“MPLA JAMAIS SERÁ UM ORGANISMO INSENSÍVEL - AGOSTINHO NETO
António Agostinho Neto |
“O MPLA não poderá ser nunca um organismo
petrificado”, garantira o primeiro Presidente da República, António Agostinho
Neto, quando proclamava solenemente a independência de Angola, precisamente a
11 de Novembro de 1975.
Seguindo o curso normal dos dias, o mês de
Setembro vai passando com ele as festas e celebrações do dia do Herói Nacional –
celebrado precisamente ao dia 17 do presente. Em face disso, disputas políticas
traz ao conhecimento dos caros leitores, algumas importantes ideias do primeiro
Presidente angolano, expressa no maior marco da história angolana – a Independência
Nacional.
No caso vertente, após ter anunciado a Independência
da República Popular de Angola, o médico António Agostinho Neto garantiu que a
luta angolana ainda não havia chagado ao fim, pois, segundo ele, o país
precisava construir uma sociedade justa. Volvidos 40 anos, Angola ainda precisa
de construir a tal sociedade justa pretendida por Neto.
“Só a agricultura poderá alavancar a economia”
“Sob orientação do MPLA, a República Popular
de Angola deve caminhar progressivamente para um Estado de Democracia Popular.
Tendo por núcleo a aliança dos operários e camponeses, todas as camadas
patrióticas estarão unidas contra o imperialismo e seus agentes”, disse.
Deixando a sua pitada comunista, acrescentou:
“Os órgãos do Estado da República Popular de Angola guiar-se-ão pelas
directrizes superiores do MPLA mantendo-se assegurada a primazia das estruturas
do Movimento sobre as do Estado”, recordou.
Com honestidade, António Agostinho Neto
reconheceu naquela altura que o país era (ainda é) um Estado subdesenvolvido. “Os
índices tradicionalmente usados para definir o subdesenvolvimento são
plenamente confirmados em Angola. Eles dão a imagem da profunda miséria do povo
angolano”, confirmou.
No entanto, para mitigar o contexto de
pobreza de então (pese embora continua) Agostinho Neto defendeu a aposta na
industrialização das matérias-primas internas e projectos de indústria pesada.
“Tendo em conta o facto de Angola ser um país
em que a maioria da população é camponesa, o MPLA decide considerar a
agricultura como a base; e a indústria como factor decisivo do nosso progresso.
O Estado angolano terá assim a capacidade de resolver com justiça o grave
problema das terras e promoverá a criação de cooperativas e empresas estatais
no interesse das massas camponesas”, concluiu.
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