GUERRA SE PROLONGARIA POR MAIS TEMPO CASO SAVIMBI SOBREVIVESSE – AVISAM SECTORES DO MPLA

O país relembra hoje (22.02) a eliminação física de Jonas Savimbi, que consequentemente ditou o fim das hostilidades militares. A propósito, sectores do MPLA avisam que a então tida mais prolongada guerra africana se estenderia por mais tempo, caso o líder fundador da União Nacional para Independência Total de Angola sobrevivesse.

Já os maninhos advogam que a paz fazia parte da agenda da UNITA e de seu líder, recordando a 16ª Conferência que, segundo os discípulos do “velho guerrilheiro”, apontava para a via do diálogo franco e aberto, do qual, faria parte o Papa João Paulo II. 

Por seu turno, alguns dirigentes do partido governante referem que Jonas Savimbi e a UNITA já rubricaram vários acordos, dos quais, foram violando sistematicamente. “Quando estivesse num contexto de fragilidade militar, o líder da UNITA assumia determinados compromissos, enquanto secretamente apetrechava suas tropas, após concluir a tarefa voltava à carga. Quem nos garante que depois desta resolução supostamente proposta pela 16ª Conferência que só eles é que conhecem sua existência e conteúdo, a UNITA não voltaria à guerra tão logo desse volta àquela situação em concreto? Não nos podem garantir que aquilo era para valer”, aflorou a fonte, ligada ao comité provincial do MPLA em Luanda.

Entretanto, contrariamente ao dito por sectores ligados aos camaradas, alguns estudiosos da UNITA garantem que o MPLA tem conhecimento da referida pretensão de paz de iniciativa do então líder do Galo Negro. Os mesmos asseguram que a morte de Jonas Savimbi foi a manifestação clara de que não mais o queriam vivo, porque só o soar de seu nome perturbaria os governantes, mesmo que o país estivesse em paz.


“Há coisas que hoje fazem que não ousariam fazê-lo se o velho Jonas estivesse vivo, mesmo sem força militar, o que fosse dito por ele (Savimbi) seria apreciado pelo povo, por isso é que o MPLA bloqueou as pontes para o diálogo previstos na 16ª Conferência, cortando as comunicações da UNITA a nível interno e externo, bem como aumentou os ataques contra a UNITA, para o aniquilamento total de seu líder, Jonas Savimbi”, advogou o membro do Comité Permanente da Comissão Política do Galo Negro.
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