LUCAS NGONDA TEM ORGULHO DE SI PRÓPRIO?


Fonte: Correio Kianda

Lucas Benghy Ngonda, presidente suspenso da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), há muito que estaria privado de sua liberdade, caso as violações sistemáticas aos Regulamentos e Estatutos partidários, bem como os golpes à moral e à ética – premissas fundamentais para a estabilidade e coesão interna das organizações políticas, fossem tipificadas como actos puníveis pela Lei e a Constituição.
Ora, os erros são tantos, pois o homem teve inclusive a ousadia de vilipendiar a honra de um morto (Holden Roberto, uma prática incomum para os africanos), na sua mais recente entrevista que concedeu à Televisão Pública de Angola (TPA).
Porém, Lucas Ngonda, que tem nos últimos 20 anos, marcado o seu percurso político com uma postura “indisciplinada”, revela-se avesso a qualquer acto que promova a conciliação interna, desde que o referido processo não o coloque à testa do partido – facto que, por inerência de função, dá-lhe o privilégio de se sentar ao lado do chefe de Estado, no Conselho da República. “Tudo pelo interesse pessoal, nada mais”, dizem outros.
Independentemente das razões que o visado poderá apontar para justificar a tal postura indigna, a verdade, porém, é que Ngonda (sem nos darmos ao trabalho de rememorar factos velhos) foi suspenso do cargo de presidente do partido por 50%+1 (que estatutariamente constitui o coro para um encontro decisório) dos membros do Comité Central do então Movimento de Libertação Nacional, na manhã do dia 04.03.17, no CEFOCA, sita na comuna do Hoji Ya Henda, município do Cazenga, em Luanda.
Na sequência, os militantes indicaram Fernando Pedro Gomes, que até aqui, se tem revelado na maior figura de consenso, para dirigir interinamente o partido até a realização do Congresso, aprazado para os dias 28 a 30 de Abril do presente ano.
Em reacção à medida, a direcção de Lucas Ngonda que é, entre muitas, acusada de extorquir dos comissários do partido junto a CNE, cerca de 30% do seu salário, contrariando os estatutos da FNLA, que determinam apenas o pagamento de uma quota equivalente a 10% das referidas remunerações, se nega, com imensas justificações despidas de qualquer suporte estatutário ou legal, a respeitar a decisão do Comité Central.

Face ao vertido, embora seja perdoado pela direcção interina (de Fernando Pedro Gomes), em nome da conciliação interna, boa parte dos militantes exige a sua expulsão do partido, tal como o mesmo procedeu com outros membros de peso, no passado.
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A AURA DOS GOVERNANTES

Mauro Adriano
Por: Mauro Adriano Fernando*

O ciclo da telepolítica abriu palcos para exibir seus actores, melhorar os discursos, maquiar situações e plantar versões no jardim da política. A propaganda pavimentou o caminho dos governos na esteira de um Estado adornado pela fosforescência mediática, exaltando seus chefes e promovendo desfiles de personalidades.

A estética embalou a semântica, criando até embaraços em Políticos não afeitos a teatralização, como o ex-presidente francês François Mitterrand, que chegou a lamentar: "Na TV, o que eu digo vale bem menos do que a cor que as pessoas enxergam em mim".

A propaganda governamental evoluiu de tal maneira que passou a ser protagonista nas estratégias de persuasão social. Os governos tornaram-se os maiores anunciantes dos veículos. Vamos acompanhando nos últimos tempos, quanto os mesmos têm gastado com propaganda governamental. Propaganda é a alma do negócio, ou seja, da imagem e da visibilidade.

Restam as perguntas:

Há sentido em gastar tanto dinheiro em propaganda quando se vêm a infinidade de buracos na estrutura de serviços?

Analisemos a questão. É dever dos governos prestar contas de suas tarefas a sociedade, da mesma forma que é um direito do cidadão saber o que os governantes fazem mas não deveriam fazer; não fazem mas deveriam fazer; ou fazem porque são obrigados constitucionalmente a realizar.

O jogo democrático carece de informação e transparência, possibilitando ao representado monitorar as acções desenvolvidas pelos representantes. O problema passa a existir com a montanha de exageros formada para glorificar as administrações.
Plasmar uma aura para abrilhantar factos que não passam de mera obrigação do governante; criar efeitos estéticos para engabelar o telespectador; maquiar dados; montar uma engenharia persuasiva para provar que gato é lebre; enfim, cobrir o corpo dos governantes com um manto de beleza e exuberância, convenhamos, pode até ser elogiável no aspecto da criação publicitária, mas é discutível do prisma ético.

*Consultor Político
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MPLA DIZ PRETENDER CONTRARIAR A POBREZA

Fonte: Angop

Luanda - O reforço das acções de combate à pobreza será uma das prioridades do MPLA, a partir de Agosto de 2017, caso mereça a confiança do eleitorado nas eleições gerais, afirmou, neste sábado, em Luanda, o candidato do partido a Presidente a República, João Lourenço.

Ao discursar num comício no município de Viana, quinto do seu programa de pré-acampanha eleitoral, considerou importante a aposta numa melhor organização da economia nacional, para produzir-se localmente os bens e serviços de que o país necessita.
O partido prevê combater esse fenómeno social com um conjunto de acções, que envolvem o governo, as associações privadas, igrejas, entre outras instituições, por formas a retirar o maior número possível de cidadãos da condição de pobreza.
Para tal, está disponível a trabalhar para combater a pobreza, que João Lourenço aponta como uma das principais consequências da guerra civil, por ter deixado o país mais pobre em infra-estruturas e com um crescendo assustador no número de pobres.
Na sua estratégia, o MPLA defende maior aposta na produção nacional, prestando apoio necessário ao sector empresarial privado, para que este ajude a produzir e oferecer os bens de que a população e o país necessitam.
No seu discurso, João Lourenço assegurou que, em caso de vitória do MPLA, o sector privado terá apoio do Executivo, sublinhando que o Estado terá a responsabilidade de regular, fiscalizar e traçar políticas de incentivo para o surgimento de mais instituições privadas.
Afirmou que o MPLA prevê trabalhar com os empresários nacionais e estrangeiros, sublinhando que a importância do empresariado privado reside na necessidade de maior oferta de bens e serviços e de ser o sector privado que mais emprego oferece à população.
João Lourenço sublinhou a necessidade de o Estado investir no sector social, criando mais escolas e hospitais, contando com os impostos do sector privado.
O partido, informou, conta privilegiar, a partir de Agosto próximo, o surgimento de micro, médias e pequenas empresas, e considera que o ideal seria ter em Angola muitos cidadãos detentores de pequenas empresas, e menos investidores a deter grandes empresas.
É pretensão do MPLA criar uma classe média angolana forte, na ordem de 60 porcento.
O candidato do partido nas eleições gerais de 2017 considera importante criar equilíbrios, alargando substancialmente o número de cidadãos que saem da condição da extrema pobreza, da condição de pobres e passam a integrar a classe média.

João Lourenço, que iniciou a pré-campanha eleitoral na província da Huíla, ja proferiu comícios nas localidades do Andulo e Cuito (província do Bié), bem como no município do Cazenga (Luanda).
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ANGOLA PRECISA DE GESTORES FORTES – BORNITO DE SOUSA

Fonte: Angop

Luanda - Angola precisa de eficientes gestores e administradores, tanto no sector privado como no público para fazer fase ao processo de transição da reconstrução nacional para o de desenvolvimento moderno, defendeu nesta sexta-feira, em Luanda, o ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa.

Falando no acto de apresentação pública da Associação dos Gestores e Administradores de Angola (AGAA), referiu que para o alcance com sucesso de tal objectivo, estes precisam de ser bem treinados e alinhados às práticas de gestão modernas.
Afirmou não bastar fazer ou edificar escolas, hospitais, portos, aeroportos, edifícios institucionais, barragens hidroeléctricas, centrais de produção ou tratamento de águas, mas também assegurar a sua manutenção, o seu correcto funcionamento quotidiano e sustentabilidade económica e financeira.
Acrescentou que uma boa gestão é ainda mais necessária e exigida em Angola, tendo em conta a situação de crise económica mundial a que o país não está à margem.
Bornito de Sousa reiterou ser necessário o treinamento devido dos gestores e administradores quer públicos quer privados, para que estes se mantenham alinhados com as melhores e mais avançados padrões de gestão, dando segmento ao momento actual de transição mundial para a chamada “Quarta Revolução Industrial”.
Tento em conta as situações em que se verifica no dia-a-dia a criação desta associação pode e deve chamar a atenção para a importância da gestão e da administração correcta, de acordo com o governante.
Com uma  plateia representada pelas 18 províncias do país, além de alguns membros do Executivo, Bornito de Sousa augura que a Associação dos Gestores e Administradores de Angola (AGAA) evoluía para uma Ordem da classe, em tempo oportuno.
Criada no dia 14 de Setembro de 2016, a AGAA conta com mais de três mil associados a nível da capital do país (Luanda) e núcleos provinciais nas demais regiões de Angola.
Na cerimónia de apresentação pública foram abordadas temas como: o papel da gestão e administração no contexto nacional e internacional do desenvolvimento económico e social, a economia nacional e internacional no contexto actual.

Ainda o contributo do profissional de gestão e da administração no desenvolvimento das instituições públicas e privadas, a gestão e administração estratégica em tempo de crise - experiência de Israel, foram entre outras aulas “magnas” ministradas por especialistas nacionais e estrangeiros.

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GARANTIDO O ACESSO AO CRÉDITO BANCÁRIO PARA A JUVENTUDE

Fonte: Jornal de Angola

As medidas e procedimentos para a criação de empresas colectivas e individuais que possibilitam o acesso ao crédito jovem (Projovem) em curso no país dominou na quinta-feira, em Saurimo, um encontro de esclarecimento orientado pela governadora provincial da Lunda Sul, Cândida Narciso.

Entre as áreas eleitas para o acesso ao financiamento, destacam-se a agricultura, pecuária, indústria, pesca, indústria, Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), restauração, comércio e prestação de serviços.  A governadora considerou que o desenvolvimento do país nos seus múltiplos aspectos “depende também da entrega e dedicação dos jovens, a quem depositamos toda a nossa confiança para erradicarmos a pobreza”.

Incentivar os jovens a explorarem as suas capacidade no ramo do empreendedorismo “é também nosso dever como governantes”, mas a vontade de crescer impulsiona a criatividade, dedicação e inteligência, por constituírem aspectos a levar em conta para o sucesso no mundo dos negócios.
A gerente do Banco de Comércio e Indústria, Sandra Mecânico, explicou de forma detalhada os procedimentos que habilitam ao crédito, cujo montante varia entre 100 mil e 40 milhões de kwanzas, dependendo do projecto apresentado.


Mais de 500 jovens de vários estratos sociais aprenderam igualmente a organizar  processos para a criação de empresas, através de explicações prestadas por técnicos do INAPEM, BUE, Conselho Provincial da Juventude (CPJ) e da direcção da Juventude e Desportos.
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BREVE HISTÓRIA DA IMPRENSA ANGOLANA

Fonte: F8
O aparecimento da imprensa em Angola data de 1845, contando-se 46 títulos na passagem do século passado. Pormenor de nota é a referência a jornais produzidos por “angolenses”, o termo usado na altura para os naturais de Angola, por oposição aos colonos provenientes de Portugal. O primeiro jornal numa língua nacional “O Kimbundu” foi feito em Nova Iorque, em Fevereiro de 1896.
O aparecimento do diário A Província de Angola (PA) em 1923 é considerado como o início da imprensa comercial e de circulação regular. Em 1936 surge o Diário de Luanda (DL), jornal que a par do PA, constituem as duas mais antigas publicações angolanas, em 1974.
Na altura da proclamação da independência, em Novembro de 1975, o Província de Angola tinha alterado o nome para Jornal de Angola (em 1974), passando a ser o jornal governamental.
Cessaram a sua publicação os jornais O Comércio e ABC e as revistas Notícia e a Semana Ilustrada, em Luanda, e desaparecem os poucos jornais editados nas províncias, entre eles O Planalto, publicado no Huambo. O Diário de Luanda, após uma breve interrupção, regressa às ruas da capital como jornal vespertino, cessando a sua publicação em Maio de 1977, depois da sua linha editorial ter sido conotada com o “fraccionismo”, uma cisão no partido do poder (o MPLA) em Luanda (27 de Maio de 1977). Com o DL desaparecem várias pequenas publicações fortemente politizadas, marcando um claro controlo da imprensa por parte do MPLA. A Rádio Ecclesia foi extinta oficialmente a 24 de Janeiro de 1978.
Em 1975 é criada a agência nacional de notícias, a Angola Press (ANGOP), um órgão de informação estratégico na lógica do sistema de partido único (a sua oficialização veio a verificar-se em Fevereiro de 1978), em paralelo com a Rádio Nacional de Angola (RNA) e a Televisão Popular de Angola (TPA), criadas “revolucionariamente” em 1974 (quase um ano antes da independência).
A Angop estabelece-se em todo o país e cria delegações no exterior, dispondo hoje de meios técnicos sofisticados: emissões computadorizadas e serviços noticiosos em website próprio. É da Angop e da RNA que sai a primeira geração de jornalistas formados após a independência. Foi também na agência noticiosa que se travaram algumas das mais importantes lutas pela liberalização do sistema de informação em Angola nos anos 70 e 80. A revista Novembro, uma publicação com intuitos liberais criada no seio do próprio sistema, nunca teve uma edição regular.
O sector da comunicação social foi aberto à participação privada em 1991 (a lei que garante a liberdade de imprensa foi publicada a 15 de Junho de 1991). Pouco antes das eleições gerais multipartidárias de Setembro de 1992, com a liberalização do regime, surgem os semanários Correio da Semana e Comércio Actualidade. A Rádio Vorgan, pertencente à UNITA, passa a emitir a partir de Luanda e a venda do jornal Terra Angolana (publicação da UNITA editada em Lisboa) é autorizada nas ruas da capital. Surgem também as primeiras rádios privadas: a LAC, em Luanda, a RCC, em Cabinda, a Rádio Morena, em Benguela e a Rádio 2000, no Lubango.
Com o reinício da guerra logo após as eleições, o desenvolvimento da imprensa sofre um retrocesso. A Vorgan e o Terra Angolana passam a ter uma existência clandestina nas áreas sob controlo governamental. Mesmo assim, em 1993 é criado o Imparcial Fax, uma pequena publicação de grande influência que foi encerrada em Janeiro de 1995, após o assassinato do seu editor, Ricardo Melo.
Surge nesse ano (1995) o Folha 8, outra publicação distribuída inicialmente por fax e com grande influência junto dos sectores de elite na capital.
Alguns meses após o estabelecimento do Protocolo de Lusaka (assinado a 20 de Novembro de 1994 entre o Governo e a UNITA), alguns jornalistas do Imparcial lançam o Actual Fax, transformado, mais tarde, no semanário Actual.
Em Março de 1997 foi reaberta a Rádio Ecclesia, emitindo em FM para a região de Luanda, e saía à rua o semanário tablóide a cores, Agora. O Angolense, outro semanário tablóide a cores (editado em 1998) e o Independente, completavam o panorama da imprensa de carácter generalista em Angola.
O aparecimento de novos títulos e rádios ocorreu no período 91/92, em simultâneo com a liberalização do regime. Mas a situação sofreu novo retrocesso com as confrontações armadas que se seguiram às eleições de Setembro de 1992. Alguns apoios internacionais e iniciativas locais, ditaram o aparecimento de novos títulos desde 1997, em paralelo com a reabertura da Rádio Ecclesia, uma rádio que, não obstante o seu âmbito religioso, constitui um novo espaço de abertura no panorama informativo angolano, embora o seu raio de emissão se restrinja ainda à capital.
William Tonet. Fundador e Director
William Tonet cresceu como “criança soldado”. O seu pai foi um dos fundadores da 1ª Região Político-Militar do MPLA. Aos 8 anos de idade já dominava as comunicações militares.
Foi dos mais novos comandantes militares, com 16 anos de idade.
Esteve na Cadeia de São Nicolau, com o seu pai, preso, quando tentavam abrir uma região político militar do MPLA, no Huambo, em 1968.
Foi um dos que implantou a organização dos pioneiros do MPLA, OPA, em Luanda, e foi um dos comandantes que levou o porta-bandeira, em 11 de Novembro de 1975, no dia da proclamação da Independência. Foi igualmente um dos impulsionadores das estruturas juvenis da JMPA, nas fábricas e locais de trabalho, em 1975/6.
Trabalhou no gabinete do então ministro da Administração Interna, comandante Nito Alves, sendo responsável das comunicações e dos assuntos juvenis.
Esteve preso em 1977 (na sua família estiveram quatro presos: ele, pai e dois tios, enterrados vivos).
Em 1979 entrou para os quadros da TPA, como assistente de câmara, depois de ter sido expulso do Jornal de Angola, por Costa Andrade, Ndunduma, acusado de ligações aos chamados fraccionistas.
Na Televisão teve programas de grande audiência, destacando-se o Horizonte, dedicado à juventude e com este programa contribuiu decisivamente para as transmissões em directo. Tendo um espectáculo no Sporting de Luanda, sido o primeiro directo da TPA.
Foi o primeiro delegado da TPA (Televisão Pública de Angola) em Benguela e professor do ensino secundário, no Ciclo Velho.
Criou o programa Panorama Económico no período de partido único. Constituiu uma novidade, para a época. Valeu-lhe muitos amargos de boca, tendo estado este na origem da sua saída da TPA.

William Tonet ladeado pelo chefe do Estado Maior das Forças Militares da UNITA, FALA, general Arlindo Chenda Pena “Ben Ben” e pelo chefe das Operações das Forças Militares do MPLA, coronel Higino Carneiro.
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SULANOS EUROPEUS GASTAM DINHEIRO EM BEBIDA E MULHERES E DEPOIS PEDEM AJUDA – DIZ CHEFE DO EUROGRUPO

Presidente do Eurogrupo recusou-se a pedir desculpas pelo que disse. "Deve haver responsabilidades", argumenta.

O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, disse numa entrevista, publicada esta segunda-feira num jornal alemão, que os europeus do sul gastam "todo o dinheiro em copos e mulheres" e depois pedem ajuda.
"Durante a crise do euro, os países do Norte mostraram-se solidários com os países afetados pela crise. Como social-democrata, atribuo à solidariedade uma importância excecional", disse Dijsselbloem ao jornal Frankfurter Allgemeine.

"Contudo, quem pede [ajuda] também tem obrigações. Não posso gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e pedir-te que me ajudes", afirmou. Esta terça-feira, membros do parlamento europeu abordaram as declarações de Dijsselbloem, que consideraram "ofensivas" e "vulgares", segundo o Financial Times.

Confrontando com as críticas, o presidente do Eurogrupo disse que não iria pedir desculpas e afirmou que estava a falar sobre a importância da solidariedade na entrevista.

"A minha frase queria deixar absolutamente claro o que a solidariedade significa para mim", afirmou Dijsselbloem em sua defesa. "Sou um social-democrata e valorizo muito o princípio da solidariedade na Europa, mas deve sempre vir com compromissos e esforços para fazer o máximo que um país pode fazer para reforçar a sua posição". "Deve haver responsabilidades", continuou, segundo o El Mundo. "Essa foi a minha opinião na entrevista".

Outros deputados não ficaram satisfeitos com a resposta e continuaram a exigir um pedido de desculpas. "Dijsselbloem ofendeu os países do sul e as mulheres com a sua declaração racista e machista. Deve desculpar-se ou deixar o seu cargo, já não é neutro", disse o deputado espanhol Esteban González Pons. O cargo de Dijsselbloem está nas mãos dos países da zona euro, como admitiu esta segunda-feira em Bruxelas o presidente do Eurogrupo. Isto porque em breve será nomeado um novo ministro das Finanças holandês.

"Como sabem, o meu mandato vai até janeiro [de 2018] e a formação de um novo governo de coligação na Holanda pode levar alguns meses. Ainda é muito cedo para dizer se vai haver um hiato entre a chegada do novo ministro e o final do meu mandato", salientou Jeroen Dijsselbloem.
Contudo, Dijsselbloem disse que "nesse caso, se houver um intervalo temporal" entre a entrada em funções de um novo ministro e o final do seu mandato, "caberá ao Eurogrupo decidir como quer proceder".

Várias fontes europeias consideram altamente improvável que Dijsselbloem permaneça à frente do Eurogrupo uma vez perdido o cargo de ministro das Finanças holandês.
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LOURENÇO REVELA NÃO ESTAR TALHADO PARA SER CHEFE DE ESTADO – DIZ ALMIRANTE MIAU

Almirante André Mendes de Carvalho
O Almirante reformado, André Mendes de Carvalho Miau, chefe da bancada Parlamentar da CASA-CE, aproveitou-se das discussões na sessão de ontem da Assembleia Nacional, para manifestar o seu desagrado quanto ao dito pelo ministro da Defesa Nacional, concomitantemente candidato a presidente da República pela lista do MPLA, que esteve em visita oficial em Moçambique, carregando uma mensagem de José Eduardo dos Santos ao seu homólogo Filipe Nyusi.

Sem medo, no solo moçambicano, João Lourenço classificou a oposição daquela pérola do índico e angolana de “malandros”. A oposição local não gostou e já reagiu. Por cá, a UNITA juntou-se à CASA-CE nas críticas contra o cabeça de lista dos camaradas.
Para Miau, Lourenço demonstrou estar longe de atingir o sentido de Estado que caracteriza um comandante-em-chefe das Forças Armadas, bem como desconfia que o antigo chefe da bancada parlamentar do MPLA pretenda acabar com o multipartidarismo, alcançado em 1991, aquando da assinatura dos Acordos de Bicesse.
“O Grupo Parlamentar da CASA-CE foi esta semana surpreendido, com declarações bombásticas, através das redes sociais, de Sua Excelência o senhor Ministro da Defesa Nacional de Angola, que apreciaríamos que não fossem verdadeiras, apesar de termos ouvido a sua voz, que tendo-se deslocado à Moçambique, portador de uma mensagem do senhor presidente angolano ao seu homólogo moçambicano, chamou às forças políticas da oposição, de Moçambique e da África Austral, em geral, de malandros, quando apelava para a unidade dos antigos movimentos de libertação da Região da SADC, hoje transformados em Partidos Políticos, para combaterem a oposição”, lembrou, acrescentando, “Essa atitude do senhor ministro da Defesa, de ofender, publicamente, órgãos políticos de países estrangeiros amigos, e de interferir, nos seus assuntos internos, mostra que o mesmo não está talhado para o desempenho das mais altas funções de Estado".

"Mostra, que é contra o multipartidarismo e que continua apegado ao espírito do partido único. Mostra, que não entende o que é a essência da democracia. Rotula-nos, a todos da oposição, como sendo malandros, como pressuposto para «extinguir as nossas raças, da face da terra», usando uma expressão que ele utilizou, no comício do Cazenga, em Luanda, quando, invocando o Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, prometeu um combate sem tréguas aos traficantes de drogas. Mas vejam só, de que figura se lembrou?”, ironizou.
João Lourenço à esquerda

Na sequência, Almirante Miau garantiu que o seu partido está a favor do combate ao tráfico de drogas e aos traficantes, mas que não esteja a favor de extinguir raças, da face da terra. “Esse tipo de linguagem, deve merecer acompanhamento e a nossa atenção, para sabermos bem, que homem está por detrás dela. Quanto aos malandros, porquê que não diz uma palavra sobre os malandros que faliram o BESA e os malandros denunciados pela SIC, no programa, assalto ao Castelo, Nº 3”? E como é que um Ministro, vai com fundos públicos, numa missão oficial, fazer política lá fora, imiscuindo-se nos assuntos internos de outros Estados e dizer essas barbaridades?”, questiou.
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JOÃO LOURENÇO CRITICADO PELAS AFIRMAÇÕES PROFERIDAS EM MOÇAMBIQUE


A visita oficial do ministro de Defesa angolano, concomitantemente candidato à Presidência da República pela lista do MPLA, em Moçambique, onde foi portador de uma missiva do chefe de Estado José Eduardo dos Santos para o seu homólogo Filipe Nyusi, continua a gerar controvérsia naquele país irmão.
Falando à imprensa moçambicana, João Lourenço que desabituou em falar ao povo sob cobertura directa jornalística, face ao tempo em que esteve parcialmente em hibernação, classificou a oposição angolana e moçambicana de “malandros”.
“O MPLA e a FRELIMO têm de se unir, porque os malandros de dentro e de fora, que querem retirar os Movimentos de Libertação do poder, são unidos”, disse João Lourenço, facto que prontamente mereceu a reação da oposição daquele país e de vários órgãos de comunicação que, à semelhança da oposição angolana, presumem que o candidato do MPLA pretenda pôr, de forma tácita, um fim ao multipartidarismo.
Em face disso, um dos maiores articulistas do site Correio da Manhã de Moçambique reafirma a sua posição em jamais fazer política. “Já decidi, jamais serei político, pelo menos nesta encarnação… afinal são inimigos, não adversários”, disse, fazendo uma referência ao dito por João Lourenço.
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TCHIZÉ DOS SANTOS DESEJA LIDERAR JMPLA

Fonte: CK
Nos círculos privados, Welwitschea “Tchizé” dos Santos, já manifestou este desejo.
As evidencias notam-se também pelas suas actuações, sejam elas dentro ou fora do partido e a ligação que vai tendo com a maioria dos jovens do MPLA.
A menos de um mês, através das redes sociais a também deputada do MPLA,  Tchizé  dos Santos fez, fortes criticas contra  supostas intrigas no seio da JMPLA reprovando também a conduta de jovens do seu partido que fazem colagens a figuras de destaques como ela e outras camaradas para alcançarem sucesso partidário.
A parlamentar fez estes pronunciamento por intermédio de áudios gravados e colocados num fórum  do  WhatsApp, ligado ao JMPLA.
As  motivações das  reações de Tchizé dos Santos  foi em função do surgimento de acusações de que ela estaria a dar abertura e promoção a um grupo de supostos infiltrados  no seio do MPLA, provenientes   da CASA-CE, de Abel Chivukuvuku.
 O destaque, nas acusações, vai  em torno de um  militante   Celio Mauro Benttencourt  que até 2012 estava filiado na CASA-CE e que agora tem se destacado a pregar o  radicalismo nas redes sociais, como forma de se firmar no partido que suporta o regime de José Eduardo dos Santos.
Tchizé dos Santos   acusa círculos ligados a JMPLA de serem responsáveis na promoção destas acusações contra os militantes vindos da CASA-CE e que agora militam no seu “TEA CLUB”.  Por outro lado, numa linguagem revertida de arrogância, a mesma lança ameaças contra o militante que ousar vazar os seus áudios para fora do fórum da JMPLA.
“Se este áudio vazar para fora do grupo, eu irei até ao fim do mundo para identificar quem fez,  peço que isso se mantém em fórum partidário”, advertiu a deputada nos áudios que o Correio da Kianda teve acesso  e que  partilha com os internautas.
Tchizé dos Santos está nas nas fileiras do MPLA desde os cinco anos de idade, onde entrou para a OPA, participou em vários acampamentos pioneiros. A ideologia do MPLA foi lhe incutida desde muito pequenina, passou por uma eleição no MPLA na base, pela primeira vez, em 2004, entrou para a OMA [Organização da Mulher Angolana] da Maianga.
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OPERADORA CHINESA DE TV PLANEIA ENTRADA EM ANGOLA

Fonte: Agência Xinhua

A Startimes Media, operadora de TV por assinatura com cerca de 10 milhões de clientes em África, pretende expandir a operação no continente, alargando a presença a novos países, numa rota com passagem por Angola. 
Os planos de entrada da Startimes Media no mercado angolano foram revelados pelo vice­presidente da operadora chinesa de TV no Quénia, Mark Lisboa. 

De acordo com o responsável, citado pela agência de notícias chinesa Xinhua, a empresa, actualmente presente em 14 estados da África Subsaariana, como o Quénia, Moçambique e a África do Sul, quer alargar a presença no continente. 

"Até ao final de 2017, planeamos estar em 20 países africanos de forma a satisfazer a crescente procura por conteúdos televisivos de qualidade", disse Mark Lisboa, que, para além de Angola, inclui o Egipto, a Namíbia e a Suazilândia na rota de expansão da Startimes Media para este ano. 
A operadora disponibiliza cerca de 440 canais, nomeadamente de notícias, filmes, séries, desporto e entretenimento infantil.
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CASA-CE VAI FAZER CONTAGEM PARALELA DOS VOTOS

Fonte: Angonoticias

O vice-presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, disse no Lubango que o seu partido quer criar um centro de escrutínio para seguir a contagem dos votos paralelamente à Comissão Nacional Eleitoral (CNE). O centro nacional de escrutínio a ser formado para as eleições de Agosto deverá ter representação, comunal, municipal e provincial.

“Antes da CNE divulgar nós, CASA-CE, temos de ter já capacidade e saber se os votos que estão a ser divulgados correspondem com a realidade face ao trabalho de fiscalização interna que nós fizermos, mas para isto precisa-se de organização, empenho, dedicação e engajamento de todos”, disse.

Manuel Fernandes disse que os objectivos da coligação nas próximas eleições já não passam apenas em conquistar mais assentos no Parlamento, mas sim atingir o poder por via do voto.

“Muitos estão a dizer que a CASA-CE poderá ser a segunda força, nós estamos a dizer não, nós não estamos interessados em segunda, nós queremos ser poder e os angolanos vão nos colocar o poder”, afirmou Manuel Fernandes no acto que serviu de apresentação do novo secretário executivo da coligação na Huíla, Serafim Simeão.

Simeão rende no cargo Adalberto Kachiungo que, em choque com a coligação liderada por Abel Chivukuvuku, anunciou no último fim-de-semana na capital do país a intenção de fundar uma nova força política para concorrer às eleições de Agosto próximo.
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LUVUALU ABORDA SOBRE ANGOLA EM PARIS

Fonte: Angonoticias

Com o objectivo de dar a conhecer aos seus alunos mais sobre Angola, país com o qual a República francesa tem boas relações, a Universidade Paris Sorbonne Nouvelle Paris III convidou para um ciclo de aulas e conferências o Embaixador Itinerante da República de Angola António Luvualu de Carvalho.

Segundo informações fornecidas pela Universidade, as aulas devem ocorrer entre 23 a 25 do presente mês de Março com o Embaixador Itinerante e também Professor Universitário,  António Luvualu de Carvalho,  a ter oportunidade de apresentar um panorama actual de Angola nas mais variadas perspectivas, desde a económica, politica, social, cultural e enquadrar o papel de Angola na integração regional na SADC bem como o papel do país no continente africano.

As aulas e conferências que serão ministradas aos alunos de Licenciatura e de Mestrado devem servir para ilustrar a classe académica da Universidade Sorbonne sobre que caminhos Angola deve seguir neste importante ano de transição política no partido no poder e um ano importante pois realizam-se eleições gerais previstas para Agosto próximo. 

A Universidade Paris Sorbonne é um importante centro de formação de opinião tendo uma das massas críticas mais influentes da Europa. Classificada como uma das melhores Universidades do mundo, a Universidade foi fundada aproximadamente no ano de 1170, a partir da escola da catedral de Notre-Dame. No início do século XII, Abelardo, um dos grandes intelectuais da Idade Média, veio ensinar em Paris e sua fama atraiu milhares de estudantes para a escola catedralícia, vindos de todos os países do mundo cristão. No decurso dos séculos XVI e XVII a universidade de Paris tornou-se um conglomerado de colégios, à semelhança das universidades inglesas. Os colégios foram inicialmente pensionatos de estudantes, aos quais se acrescentaram depois salas de aula onde os mestres vinham ensinar. 

Os principais prédios da universidade, apesar de não serem contíguos, têm por centro o edifício da Sorbonne. Esta, originária de uma escola fundada pelo teólogo Robert de Sorbón ao redor de 1257, foi o mais famoso colégio de Paris. Sua proximidade da faculdade de estudos teológicos, e o uso do seu auditório para grandes debates, fez o nome Sorbonne tornar-se a designação popular para a faculdade de teologia de Paris. Sua localização actual, no Boulevard Saint-Michel, data de 1627 quando Richelieu a reconstruiu a suas custas.  
Desde o século XVI, por ser a faculdade mais importante, a Sorbonne acabou por ser considerada como o núcleo principal da Universidade. Sorbonne e Universidade de Paris passaram a ser sinónimos. A 6 de Maio de 1968, estudantes e docentes da Universidade Sorbonne protagonizaram o que ficou conhecido como um dos maiores movimentos estudantis do mundo que levou a profundas remodelações no sistema de ensino francês.

A Universidade Sorbonne teve vários alunos ilustres tais como Jean-Paul Sartre, filósofo e escritor, Pierre de Coubertin, Elie Wiesel prêmio Nobel da paz, escritor e professor de literatura, Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, Ignácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, Fernando Henrique Cardoso, 34.º presidente do Brasil, Ferdinand Buisson, prêmio Nobel da Paz, Pierre Curie, físico, Simone de Beauvoir, escritora, Sérgio Vieira de Mello, diplomata entre muitas outras personalidades influentes da história mundial.
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MILITANTES DA FNLA EXIGEM EXPULSÃO DE LUCAS NGONDA

Cerca de 1.800 militantes da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), reunidos em “Assembleia Magna”, no Cine São João, em Luanda, exigem, ao invés de suspensão, a expulsão do presidente Lucas Benghy Ngonda do partido, bem como a alteração da data de realização do Congresso para o fim deste mês.

Fonte: F8
Refira-se que, o Congresso Extraordinário da FNLA foi convocado pela maioria do Comité Central, reunido no passado dia 04.03.17, no qual também foram suspensos dos seus mandatos, o presidente Lucas Ngonda e o secretário-geral, António Muhongo.
Entretanto, o encontro realizado ontem serviu para informar os factos enunciados aos membros do partido (do topo à base) e submeter os documentos lavrados no encontro anterior ao escrutínio dos militantes.
No local, a discussão esteve bastante acesa, até certo tempo, parecia que a FNLA estivesse condenada ao desentendimento, mas o consenso dos pontos mais pragmáticos (face ao aproximar das eleições) veio ao de cima, tendo a discussão sobre a expulsão de Lucas Ngonda e o encurtamento da data para a realização do Congresso remetido para outro fórum.
“O Lucas já não pode ser suspenso, deve ser expulso, porque a suspensão vai permitir que volte a desempenhar funções políticas no partido e daí, novamente, voltar a fazer das suas. Ele é um bandido. Pois, considerando que é obrigação dele, na qualidade de presidente, defender por todos os meios a unidade do partido e a coesão dos militantes em torno dos ideais e da luta heróica da FNLA, como consta da alínea c, no ponto nono do artigo 34º dos Estatutos do partido; considerando ainda que é dever do presidente a manutenção do espírito e prática sistemática de diálogo, unidade, tolerância, imparcialidade e reconciliação entre os militantes… entretanto, tendo em conta que o presidente Ngonda, deliberadamente, não promove as acções e políticas de aproximação entre a direcção do partido e as estruturas de base, bem como nos variados níveis da organização, nós, os militantes presentes e mesmo aqueles que deixamos nas províncias em que saímos, exigimos a expulsão de Lucas Ngonda do partido. Não mais podemos cometer o erro do presidente Holden, em relação a Ngonda”, referiu um dos militantes.
No entanto, falando ao F8 à margem do encontro, Fernando Pedro Gomes, presidente interino da referida organização política, garantiu que as preocupações dos militantes sobre o presente e futuro de Lucas Ngonda a nível interno do partido poderão ser resolvidas com base nos Estatutos.
“Iremos resolver o impasse de acordo aos Estatutos, vamos abrir um processo disciplinar que poderá culminar com a sua expulsão, reduzir as actividades ou novamente suspensão, vamos ainda ao Congresso, depois isso é resolvido”, sugeriu o novo líder máximo da FNLA, que se nega a revelar se será candidato a presidente do partido.
“Sinceramente, não posso para já afirmar se serei candidato à liderança do partido ou não. O que interessa na verdade é que estamos a conduzir bem este processo de coesão e inclusão interna, nosso maior interesse é de terminar de vez com estas divisões, garanto ao F8 que estou totalmente optimista quanto aos resultados a obter neste processo. Pois nem o Tribunal Constitucional poderá manter o Lucas Ngonda na Presidência”, assegurou, continuando, que, “tranquilizo os secretários provinciais e municipais do partido que os únicos suspensos de suas funções são o presidente e o secretário-geral, os outros responsáveis do partido continuam em suas funções. Chega de roubar e extorquir os militantes, como é que os comissários do partido na CNE entregam mais 50 mil Kwanzas aos familiares de quem ali os colocou, para além dos 10% que já lhe é descontado para o partido? Isso é roubo e vamos terminar com ele”, disse.
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Sapalo António formaliza candidatura


Sapalo António - membro do Comité Nacional do Partido de Renovação Social (PRS), que muito apelou para o cumprimento dos Estatutos que obrigam o presidente a convocação do Congresso            Ordinário meses antes do fim de seu mandato, formalizou hoje (20.03.17) a sua candidatura à presidência da referida organização política.
 
Sem precisar data, Joaquim Pedro Bimbi, director de campanha de Sapalo António, contou que o presidente formalizou a realização do Congresso tão logo regressou ao país, após ter estado mais de dois meses fora, e diga-se de passagem, incomunicável.

“O importante é que o Congresso foi convocado, pois será em Maio deste ano. Outras questões não nos interessam ainda aflorá-las, entregamos agora a nossa candidatura, vamos esperar que a Comissão Eleitoral a viabilize”, disse, tendo justificado que a redução de números de deputados alcançados nas primeiras eleições realizadas em Angola, em 1992, motivou Sapalo António a candidatar-se ao cadeirão máximo do partido para, entre outras, reconquistar a então mística da organização.

“Neste momento, só o Sapalo está a altura de elevar o partido para patamares maiores. Se tudo estivesse bem, nem passaria pelas nossas cabeças, encetarmos uma outra candidatura que não fosse a do actual presidente”, advogou.
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