GTMDH exige fim da interferência do Executivo nos assuntos judiciais
Fonte: F8
O Executivo angolano deve compensar o advogado Marcos Mavungo,
pelos danos causados ao visado, e abandonar em definitivo, as práticas de
interferência nos assuntos judiciais, exigiu o Grupo de Trabalho Monitoria dos
Direitos Humanos (GTMDH), reunido no Hotel Trópico, no passado dia 03.06.16.
Entretanto, para o grupo composto pela OMUNGA, FORDU, NCC,
Mãos Livres, OSISA, PMA, AJPD, ACC e outras associações ligadas a defesa dos
direitos humanos, a absolvição de Marcos Mavungo, precisamente a 19.05.16,
jamais deva significar que a administração da justiça na sua generalidade seja
funcional, pois, segundo o referido grupo, o Tribunal Supremo não poderia ter
tomado outra decisão mais ajustada que não fosse a absolvição, num processo que
até a sentença condenatória em 1ª instância estava eivado de vícios de natureza
processual.
O GTMDH encoraja e recomenda à comunidade internacional que
continue a monitorar a situação dos Direitos Humanos em Angola, bem como
recomenda também ao Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público,
que exerça cabalmente as suas competências, nomeadamente: Cuidar da defesa de
interesses colectivos, difusos, ambientais e promover a defesa dos Direitos,
Liberdade e garantias fundamentais nos termos do artigo 2º, alínea j) da Lei nº
22/12 de 14 de Agosto, Lei Orgânica da Procuradoria-Geral da República.
“Reiteramos a posição do Grupo de Trabalho sobre as
Detenções Arbitrárias das Nações Unidas (UNWGAD), que no seu parecer nº47/2015,
concluiu que a privação da liberdade de Marcos Mavungo é arbitrária e viola o
direito internacional”, reafirmou o grupo à imprensa.
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