Ministro Chikoti ressalta avanços nos Grandes Lagos
Fonte: Angop
Luanda - O ministro das Relações
Exteriores, Georges Chikoti, ressaltou hoje, domingo, em Luanda, os avanços
verificados na região dos Grandes Lagos, nos últimos anos, como resultado dos
esforços conjuntos dos estados membros.
Discursando na
sessão de abertura da reunião interministerial da Conferência sobre a Região
dos Grandes Lagos (CIRGL), que prepara os trabalhos da VI Cimeira dos Chefes de
Estado e de Governo, a ter lugar na terça-feira (14), recordou que o país ao
assumir a presidência rotativa da organização, em Janeiro de 2014,
comprometeu-se em trabalhar activamente com a comunidade internacional e os
governos dos estados membros, no sentido da resolução dos problemas que a
afectam. Acrescentou que o evento decorre numa altura
em que a região, embora continue a enfrentar grandes desafios de paz, segurança
e estabilidade, sobretudo na República do Burundi e na República Democrática do
Congo (RDC), registou progressos significativos no Sudão do Sul e na República
Centro Africana. “Reconhecemos que
os avanços alcançados na sub-região, desde 2014, resultam sem dúvida dos
esforços empreendidos pelos Governos dos estados membros, em coordenação com as
presidências da CIRGL e da comunidade internacional”, disse. No que toca à
República Centro Africana, o ministro Chikoti disse que, apesar do ambiente de
instabilidade ainda reinante em algumas zonas do país, a situação interna
conheceu uma evolução positiva com a realização de eleições presidenciais, que
permitiram a eleição de Fautin Archange Touaderá como Presidente da República.
Neste contexto,
felicitou o governo e o povo centro africano pelos êxitos alcançados na
organização do processo eleitoral, desejando que as novas autoridades eleitas
mantenham o diálogo inclusivo para restabelecer o poder do Estado e
promover o desenvolvimento económico e social em todo o país.
Em relação ao Burundi, considerou como essencial apoiar e encorajar
o processo de reencontro interno do povo burundês, através do diálogo
inclusivo e da concertação entre todas as partes, para acelerar a
reconciliação nacional e restaurar a paz e estabilidade no país e na região.
O ministro argumentou que estes esforços devem ser feitos na base do Pacto de
Paz, Segurança e Estabilidade da CIRGL e deverão contar com o contributo
positivo da comunidade internacional. Já em relação à
RDC, salientou que este país não só registou alguns progressos em termos de paz
e segurança, mas houve também uma boa aproximação entre o governo e os
representantes do ex-movimento rebelde M23.
Toda via, considerou
necessário um maior empenho das partes para assegurar a plena execução da
Declaração de Nairobi, de 12 de Dezembro de 2013.
Por outro lado, referiu ser também importante o reforço da cooperação
entre as forças armadas da RDC e a MONUSCO, no âmbito das operações efectuadas
contra os grupos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF) e das
Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), que continuam
a cometer atrocidades, particularmente no leste deste país.
Já no que toca ao Sudão do Sul, saudou o retorno do líder da oposição, Riek Machar, para o cargo de vice-presidente da República, como um dos factores fundamentais para o sucesso da implementação do Acordo de Paz, assinado a 16 de Agosto de 2015.
Já no que toca ao Sudão do Sul, saudou o retorno do líder da oposição, Riek Machar, para o cargo de vice-presidente da República, como um dos factores fundamentais para o sucesso da implementação do Acordo de Paz, assinado a 16 de Agosto de 2015.
Na sua
intervenção, endereçou ainda felicitações ao Uganda e à República do Congo pelo
sucesso das eleições presidenciais, que reelegeu os presidentes Museveni e Deni
Sassou Nguesso, respectivamente.
Durante a reunião
interministerial, os ministros das Relações Exteriores dos estados membros irão
debruçar-se sobre a situação de segurança na região, o estado da iniciativa
regional de recursos naturais.
Farão ainda uma
apreciação do relatório dos ministros da Justiça, sobre os resultados da
conferência do sector privado sobre investimento, bem como a análise do
relatório sobre candidaturas para o posto de secretário executivo da organização.
Criada em 1994, após os conflitos que se registaram na região, a organização é
constituída por Angola, Burundi, Zâmbia, RCA, RD Congo, Congo, Quénia, Uganda,
Ruanda, Sudão do Sul, Sudão, Tanzânia. Esta na sua génese, a resolução e
prevenção de conflitos, assim como o desenvolvimento económico da região dos
Grandes Lagos.
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