OPOSIÇÃO “ASSALTA” REGIÃO DA QUIÇAMA
Enquanto o presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, se desdobra a fim de encontrar as melhores estratégias que possam conduzir uma possível vitória do Maioritário nas Eleições Gerais de 2017, no município da Quiçama, contrariamente, o partido tem perdido espaço a favor das organizações políticas de oposição, fruto das intrigas tribais que têm caracterizado boa parte dos dirigentes dos camaradas, soube o Disputas Políticas de uma fonte.
Para muitos,
são as disputas tribais internas que têm levado, nos últimos tempos, o
afastamento de destacados dirigentes locais, desde a nomeação do ancião das
Testemunhas de Jeová, Vicente Soares, para dirigir o partido e a administração
municipal naquela circunscrição territorial do País.
Dada a
sua posição religiosa, o administrador e primeiro secretário do partido na
Quiçama, por inexperiência política tem vindo a afastar os melhores quadros
políticos, quer do MPLA quer da Administração Municipal, como consequência de
orientações externas. Após ter sido nomeado, Vicente Soares exonerou maior
parte dos quadros que encontrou no partido e na Administração local, no
prosseguimento de ordens saídas de um grupo de indivíduos, com interesses
político-económicos na Quiçama, afectos ao Comité Provincial.
A aposta
de Higino Carneiro em Vicente Soares para o município da Quiçama, tem trazido
inúmeras baixas políticas ao partido, uma vez que a incapacidade do MPLA tem
sido, reiteradas vezes, manifestada pelo primeiro secretário e administrador
municipal durante as suas intervenções em reuniões do partido, o que terá
gerado um certo mal-estar no seio da comunidade política local, uma vez que se
avizinham as Eleições Gerais, a ter lugar em Agosto de 2017, conforme
anunciadas pelo presidente José Eduardo dos Santos, em Novembro de 2015, em
Luanda, durante uma reunião do Comité Central do MPLA.
As
atitudes manifestadas por Vicente Soares poderão comprometer o partido e criar
uma série de dificuldades durante as próximas eleições, já que o mesmo não tem
exibido a postura de um dirigente estratega, que se espera nesta fase
pré-eleitoral. Vicente Soares refere-se, frequentemente, que é um “indivíduo
que não gosta muito de política”, tendo inclusive demonstrado um relativo
afastamento das actividades ligadas à Igreja Católica, concretamente ao
Santuário da Muxima, retirando-se sempre para Luanda nas vésperas da
peregrinação, pois afirma, em círculos restritos, ter sido ancião das
Testemunhas de Jeová (TJ), e eventual participação nas acções da igreja de
Roma, entrariam em conflito com a “neutralidade das TJ nas questões deste
mundo”.
Texto em actualização.
0 comentários: