OS MAIORES INIMIGOS DA CASA-CE ESTÃO NO INTERIOR DELA


Por Redacção

A sagacidade e coerência na forma de ser e estar de Abel Epalanga Chivukuvuku, presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), parece agradar mais aos militantes de base e a sociedade do que a alguns poucos membros do seu Conselho Deliberativo Nacional (CDN) e Presidencial.

Reza os manuais da CASA, que a Convergência foi criada a 04 de Abril de 2012 – quatro meses antes das Eleições Gerais, período que para muitos era insuficiente para mobilizar o povo e captar mais de 0,5% dos votos validamente expressos nas urnas - percentagem que salva os partidos da espada politicamente mortífera da extinção, em conformidade ao disposto na alínea i) do nº 4 do artigo 33, da Lei dos Partidos Políticos.

Ora, em resultado das Eleições de 2012, várias organizações políticas com mais de dez anos de experiência foram extintas. A CASA-CE de Abel Chivukuvuku que por motivos óbvios fora menosprezado e achincalhado por alguns líderes da UNITA, amealhou, fruto da performance de seu dirigente máximo, mais de 6% dos votos.

Inicialmente, a proeza agradou a todos os militantes, mas nos últimos tempos, face ao claro crescimento da organização e a provável transformação da Coligação para Partido Político, como vontade dos militantes expressa nas Deliberações e Recomendações saídas do IIº Congresso Ordinário da organização, alguns membros do CDN e do Conselho Presidencial, revelam-se ambiciosos para ocupar o lugar ainda preenchido pelo ex-delfim de Jonas Savimbi. Mas até aqui nada mais normal se a mudança de liderança interna se desenrolar com base aos princípios da ética, da moral e dos valores da democracia, nunca com recurso a traição ou chantagem, como infelizmente tem ocorrido.

Pois, a maior “dor de cotovelos” de muitos é que o mandato de Abel Chivukuvuku começa a ser cronometrado à luz dos Estatutos, somente após a transformação da Coligação a Partido Político, e boa parte destes “potenciais” substitutos mais apressados, consideram-se incapazes de vencer do ex-chefe da BRINDE – então organismo de inteligência da UNITA.

No caso vertente, para fazer valer os seus intentos, alguns dos presumíveis potenciais substitutos de Chivukuvuku, promovem ideias segundo as quais, a CASA e o seu líder Chivukuvuku estão mancomunados com o MPLA e José Eduardo dos Santos.


Nas conversas mantidas com determinados jovens, justificam a acusação com o facto de Abel Chivukuvuku ter respondido positivamente ao convite de José Eduardo dos Santos, para que se fizesse presente na festa do 74º aniversário do estadista. No entanto, se essas estratégias ao arrepio dos Estatutos persistirem, os líderes da CASA poderão entrar em autofagia aberta, antes das Eleições Gerais de 2022.      

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