SERÁ QUE CONTINUA?: “OPOSIÇÃO É O ESTRUME QUE FORTALECE A ÁRVORE DO PODER”, DISSE PEDROWSKI TECA HÁ DOIS ANOS

 
Por D. Politicas e VOA

O activista e jornalista Pedrowski Teca disse há dois anos que os partidos da oposição são o estrume que fortalece a árvore do poder do MPLA, quando respondia as questões levantadas pelos ilustres ouvintes da estação Voz de América, no prestigiado Programa “Angola Fala Só”.
A ousadia do jovem custou-lhe caro, chegou a perder alguns amigos ligados “intrinsecamente” à oposição. No caso vertente, o jornalista disse na ocasião que os partidos da oposição operam dentro dos limites impostos pela ditadura.
“O parlamento não tem poderes e a oposição não tem iniciativas”, disse Pedrowski Teca, tendo garantido que o regime usa a oposição para se justificar a si mesmo. Dois anos depois, será que o quadro continua o mesmo?
“A oposição é o estrume que fortalece a árvore do poder do MPLA”, dizia, acrescentando, que, “os nossos objectivos convergem de certo modo com os da UNITA”, partido este que, recentemente, se negou à última da hora, ceder o multiuso do seu complexo SOVISMO, aos 17 activistas ex-presos políticos.
O ex-membro do Movimento Revolucionário Angolano disse que não se pode excluir a possibilidade das autoridades nunca permitirem a realização das eleições autárquicas porque elas “não beneficiam o partido no poder”.
Pedrowski Teca, jornalista e activista
As eleições autárquicas vão “descentralizar o poder pois é impossível ganhar em todos os locais”.
“Isso significa que o MPLA terá que partilhar certo poder com a oposição”, disse.
Pedrowski Teca iniciou o diálogo com os ouvintes explicando que o seu movimento nasceu de uma organização informal de jovem. Devido à falta de uma estrutura e objectivos, surgiu o Movimento com um código de ética, quatro objectivos concretos e uma direcção colegial
“A nossa luta é inteiramente pacífica e temos sempre sido pacíficos”, disse o activista.
O Movimento Revolucionário Angolano quer expandir para fora de Luanda, onde tem estado activo, mas para além da “apatia”, a situação “é mais difícil nas províncias”, disse Pedrowski Teca, que recordou que as manifestações organizadas noutras cidades do país “foram mais reprimidas”.


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