GOVERNO ANGOLANO DEVE ENTENDER QUE JUSTIÇA E POLÍTICA NÃO SE MESTURAM – DIZ ANTÓNIO COSTA
Fonte: Observador/ DP
Primeiro-ministro português apelou à manutenção da "boa relação que Portugal e Angola têm de
ter sempre, qualquer que seja o Governo e qualquer que sejam as circunstâncias”.
António Costa reagia assim, ao início da tarde, à
nota divulgada pelo Ministério das Relações Externas de Angola. No comunicado,
o governo angolano classificou a atuação da justiça portuguesa referente à
acusação do vice-presidente, Manuel Vicente, de “inamistosa" e
"despropositada”.
Para Angola, o processo foi criado para lesar os
“verdadeiros interesses dos dois países, atingindo a soberania de Angola ou
altas entidades do país por calúnia ou difamação”, levado a cabo por “forças
interessadas em perturbar ou mesmo destruir as relações amistosas existentes”
entre Portugal e Angola.
Confrontado com esta posição, António Costa que
respondeu aos jornalistas à margem a 11.ª Sessão Plenária da Assembleia
Parlamentar para o Mediterrâneo (APM), que política e justiça não se põem no
mesmo saco. “Angola também tem de perceber que não depende nem do Presidente da
República, nem da Assembleia da República, nem do Governo as decisões que, com
total independência, o poder judicial toma”.
O primeiro-ministro, citado pelo Observador, sublinhou
que o importante era não prejudicar a "boa relação que Portugal e Angola
têm de ter sempre, qualquer que seja o Governo e qualquer que sejam as
circunstâncias”.
Recorde-se que o atual vice-presidente de Angola foi
acusado pelo Ministério Público português de um crime de corrupção ativa, um crime de branqueamento e um
crime de falsificação de documento no âmbito da operação Fizz.
À data dos factos, Manuel Vicente era presidente da
Sonangol. Quando foi conhecida a acusação, Rui Patrício, advogado de Manuel
Vicente, reagiu em comunicado afirmando que o vice-presidente angolano “nunca
sequer foi ouvido”.
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