ASSESSORIA “GRÁTIS” À ISABEL DOS SANTOS




Por Disputas Políticas*

O presente texto ousado foi redigido de acordo aos princípios de solidariedade que caracterizam os angolanos em geral, mas, se for mal-interpretado pode parecer ofensivo, dado o facto de a Presidente do Conselho de Administração (PCA) da SONANGOL fazer-se rodear de prestigiados técnicos nacionais e estrangeiros formados nas melhores universidades do planeta, bem como ser abastada o suficiente para custear com as despesas de qualquer tipo de assessoria. Logo, não precisa de assistência gratuita.

Mas, a “deselegância administrativa” “destilada” na decisão que elegeu o Hipermercado Candando (sua empresa) para fornecer “cartões de consumo de natal” para os trabalhadores da petrolífera estatal, impele-nos a tecer algumas considerações que poderão ser uteis para a visada, nos próximos tempos.

Ora, pese embora Isabel dos Santos não seja presidente da República, deve, à semelhança de alguns chefes de Estado, cuidar de sua imagem (desde discursos, tomada de decisões, vestuário e etc), sob pena de os defeitos dela (todos temos um), quase impossíveis de os omitir, macularem não só a sua própria imagem, bem como a da família e da prestigiada instituição que dirige.

Como é sabido, Isabel dos Santos é das empresárias mais bem-sucedidas de Angola e de África, empregando um número quase incalculável de cidadãos, logo, por respeito a ela mesma e às famílias que a têm com “muita” estima e admiração, a primogénita do presidente da República, como PCA da petrolífera estatal, deveria abster-se de estabelecer negócios entre a SONANGOL e suas empresas – como o mais recente acordo rubricado entre a petrolífera e o Hipermercado Candando.

Entretanto, seria curial que do concurso aberto pelo Conselho de Administração da SONANGOL para escolha dos supermercados que deverão fornecer “cartões de consumo de natal” a cada funcionário activo e reformado da petrolífera, fosse aprovado outro supermercado em detrimento do Hiper Candando.

Porém, é verdade que o Conselho de Administração da empresa atesta em comunicado de imprensa que terá havido um concurso, do qual, o KERO e o Candando saíram vencedores, tendo a Shoprite e o Nosso Super - derrotados, dado o facto, segundo o comunicado supra, de os Hipermercados vencedores terem apresentado soluções mais competitivas, quer em termos de preços, quer em termos de oferta, qualidade, variedade e comodidade para o trabalhador. Infelizmente, a justificativa não colheu simpatia de muitos cidadãos que dizem conhecer a capacidade de ambos os supermercados.

No caso vertente, Isabel dos Santos como capitã da Sonangol, devia persuadir o seu Conselho de Administração para atribuir a responsabilidade de fornecer cartões de consumo aos trabalhadores da petrolífera, a outro Supermercado ao invés do Candando, e, em contrapartida, fosse atribuída ao Hipermercado supra, o direito de fornecer cartões de cabazes à outra instituição do Estado, que não tivesse ligação com a empresária Isabel dos Santos. Assim sendo, evitar-se-iam especulações, chantagens e acusações desnecessárias que há muito maculam o clã presidencial e seus próximos.

Falante*

*jornalfalante@hotmail.com

0 comentários:

Copyright © 2013 Disputas Políticas