Ângelo da Veiga Tavares anunciou, para breve, a entrada do novo passaporte nacional com registo de dados biométricos, conferindo maior segurança, fiabilidade e aceitação internacional. 
O ministro do Interior disse ser importante que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros dissemine conhecimentos em coordenação com os ministérios da Saúde e da Educação sobre a extinção de incêndios, primeiros socorros e salvamento de náufragos, mediante uma formação nas escolas, centros comerciais, empresas de grande dimensão e repartições públicas.

O ministro apontou a construção de casas de baixa renda para os filiados à Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior como um dos principais desafios do Ministério do Interior para o próximo ano. As acções do Ministério do Interior no próximo ano, acrescentou, vão também estar focadas na criação de condições de segurança com vista à realização tranquila, no próximo ano, das eleições gerais. 


O ministro exortou o Serviço Penitenciário a redobrar esforços, com vista à melhoria do sistema de formação dos reclusos, estimulando o recurso ao ensino à distância, em parceria com as universidades públicas e privadas do país.
Ângelo Tavares reconheceu o potencial de mão-de-obra do Serviço Penitenciário, salientando que os presos nas cadeias espalhadas pelo território devem produzir receitas para atenuar o esforço financeiro do Estado na sua manutenção.

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GERAR FILHO POR CESARIANA NA MATERNIDADE PÚBLICA PODE CUSTAR kz100.000

Fonte: F8
Dezena de gestantes forçadas a dar à luz por via de uma intervenção cirúrgica (cesariana) nas maternidades Públicas, lamentam o facto de serem obrigadas a comprar o material (kit) completo para o referido parto, porque as unidades encontram-se alegadamente sem equipamentos, face a crise económica e financeira que assola o país há já dois anos.

Entretanto, F8 percorreu diferentes maternidades e a realidade é a mesma. A descrição dos factos na maternidade Lucrécia Paim e a do Hospital Geral Especializado Augusto N´ganungula são rigorosamente confundíveis.
Ora, segundo dona Joaquina, são as enfermeiras que indicam às parturientes ou aos familiares destas, as farmácias ou os mercados informais que mais comercializam os kits de parto com os preços mais acessíveis.

“O que estamos a passar é demais, não é somente por culpa da crise, pá! Os desvios de dólares ocorridos no sector da saúde e noutros contribuem fortemente para essa situação”, desabafou a anciã, acrescentando, que, “onde é que já se viu numa maternidade pública, as grávidas forçadas a gerar bebé cesáreo serem obrigadas a comprar Algalia, Bisturi, Amplicilina, Bránula, Comprensas Operatórias 20x20, Fios Vicryl, Traumático, Gluco Fisiológico, Luvas Cirúrgicas, Metronidazol, Sacos colectores e muito mais? Ao todo gastei cerca de KZ80 mil”, recordou.

Igualmente, Mauro Francisco, morador do Zango I, em Viana, Luanda, cuja esposa deu à luz um menino, por via de uma cesariana, diz ter gasto muito dinheiro desde as consultas até ao parto – que é a fase final da gestação.

“O meu primeiro filho foi cesáreo, em face disso, as enfermeiras do Hospital local disseram que ela tinha de fazer as consultas na maternidade Ngangula. Em todas as consultas (mensais) a médica recomendava um leque de análises que custavam quase sempre 18 mil ou 14 mil Kz, sem esquecer as receitas. Entretanto, tudo isso fez-me pensar que desta vez ela poderia nascer naturalmente. Ledo engano”, afirmou, adicionando, “infelizmente, na última consulta ela (esposa) foi obrigada a internar e submetida a operação cirúrgica um dia depois, mas antes, a enfermeira já me havia entregado a lista de material para comprar. Confesso que foi assustador”, lembrou o mesmo que diz a maternidade estar rigorosamente sem nada. Até lamina o rapaz foi obrigado a comprar.

“Não sei quanto custa gerar um filho por cesariana numa Clínica, mas acredito que há algumas em que não gastaria tanto dinheiro como aconteceu aqui no Ngangula. Fui obrigado a comprar o equipamento todo para o parto, depois, sob instrução de uma médica, tive de adquirir (nas farmácias) os medicamentos para os devidos curativos. Contas feitas, ultrapassei os KZ150.000”, desabafou outro interlocutor.


Em sentido contrário, Flávia Quintas, observa que nem todas as pacientes são obrigadas a comprar o kit de parto cesáreo. “A minha irmã, por exemplo, chegou hoje ao Ngangula, já teve o bebé por cesariana, mas não compramos nada”, afiançou. Ouvindo o informe que Flávia passava à nossa reportagem, Cláudia, uma jovem que acompanhava a cunhada que alegadamente já se encontrava no Bloco Operatório, retorquiu explicando à Flávia que a irmã daquela só não foi obrigada a comprar o material por ser um parto surpreso.


“Se a tua irmã fizesse as consultas aqui, e os médicos soubessem de antemão que o parto seria cesáreo, podes ter a certeza de que comprariam o kit todo. Só para acrescentar, o equipamento utilizado à tua irmã foi retirado do kit de outra pessoa”, defendeu.

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INÉDITO: HILLARY TEVE MAIS DE QUASE 2,9 MILHÕES DE VOTOS QUE TRUMP


A candidata presidencial democrata Hillary Clinton conseguiu mais quase 2,9 milhões de votos do que o Presidente dos Estados Unidos eleito, Donald Trump, segundo dados finais hoje divulgados pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).
É a maior margem de votação popular alguma vez conseguida por um candidato presidencial perdedor.

De acordo com a AP, os resultados certificados dos 50 Estados norte-americanos federais e do distrito de Columbia (onde está localizada a capital federal Washington) mostram que Clinton conseguiu quase 65.844.610 milhões de votos (48%) e Trump cerca de 62.979.636 milhões de votos (46%).

Hillary Clinton é o quinto candidato presidencial na história dos Estados Unidos que ganha o voto popular mas que perde o Colégio Eleitoral, o processo que integra 538 "grandes eleitores", representativos dos Estados norte-americanos, e que é responsável pela eleição do Presidente.

Um desses casos foi o do também democrata Al Gore, que recebeu mais 540.000 votos populares do que o republicano George W. Bush, que seria confirmado pelo Colégio Eleitoral como chefe de Estado.

Foram muitos os americanos que defenderam que o Colégio devia declarar a candidata Hillary Clinton como vencedora, por causa da discrepância do voto popular, e questionaram a própria validade democrática deste processo.

Os esforços nesse sentido falharam e na passada segunda-feira os "grandes eleitores" reuniram-se nas respetivas capitais estaduais e confirmaram Trump como Presidente.

Com estes votos contabilizados, Trump angariou a maioria dos "grandes eleitores", 304, e Hillary Clinton 227. Para ser o Presidente eleito, o vencedor tem de conseguir, no mínimo, 270 "grandes eleitores".

Nove dias depois da votação dos "grandes eleitores", a 28 de dezembro, o presidente do Senado e outros responsáveis federais e estaduais devem ter "os certificados de voto" em mãos.

A 06 de janeiro, o Congresso reúne-se numa sessão conjunta para contar os votos. Desta vez, o ainda vice-presidente americano, Joe Biden, na qualidade de presidente do Senado, irá presidir a sessão. Os votos de cada Estado são abertos e registados por ordem alfabética. Biden anuncia então os resultados e declara os nomes do novo Presidente e do novo vice-presidente.

Donald Trump, o 45.º presidente dos Estados Unidos, será empossado a 20 de janeiro numa cerimónia pública junto ao edifício do Capitólio, em Washington.

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MEMBROS DA JMPLA PODERÃO SER PROCESSADOS POR BURLA

António Pedro
Fonte: F8
Alguns cidadãos residentes em Luanda ameaçam processar Asafe Adelino, membro do comité provincial da JMPLA, agremiação juvenil do partido governante, por este se revelar incapaz de colocar os filhos e sobrinhos desses cidadãos a estudar na Universidade Agostinho Neto (UAN), após ter cobrado e recebido dinheiro para o efeito.

Contactado, o visado confirmou o facto, mas garantiu ter entregue o montante a António Pedro, director de Gabinete do secretário provincial da organização, por ser este o responsável pelo encaminhamento das listas dos jovens da JPMLA que pretendam ingressar naquela universidade pública.

Ora, segundo as nossas fontes, em detrimento de outras organizações políticas, a UAN cede anualmente algumas vagas de estudo à juventude do MPLA, mas ao invés de ser justamente distribuídas, os responsáveis da organização, se calhar herdando os vícios dos mais velhos do partido, vendem as vagas às pessoas alheias à organização.

“Por exemplo, eu dei KZ150.000,00 ao jovem Asafe para colocar o meu filho a estudar na Universidade Agostinho Neto, mas ele não conseguiu, portanto, só quero o meu dinheiro de volta”, exige uma das fontes, acrescentando que “o melhor de tudo é que ele (Asafe) assinou um documento que atesta ter recebido o dinheiro. Vou processá-lo caso não me devolva os valores antes do início do próximo ano académico”, avisou.

Contactado a propósito, Asafe Adelino confirmou ter recebido o montante, mas esclareceu não ter posto o dinheiro no seu bolso. Pois, explica, o dinheiro é encaminhado para António Pedro, director de Gabinete do substituto de Tomás Bica.

“Recebi o dinheiro, realmente, pois não é só deste senhor, são vários. Mas todo o dinheiro conseguido é encaminhado ao camarada António que tem a competência de enviar a lista da juventude à Universidade Agostinho Neto. Infelizmente, naquela altura ele (António) estava atarefado com as constantes actividades de campo do camarada 1º secretário Higino Carneiro, por isso não teve tempo de enviar as listas ou, se calhar, não pode acompanhar o desenrolar do processo”, presumiu, adicionando, “o pior é que foi ele quem me mandou procurar quem quisesse estudar e agora não percebe que as famílias estão revoltadas pelo fracasso e em face disso, pretendem processar-me caso eu não devolva o dinheiro. Ora, os valores foram todos entregues a ele (António Pedro), mas hoje o camarada diz que eu tenho de resolver essa situação sozinho! Isso é irracional. Se ao menos eu tivesse ficado com alguns tostões, aí tudo bem, mas não foi o caso. Agora pretender atirar-me à cova como o está a fazer, é um acto típico de «anti-camaradagem»”, referiu.


Entretanto, o F8 contactou o jovem António Pedro, director de Gabinete do secretário provincial JMPLA, mas o mesmo alegou não conhecer Asafe Adelino e os factos. Na sequência, garantiu que estava a preparar uma reunião e que depois nos explicaria o que se passava. Tentamos o contacto mas, desta vez, António Pedro não nos atendeu.

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ELEITORES AMERICANOS DE 1976 SALVARAM O MPLA E CUBA



Por Redacção

Alguns documentos secretos postos a circular por algumas agências de inteligência atestam que se o presidente Gerald Ford não perdesse às Eleições Presidenciais dos Estados Unidos da América (EUA) de 1976, provavelmente o MPLA não estaria no poder em Angola e a Cuba seria um caos.

Entretanto, como já é do conhecimento colectivo, dado o facto de em Angola os EUA apoiarem a UNITA, movimento fundado pelo politólogo Jonas Savimbi, Henry Kissinger, então secretário de Estado daquela superpotência mundial, revelou-se deveras irritado pelo facto de Fidel Castro, presidente cubano – Estado amigo da ex-URSS ter, em 1975, destacado um contingente militar para apoiar as forças militares do MPLA que se encontravam em guerra ideológica e militar com as forças armadas da UNITA e da FNLA.

Porém, face a essa ousada investida cubana que rapidamente criou dificuldades à UNITA e aos sul-africanos que também tinham homens no referido teatro-militar – apoiando o Galo Negro, Henry Kissingel, com medo que a “democracia (em Angola) perdesse diante do socialismo”, ignorou os conselhos dos operacionais da Agência Central de Inteligência (CIA) e persuadiu o presidente Ford para que ordenasse um ataque aéreo (bombardeio) sobre Cuba.

A CIA alegava ser prematuro, irresponsável e de consequências nefastas um ataque norte-americano contra Cuba porque acreditava que os russos viriam em defesa dos cubanos e, possivelmente seria o início de uma terceira guerra mundial.

Inconsequente, Kissinger insistiu com a sua tese, tendo o chefe de Estado aceitado o seu conselho, embora reservasse a operação contra a Cuba para depois das eleições presidenciais que se aproximavam.

Na ocasião, segundo os documentos postos a circular, o presidente Ford terá dito o seguinte: “Ok, iremos avançar sobre Cuba, mas só depois das eleições”. Ora, cautelosa, a CIA sempre mostrou-se contra, mas Henry, até aqui o mais influente secretário de Estado norte-americano ao longo dos seus 240 anos de independência, defendeu continuamente o aniquilamento de Cuba que, para ele, significaria a vitória da democracia em Angola.

No caso vertente, para alegria do MPLA e obviamente para tristeza da UNITA, Gerald Ford perdeu às Eleições a favor de Jimmy Carter, um homem ligeiramente mais dialogante, pese embora também tenha mantido o bloqueio económico contra Cuba.

Quem é Henry Kissinger

Henry Kissinger
Henry Alfred Kissinger (nascido Heinz Alfred Kissinger, a 27 de maio de 1923) é um diplomata estadunidense, de origem judaica, que teve um papel importante na política externa dos Estados Unidos da América (EUA), entre 1968 e 1976.

Em 1938, devido às perseguições antissemitas (acções contra judeus) na Alemanha nazista, seus pais emigram com ele para os EUA. Cinco anos depois, ele obtém sua cidadania americana, precisamente a 19 de junho de 1943.

Depois de servir na Segunda Guerra Mundial, fez o seu doutoramento pela Universidade Harvard em 1954, tornando-se imediatamente instrutor na mesma instituição, depois de alguns anos, obteve o título de professor.

Kissinger foi conselheiro de relações exteriores de muitos presidentes dos EUA, de Eisenhower a Gerald Ford, sendo secretário de Estado dos Estados Unidos (cargo equivalente a de ministro das Relações Exteriores em Angola e de ministro dos Negócios Estrangeiros em Portugal), conselheiro político e confidente de Richard Nixon.

Em 1973, ganhou, com Le Duc Tho, o Prêmio Nobel da Paz, pelo seu papel na obtenção do acordo de cessar-fogo na Guerra do Vietnam. Le Duc Tho recusou o prémio.

Entretanto, Henry Kissinger esteve envolvido em uma intensa actividade diplomática com a República Popular da China, o Vietnã, a União Soviética e a África.

Ainda hoje, é considerado uma figura polémica e controversa, tendo alguns de seus críticos o acusando de cometer crimes de guerra durante sua longa estadia no governo, como dar luz verde à invasão indonésia de Timor (1975) e aos golpes de estado no Chile, no Camboja e no Uruguai (1973), sendo que, por diversas vezes, Kissinger usava uma política tortuosa, em que parecia jogar com um "pau de dois bicos". Entre tais críticos, incluem-se o jornalista Christopher Hitchens (no livro The Trial of Henry Kissinger) e o analista Daniel Ellsberg (no livro Secrets). Apesar de essas alegações não terem sido provadas perante uma corte de justiça, considera-se um ato perigoso para Kissinger entrar em alguns países da Europa e da América do Sul.

Henry Kissinger foi um dos mentores – ou mesmo o mentor – da chamada Operação Condor, para a América do Sul, tendo o mesmo dito, certa vez ao ministro das relações exteriores argentino da época: “Se há coisas que precisam ser feitas, vocês devem fazê-las rapidamente”, referindo-se à eliminação e à repressão a quem era contra a ditadura, incluindo-se aí, obviamente, métodos como torturas e mortes.

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EXONERADA DIRECÇÃO QUE MAIS DESVIOS FINANCEIROS PROVOCOU À SONANGOL P & P



A presidente do Conselho de Administração da Sonangol, EP, Isabel dos Santos, procedeu ontem à exoneração do presidente da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa & Produção, Carlos Saturnino Guerra Sousa e Oliveira.

A Sonangol P&P é a empresa do grupo Sonangol que durante a avaliação efectuada apresentou maiores debilidades de gestão e, consequentemente, de desvios financeiros, refere uma nota de imprensa da Sonangol.

Esta decisão é estendida a toda a Comissão Executiva da referida empresa, sendo também exonerados os vogais Carlos Alberto Figueiredo, Walter Costa Manuel do Nascimento, Guilherme de Aguiar Ventura e Ricardo Jorge Pereira A. Van-Deste.

É indicada para o cargo de presidente da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa & Produção, Isabel dos Santos, e são nomeados como vogais Edson Santos, Sarju Raikundalia, Bernardo Domingos e Carlos Cardoso.

Esta decisão está alinhada com a postura do novo Conselho de Administração da petrolífera de ser consequente com os princípios de rigor e transparência que baseiam a sua gestão.

A Sonangol Pesquisa e Produção é uma subsidiária da petrolífera angolana e tem como objectivo o exercício de actividades de prospecção, pesquisa e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos. A operar desde 1994, tem hoje uma produção de 46.000 barris por dia. A Sonangol P&P é parceira em vários blocos em Angola, Brasil, Cuba e Iraque.

Fonte: JA

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JORNALISTAS NÃO PODEM SER REDUZIDOS A UM DIPLOMA – WILLIAM TONET


Os jornalistas não podem ser reduzidos a diploma e a inconstitucionalidade do pacote da comunicação ora aprovado deve merecer a resistência da classe, apelou William Tonet, director e fundador do Bissemanário Folha8, a 20.12.16, na União dos Escritores de Angola (UEA).

Convidado a debruçar-se sobre o tema: “A importância dos medi na consolidação das liberdades fundamentais”, William Tonet que falava diante de diversos jornalistas jovens, defendeu que as Universidades não formam jornalistas, mas sim, licenciados em comunicação social ou jornalismo. “O jornalista faz-se com o tempo, pois, para se ser jornalista tem que ter vontade e tesão”.

“Não se pode aprovar leis para o exercício jornalístico contra à vontade da classe. A ERCA vem confirmar que o regime é fraco. Não se pode limitar o exercício jornalístico a formação superior, por exemplo, antigamente, para se ser cantor tinha-se que ter dom, hoje, com essa política, é só ter boca”, atirou.

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INDIVÍDUOS LIGADOS AOS COMITÉS DE ESPECIALIDADES NÃO PODEM SER JORNALISTAS



O jornalista Ismael Mateus defendeu, na manhã de hoje, que os cidadãos que a partida não garantem imparcialidade na informação aos cidadãos não podem ser jornalistas.

O profissional falava durante a 2ª edição do Projecto Fogueira Jornalísticas, realizado na União dos Escritores Angolanos (UEA).

Ismael Mateus lançou também críticas aos jornalistas que os usam os meios de comunicação para tomar as suas próprias dores, ao invés das dores dos cidadãos, bem como aos jornalistas ligados a partidos políticos.

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SAMAKUVA É UM POLÍTICO FRACO ESPECIALIZADO EM ENGOLIR SAPOS

Por Raúl Diniz
Fonte CK
Foi arrepiante ouvir as palavras delirantes proferidas pelo presidente vitalício da UNITA, sobretudo aquelas em que afirma estar cansado engolidor de sapos. Mas porque só agora é que Isaías Samakuva se apercebeu que é um político fraco especializado apenas em engolir sapos?
Afinal o que se pode esperar de um líder que no oculto é um fervoroso praticante do engole papismo? Nada né. Acho que a militância da UNITA não merece um líder que se esconde frequentemente por detrás de uma cortina de fumo. Se o meu amigo Isaías Samakuva quisesse fazer um ato respeitável, seria de extrema elegância e de profunda grandeza altruística devolver a presidência da UNITA aos órgãos reitores do partido, pegar discretamente a sua trouxa e ir-se embora. 
De preferencia IS deveria ir para bem longe da UNITA, partido que ajudou de sobremaneira a enfraquecê-lo destrutivamente. Apesar de ser vergonhoso, é bem verdade que ao afirmar estar farto de engolir sapos, Isaías Samakuva claramente não faltou com a verdade. Os angolanos sabem que o líder da UNITA não passa da conjugação do verbo encher. Samakuva precisa ser realista e perceber de uma vez por todas, que ausência de tiros não significa existência de paz em Angola.
Não fica bem ao presidente sucessor da enorme figura que foi e vida Jonas Savimbi, vir a público vitimizar-se a troco de nada. Já chega o papelão de querer passar-se por líder de uma oposição forte, que na verdade nunca existiu com a sua liderança.
A UNITA é muito importante para a vida de muitos angolanos que nela se reveem, porém, é deplorável e até mesmo penoso o estado lastimável o estado em que o partido do galo negro atualmente se encontra.
De modo algum jamais trocaria o “M” onde milito a mais de 40 anos pela UNITA, não sou de todo aventureiro para sequer pensar em tamanha asneira. Porém já nutri grande estima e simpatia pelo grande líder da UNITA que foi o dr Jonas Malheiro Savimbi, que, diga-se de passagem, foi o homem mais corajoso, que Angola algum dia produziu nos dois últimos séculos.
Conheço o presidente da UNITA há mais de 25 anos, com quem, aliás, convive de perto com Isaías Samakuva, pois o respeito como pessoa honesta que é, e preso muito pela sua amizade.
Por outro lado, uma coisa são as relações cabíveis de amizade, outras são as relações entre nós dois na defesa do povo, que um dia jurei defender, e me levou a desertar do exercito português, e transitar para as FAPLA, exercito afeto a guerrilha do MPLA, partido a que estou vinculado militantemente a mais de 40 anos.
Tenho por isso autoridade moral para criticar os alarmantes desvios alarmantes da conduta política do líder da UNITA. De resto o presidente da UNTA assim como José Eduardo dos Santos dentre outros militantes do MPLA e afetos as Forças armadas sabem muito bem que sou avesso ao culto do engole sapismo. Ao contrário de IS, eu não engulo sapos de jeito nenhum, nem voluntariamente nem obrigado, ou seja, ainda que essa sapada surja com indumentária em ouro eu não os engulo.
Samakuva é mesmo engolidor de sapos? Desde quando? Onde e como aconteceu à primeira engolida de sapo? E todos esses sapos foram pretensamente engolidos para manter soerguida a bandeira da paz em Angola? Sinceramente fica impossível compreender as qualificações políticas do líder imortal da UNITA, que acaba de firmar-se como vítima da sua própria armadilha.
Num momento que se requer dos partidos da oposição uma ação concertada para inviabilizar a heterodoxia política fascizante da ditadura suportada pelo MPLA, numa altura em que são violados todos os direitos constitucionalmente observados, sobretudo pela chantagem politica incrementada contra a própria UNITA, o seu presidente demonstra o seu imprestável gosto de engolir sapos!
Hoje posso afirmar sem medo de errar, que o líder da UNITA Isaías Samakuva não é nem de facto nem de direito o maior patrimônio objetivo de paz para os angolanos. 
Desde quando é que um sapo engole outros sapos? Sempre pensei que os inúmeros incomportáveis saltos de Samakuva faziam-no idêntico ou parecido aos seus pares anfíbios, os sapos! Percebe-se agora que o presidente da UNITA imita muito bem o chefe do regime que tudo tem feito para surgir aos olhos de cidadãos distraídos, como arquiteto da paz.
Isso é irreal, não pode ser verdade! Será possível que Samakuva está mesmo a ver o filme do lado de fora do cinema? Pior que tudo, estará a vê-lo de patas para o ar?
Samakuva tem de ser de uma vez por todas um político responsável, se quiser ser respeitado como tal.  Como não entende que é o povo que tem sido obrigado a engolir sapos de todas as cores e tamanhos, por ter na liderança da UNITA um líder frouxo e totalmente incompetente. Dentro do xadrez político nacional?

Porém, a pergunta que não quer calar é a seguinte, qual é a assinatura da UNITA face ao futuro de Angola? Essa pergunta produz uma como resposta uma afirmação excêntrica e inegavelmente dolente para o cidadão que espera encontrar uma UNITA forte e bem temperada para o embate politico que se aproxima. A UNITA não pode continuar a debicar os grãos no aprisco de Isaías Samakuva, ela deve a meu ver procurar fortalecer-se longe do seu atual líder engolidor de sapos.

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