ANGOLA ESTIMULOU A LUTA CONTRA O COLONIALISMO NO ESPAÇO PALOP
Embora sob forte discussão (entre o MPLA e FNLA) sobre quem deu os
primeiros tiros para assustar o colono português e daí precipitar a sua fuga do
solo angolano, o país assinala amanha, dia 04 de fevereiro do presente, o início
da luta armada de libertação nacional, cujo efeito despertou a consciência de
outras colonias portuguesa.
Na verdade, inicialmente, a presença de Portugal em Angola era ainda
titubeante, antes de perder a única colonia americana. Após isso, na terceira década do séc. XIX, mais propriamente em 1822, Portugal é
forçado a devolver a soberania brasileira aos filhos daquela terra, aborrecidos
e “considerando-se superiores” aos africanos, os portugueses viraram todas as
atenções aos actuais Estados dos PALOPs, sobretudo em Angola, com a exploração
das suas riquezas e de sua gente.
Entretanto, logo
após a Conferência de Berlim, quando se definiu a partilha de África cabendo a
cada nação europeia, as parcelas territoriais definidas nesse tratado e coincidindo
com a revolução industrial, Portugal intensificou o seu recrutamento de
angolanos e não só, numa política chamada de contrato, não menos humilhante vai
substituir a desumana escravatura que era praticada durante vários séculos, até
há bem pouco tempo, desses acontecimentos.
Ora, Essas assimetrias
e desigualdades sociais chamaram a atenção de um
grupo de intelectuais e
jornalistas que, principalmente nos periódicos da época denunciavam as
injustiças praticadas. Embora fossem insistentes nas suas afirmações, por serem
tão pacíficas, quase que importância não lhes era dada.
Com base nisso,
na década de 40, essencialmente foram-se criando vários grupos de nacionalistas
que reclamavam a emancipação dos africanos, a igualdade em todos os sentidos e
senão mesmo, a autodeterminação dos povos colonizados.
Na dianteira do hoje PALOP, em Angola, segundo o MPLA, a 04 de
fevereiro de 1961, um grupo de cerca de 200 angolanos, ligados a este movimento
atacou a Casa de Reclusão Militar, em Luanda, a Cadeia da 7.ª Esquadra da
polícia, a sede dos CTT e a Emissora Nacional de Angola. Embora Portugal e a FNLA
digam que o 15 de Março do mesmo ano seja a data mais acertada que, prolongar-se-ia,
ainda segundo Portugal, até ao um cessar-fogo em Junho (com a UNITA) e Outubro
(com a FNLA e o MPLA) de 1974.
Independentemente de quem começou, o mais importante para os angolanos
é que o país está hoje independente, fruto do esforço de ambos Movimentos de
Libertação Nacional (FNLA, MPLA, UNITA) que, com sua sagacidade despertaram
outros povos do espaço PALOP.
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