DILMA ROUSSEFF DANÇOU

Aquela que foi a primeira mulher a ser eleita Presidente do Brasil, e a segunda pessoa neste cargo a enfrentar formalmente um processo de impeachment, foi esta quarta-feira destituída.

Fonte: TVI24

Destituída. Aquela que foi a primeira mulher a ser eleita Presidente do Brasil e a segunda pessoa neste cargo a enfrentar formalmente um processo de impeachment soube esta quarta-feira que foi afastada do cargo, pondo fim a um processo de nove meses que dividiu o país com argumentos jurídicos e políticos.

No total, 61 dos 81 senadores votaram a favor do impeachment, sete a mais que os 54 necessários para a destituição da presidente. Apenas 20 senadores votaram contra o impeachment. A partir de hoje, Michel Temer deixa de ser presidente interino e assume em pleno o cargo que era de Rousseff até 31 de dezembro de 2018.

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RUFINO PODERÁ SER ESQUECIDO SEM JUSTIÇA


Fonte: Club K

A Luanda - A morte do adolescente António Rufino, no Zango, na periferia de Luanda, continua a provocar reacções.

Em declarações ao Jornal de Angola, o presidente do Tribunal Militar, general António dos Santos Neto “Patónio”, afirmou que os militares que mataram o adolescente agiram em legítima defesa.

                                                                                              
António dos Santos Neto disse ainda que “a justiça militar está a fazer o acompanhamento deste caso através da Procuradoria das FAA e da Polícia Judiciária Militar”.


Luís do Nascimento, advogado da família, afirmou que as declarações do juiz-conselheiro-presidente do Tribunal Militar vêm atrapalhar as investigações porque visam “nitidamente começar a deturpar a acção”.


O causídico, que disse que o pai do adolescente morto já foi ouvido e afirmou terem sido arroladas quatro testemunhas, acusando a tropa do tenente-general Simão Carlitos Wala, de reter a bala que atingiu mortalmente Rufino e que deve constar do processo.


Paira uma certa desconfiança em relação à justiça, no que toca a casos que envolvem forças de segurança governamentais. Em Novembro de 2016, o Tribunal de Luanda absolveu o soldado da Guarda Presidencial, Desidério Patrício de Barros, autor confesso da morte do dirigente da CASA-CE, Hilbert Ganga, a 23 de Novembro de 2013.

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“RESPONSABILIZO DOS SANTOS PELA MORTE DE RUFINO”

Em entrevista ao Folha 8, Ekundi Chissolukombe (director de gabinete do Presidente da CASA-CE), analisa o estado de Angola – e da Coligação – nos seus mais diversos aspectos políticos, sociais e económicos. “Se o país tivesse à testa um homem capaz e patriota, os angolanos mais desfavorecidos não estariam a ser tratados conforme têm sido”, diz.
Fonte: F8
Por Antunes Zongo
Angola é um Estado conhecido pela sua grandeza geográfica, populacional e por numerosos recursos minerais em seu subsolo que, contrariamente ao que acontece no presente, deveriam servir para mitigar os problemas da sua gente, tem sido mergulhada por profundas crises políticas, económicas e de insegurança, onde as Forças da Ordem e Defesa têm sido usadas para reprimir o seu próprio povo, como “indesmentivelmente” ocorre no Zango, zona a leste de Luanda.
O que de facto as organizações juvenis (como força motora da sociedade) dos partidos de oposição pensam sobre a realidade, que estratégias têm para resgatar a população da actual hecatombe? O Folha 8 entrevistou Ekundi Chissolukombe, director de gabinete do Presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), Abel Chivukuvuku.
Folha 8 – Diz-se que é natural da Jamba, Província de Cuando Cubango, mas os dados constantes no Bilhete de Identidade atestam o contrário, porquê?
Ekundi Chissolukombe – Sim! Chamo-me Eduardo Ekundi Kassoma Chissolukombe, os mais próximos tratam-me por Ekundi. Pese embora o meu Bilhete de Identidade traga uma naturalidade que não é a real, hoje nos meus documentos consta ser natural de Luanda, mas na verdade nasci na Jamba, antigo bastião da UNITA, a 14 de Agosto de 1983. O meu pai em 1997 foi deputado a Assembleia Nacional pela Bancada Parlamentar da UNITA, então saído do Bailundo para Luanda, eu como parte de seu agregado fui obrigado a fazer o registo, por sinal o meu primeiro registo dentro daquilo que é o sistema de registo nacional.
F8 – O que vos foi dito para que não resistissem a essa imposição?
EC – Inicialmente, os meus pais queriam registar-me com os dados reias, os serviços da 6ª Conservatória de Registo Civil informaram que a Jamba não era reconhecida e por isso não seria possível registar-me com esses dados, então hoje carrego isso. Só para deixar registado, sou filho de Benicio Chissolukombe e de Verónica Chissolukombe, casados, crentes evangélicos. Quanto a mim, também sou casado, tenho quatro filhos, sou estudante da faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto. No entanto, corre-me nas veias o ímpeto político fruto do meu berço, pois desde pequeno fiz parte das estruturas da UNITA, primeiro na Alvorada depois fui para a JURA onde permaneci até Março de 2012, e de lá saí para abraçar essa nova realidade política que é a CASA-CE.
F8 – Quais foram as causas que o levaram a abandonar a UNITA?
EC – O homem é um animal insaciável ao mesmo tempo racional, que busca sempre soluções para o seu contínuo de vir, foi a vontade de realizar Angola e os angolanos que me moveu a abraçar este novo projecto político, que acreditem se tornará poder em 2017.
Angola sonhada por Njinga será realizada pela CASA
F8 – Seria impossível contribuir para a realização de Angola e dos angolanos como diz, militando na UNITA?
EC – Não quero falar de factos passados. Tenho na minha filosofia de vida o seguinte lema: «A força do passado não pode ser superior à vontade de realizar o futuro». Por isso viro-me para à frente e não para trás, hoje convicto de que o instrumento político capaz de realizar aquela Angola sonhada por Njinga, Mandume, Ekuikui, Mutuyakevela e tantos outros, seguida por Holden Roberto, Agostinho Neto e Jonas Savimbi, só pode ser concretizada se todos de maneira positiva estivermos encontrados. Daí que a Convergência Ampla para Salvação de Angola seja este instrumento capaz de unir os extremos para a grande mudança que o país almeja.
F8 – Parece-nos que ascendeu muito rapidamente a nível interno na CASA…
EC - Não! Eu não ascendi muito rapidamente, lembremo-nos que a CASA foi criada em 2012, participei no Congresso Constitutivo, trabalhamos acerrimamente para as eleições de 2012, e antes das eleições recebi o convite para fazer parte do corpo directivo da Juventude, mas rejeitei, para dar oportunidade a gente nova que estava aderir massivamente à CASA-CE. Se tivesse aceite o que me estavam a propor, estaria, no meu entender, a vetar portas àquelas pessoas ávidas de fazer política pela primeira vez.
F8 – E então a escolha foi?
EC – Então procurei priorizar aquela gente jovem, académica, que acreditava na mudança, a inserir-se nas nossas estruturas. E no principio de 2014, face à morte do engenheiro Hilbert Ganga, Hoje patrono da nossa Juventude (JPA), barbaramente assassinado pela guarda do Presidente José Eduardo dos Santos, fui chamado para ocupar o cargo por ele deixado no Secretariado Nacional para Organização e Mobilização. Foi a partir daí que passei a assumir responsabilidades relevantes na CASA. Fruto do nosso trabalho, dedicação e compromisso para com a pátria, fui indicado para dar o meu contributo em outros sectores da nossa Organização. No entanto, foi um percurso árduo, longo e não curto, só para dizer que fruto do que acima disse, só em Janeiro deste ano fui indicado para assumir responsabilidades no Gabinete do Presidente da CASA-CE.
A CASA irá continuar mesmo depois de Chivukuvuku
F8 – Tem sido difícil?
EC – Em princípio senti-me sem forças para desempenhar as funções, mas quero também confessar que tornou-se fácil pelo facto de se trabalhar para alguém que em termos de relações humanas é excelente. Não há grandes problemas quando em causa estiver o relacionamento entre homens, portanto, é satisfatório porque estou diante de alguém que pulsa por Angola a 360 graus. Se tivéssemos que aumentar no nosso relógio mais duas horas, então diríamos que o Presidente Abel trabalha 26 horas por dia, em prol de Angola e dos angolanos. Essa entrega e dedicação do líder faz com que nós corrêssemos na mesma velocidade, apesar de ser difícil, mas temos que estar preparados para andarmos nesta marcha. Por outra, temos encontrado dificuldades que, com a ajuda de alguns mais velhos que nos ladeiam, temos superado, procuramos crescer a cada dia. Tem sido satisfatório, encorajador, motivador estar neste espaço, por que tem-nos propiciado sentirmos a responsabilidade que temos diante do país e dos angolanos.
O líder da JPA é competente
F8 – É frequente ouvir-se que sem Abel Chivukuvuku, a CASA acaba. Concorda?
EC – O que torna forte a organização sãos as pessoas que intervêm nela, por isso há que realçar o papel do Presidente Abel, mas importa dizer que na CASA-CE intervêm várias individualidades com capacidades e provas dadas naquilo que é a realidade política. O Presidente Abel, nesta altura é uníssono, o militante com qualidades bastantes e provas dadas, melhor servido para os desafios do futuro, mas a continuidade da nossa organização não está em causa, só para ver que vamos agora a Congresso e temos três candidatos, e estes com certeza que darão alguma força e consistência, então são potenciais substitutos. A meu ver, numa sociedade humana não pode haver crise de substituição.
F8 – A juventude da CASA, a JPA, parece estar muito letárgica. Dá a sensação de estar mais cansada do que os mais adultos. Não concorda?
EC – Não! Em princípio eu discordo porque a JPA – juventude da CASA-CE – tem sido uma organização presente, actuante e dinâmica. Temos à testa um líder com capacidade e competência, o companheiro Rafael Aguiar, que tem tido o apoio de todos nós. Também não é verdade que a nossa organização é menos famosa, embora eu não esteja ligado à Juventude, mas temos estado a ver as acções desempenhadas por ela. Por outro lado, a juventude é o braço de apoio da Direcção do partido, materializa o Programa gizado pela Direcção, se essa não existe então o Programa da Direcção não anda. Mas queremos reconhecer que não existe trabalho árduo sem algumas contestações, podemos aceitar que essa seja uma delas, poderá corrigir-se com o tempo, mas é pacífico.
F8 – Então está a dizer que a actual postura da JPA é do agrado da Direcção da Coligação?
EC – Eu quero deixar claro, embora não esteja nas estruturas da juventude como já disse, mas como jovem sinto aquilo que é a acção da nossa organização juvenil. A JPA tem tido actuação positiva, noutros momentos ou lugares podemos julgar que o passo esteja um bocadinho retraído, mas estamos num bom caminho, rumo aos objectivos que pretendemos em 2017.
F8 – A CASA realizará o seu IIº Congresso Ordinário e, de acordo com as nossas fontes, alguns militantes contestam o facto de a JPA não realizar nenhum Conclave até ao momento…
EC – Como sabe, nós somos uma organização que fez o Congresso Constitutivo há quatro anos, pontualmente estamos também a realizar o segundo Congresso Ordinário e somos uma Coligação, como tal, funcionamos até de maneira suis generis. Temos estruturas de partidos, e as Coligações propriamente ditas não têm acção como a CASA-CE. Vamos agora a Congresso, vamos transformar-nos em Partido e depois vocês verão os Congressos das nossas organizações de massa, nomeadamente a JPA e a MPA.
F8 – Como jovem, nunca pensou em liderar a JPA?
EC – Quero lembrar e fazer fé nas palavras do nosso Presidente que a juventude tem que sonhar. Estamos na CASA-CE e o meu sonho primário passa por realizar Angola e os angolanos, e eu tenho dito: «Temos um legado importantíssimo, que nos foi deixado pelos mais velhos Holden Roberto, Agostinho Neto e Jonas Savimbi, se o tivéssemos percebido teríamos uma sociedade saudável, que constitui os arquétipos da Sociedade angolana, desviados pelo poder actual e cito: Liberdade e Terra – como dizia o mais velho Holden; O mais importante é resolver os problemas do povo – como dizia Agostinho Neto; O angolano em primeiro lugar – como dizia o mais velho Jonas, nós teríamos um modelo de sociedade positivo que se poderia aplicar em qualquer parte do globo. São três factores fundamentais: a um cidadão que é-lhe dada a liberdade e terra, a um cidadão que lhe é resolvido os seus problemas básicos e a um cidadão que lhe é colocado a oportunidade de ser o primeiro na pátria do seu nascimento, então teríamos as soluções r satisfatórias para se poder realizar. É este o nosso engajamento, a nossa luta diária e por isso é que estamos na CASA-CE. Logo, pessoalmente, é óbvio que eu tenho ambições que, claro, não passam por regredir, passam sempre em crescer e somar mais. Lá onde houver oportunidades estarei, pronto para servir Angola e os angolanos, não importa se a nível da juventude ou do partido, mas estarei sempre disponível para levar a nossa luta avante para a resolver os problemas básicos do nosso povo.
Dos Santos não pode anunciar reformas no seu declínio vital
F8 – Realizar Angola é dito por todos os políticos. O mais recente a dizê-lo foi o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no VII Congresso do MPLA…
EC – Na filosofia umbundo, já que me considero Bailundo fruto da minha origem, há um princípio que diz: OKU LI MAMA AKO LI MAMA CALHA LAMA KOMETI, trazendo para a nossa realidade quer dizer que não podemos esperar laranjas do embondeiro; o que produz laranja é só mesmo a laranjeira, uma realidade com que nos acostumamos do MPLA, é a permanente mentira, e o incumprimento das suas promessas. Volvidos 40 anos os angolanos continuam a viver no sonho. Não é o senhor José Eduardo dos Santos no declínio do seu exercício vital, predispor-se a inverter o quadro, com reformas anunciadas. No meu entender, as reformas só seriam possíveis se começassem por José Eduardo dos Santos. Enquanto Dos Santos for o autor das reformas e não ele o reformado, vamos continuar a viver na esperança, mas também não vamos mais alargar o período, temos eleições em 2017, a CASA-CE vai ser poder, nós vamos reformar o Estado para realizar Angola e os angolanos.
F8 – Quais são os maiores problemas da população angolana?
EC – De maneira geral, o país está mergulhado numa hecatombe, numa crise social, política e económica, todos os sectores da vida estão em declínio, estamos a caminhar para um colapso, onde falta tudo, e se enumerarmos A ou B corremos o risco de deixar zonas essenciais, não é por ser pessimista, mas o país não tem nenhum sector que tenha algum indicativo positivo. Um país que não consegue manter a sua economia e que os preços da cesta básica sobem vertiginosamente, os bens de primeira necessidade dobraram senão mesmo triplicaram todos os dias, é porque está desgovernado. Se fossem responsáveis e patriotas, já ter-se-iam demitido em bloco.
Os mutilados de guerra também são Arquitectos da Paz
F8 – Está a acusar os governantes angolanos de antipatriotismo?
EC – Sim.
F8 – O Processo de Reconciliação Nacional em curso não contraria a sua afirmação?
EC – No Processo de Reconciliação Nacional somos todos partes. Tenho ouvido muitas vezes um spot publicitário na Comunicação Social Pública, onde reiteram a figura de José Eduardo dos Santos como o Arquitecto da Paz. Tenho-me perguntado: quais são os caminhos que nos levaram à Paz? Nesta grande obra que é a Paz só tivemos um arquitecto? Alguns até pagaram com as suas vidas o preço da Paz, estes não foram arquitectos? Outros são órfãos, viúvas e mutilados, também não são arquitectos? No processo da Reconciliação Nacional temos de intervir de forma paritária, sem apontarmo-nos das agruras do passados, se alguém considerar que reconciliação é um perdão unilateral, então vamos continuar assistir a um processo longe do seu fim. Temos é que doravante olharmo-nos como angolanos, resgatar o nosso país das mágoas da guerra para que as gerações vindouras tenham segurança no seu futuro.
F8 – Efectivos das FAA foram destacados para o Zango, onde estão a proceder demolições compulsivas de residências das populações. De lá, surgem relatos de espancamentos, violação sexual, roubos e assassinatos. O que se oferece dizer sobre isso?
EC – Sei que recentemente morreu nesta acção ilegal e violenta das Forças Armadas Angolanas (FAA) o adolescente Rufino António, de apenas 14 anos, pelo qual endereço à família enlutada os meus sentimentos de pesar, curvando-me diante da alma deste angolano que com certeza muito daria para o futuro do país. E digo mais: o que ocorreu com este pequeno é normal em Estados Ditatoriais como é o nosso, onde as medidas repressivas contra a população são desmedidas, favorecendo a defesa do ditador, no caso o José Eduardo dos Santos. Uns dizem que se trata de expropriação, outros dizem ser despejos, tanto no 1º caso ou no outro, obedecem-se regraras para os efectivar, fala-se que foram erguidas casas em zonas fundiárias, segundo a informação que tenho, foram demolidas 600 senão mesmo 700 residências. As casas não foram erguidas de um dia para outro. Para construirmos uma casa pode levar-nos três a quatro meses, e se tivermos em conta o número avultado de residências demolidas, facilmente vamos perceber que levou-se muito tempo, então aonde andaram as autoridades administrativas? Mas este até é um falso problema, eu quero culpar Eduardo dos Santos pela morte deste miúdo e quero ainda responsabiliza-lo por todos os males que assombram o país e pela impunidade pela qual tem revestido os infractores em Angola. Se o país tivesse à testa um homem capaz e patriota, os angolanos mais desfavorecidos não estariam a ser tratados conforme têm sido. Isso é sinal de que o Presidente da República não tem conseguido, ou não quer, ser o garante da estabilidade e da Paz que custou esforços e sangue.
F8 – E por fim…

EC – Para terminar, já que está em curso o Registo Eleitoral, apelo a todos os jovens para que adiram massivamente a este processo, não se inibam! Convidem todos: tias, mamãs, primos, irmãos, colegas, amigos, etc… para aderirem, porque é o primeiro passo para que possamos operar a Mudança em 2017.

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Pinho revela-se potencial substituto de Chivukuvuku

Carlos Pinho, candidato à Presidência da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) deu mostras, durante o debate entre os três únicos candidatos ao referido cadeirão máximo da organização, promovido pela TV Zimbo, na noite do dia 30.08.16, de estar a altura de dirigir a Coligação após a saída de Abel Chivukuvuku, este que concorre a sua própria sucessão.

Na sequência, por além de terem deixado o perfume intelectual e democrático que tem caracterizado a CASA-CE ao longo dos tempos, os candidatos demonstraram claramente, serem coesos, maduros e que, copiosamente, acreditam na saída ao poder de José Eduardo dos Santos, de forma pacífica, ordeira e responsável, face as Eleições Gerais aprazadas para Agosto de 2017.


Para o candidato Carlos Pinho, a CASA deve maximizar os mecanismos de angariação de fundos para a organização, com o objectivo de reduzir a dependência de fundos vindos do Estado.

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SANTOS RECEBE MAIS TRIBUTO QUE DEUS

No decurso do mês de Agosto de todos os anos, o Presidente do MPLA, concomitantemente Titular do Poder Executivo, Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas, José Eduardo dos Santos, recebe mais tributo do que Deus - um ser omnipotente omnipresente, criador de todas as coisas, segundo a mitologia cristã.
Ora, a República de Angola, pese embora tenha alguns ateus (descrentes em Deus) e um número considerável de islamitas, face a sua laicidade ditada pela Constituição da República, é um país com fortes raízes cristã – devotos em Deus como o todo-poderoso, o Grande Comunicador, o Criador de todas as coisas - mas mesmo assim, tais qualidades não têm sido suficientes para mobilizar mais gente à volta desta figura-superior.
Porém, a realidade aos nossos olhos mostra que ao invés de mais indivíduos se converterem a Deus, há mais gente a sair das igrejas.
Já José Eduardo dos Santos, obviamente um ser inferior ao Divino, tem conseguido congregar mais homens junto dele, que têm, face às benesses imediatas, se batido a ferro e fogo para defender este ser pecador, ganancioso, amante do prazer e de si mesmo, também segundo a mitologia cristã.
No caso vertente, o Presente da República completou a 28 de Agosto, 74 anos de idade, 37 anos de poder ininterrupto afrente do MPLA e do país. Em face disso, tem recebido felicitações de todos os sectores da vida nacional - dos cristãos aos islamitas, ateus e políticos (estejam estes no poder ou na oposição).

Indesmentivelmente, José Eduardo dos Santos parece ser o homem mais querido entre todos nós. Para muitos, e não são poucos, Dos Santos é “O Arquitecto da Paz, o Perdoador, o Incansável Trabalhador para o bem das famílias angolanas, o Maior Condutor da Reconciliação Nacional, o Melhor Futebolista angolano, o Melhor guitarrista de todos os tempos, o jovem Mais bem-parecido do tempo dele”, etc, etc, ora, nem Deus aguenta tamanha pedalada.

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RÁDIO DESPERTAR PROMOVE “DEBATE POPULAR” CONTRA ABEL CHIVUKUVUKU


A Rádio Despertar, emissora ligada a UNITA, por além ter de promovido uma espécie de debate popular contra o Presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, prestou um péssimo serviço informativo, ao anunciar que o líder da terceira maior força política no país esteve na festa de aniversário do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Pese embora não fosse sacrilégio se lá estivesse.
Contrariamente ao propalado pela referida rádio, o Presidente da CASA fez-se presente na cerimónia de cumprimento ao aniversariante, tendo abandonado o local, quase duas horas antes do banquete.
Na ocasião, Chivukuvuku desejou felicidades ao aniversariante e avisou que os políticos devem ser coerentes naquilo que dizem e que fazem.

“Hoje é o aniversário do cidadão angolano, José Eduardo dos Santos, e como cidadãos, nós também nos solidarizamos com o seu aniversário, como qualquer um de nós tem o seu aniversário”, disse, acrescentando, que, “felicidade para ele e que tenha mais anos de vida. Penso que não é ocasião para fazermos abordagens políticas, o mais importante é consistência e coerência naquilo que se diz e que se faz”, terminou.

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CABO-VERDE: CNE IMPEDE GOVERNO DE ENTREGAR CASAS DURANTE CAMPANHA ELEITORAL


Fonte: Expressoilhas

Decisão foi comunicada hoje. Comissão Nacional de Eleições (CNE) diz que entrega de casas, pelo governo, aos deslocados de Chã das Caldeiras, iria beneficiar candidaturas do partido.
 No comunicado a que o Expresso das Ilhas teve acesso, a CNE determina que o Governo de Cabo Verde não proceda à “publicação e nem à publicitação de quaisquer actos relativos ao dossier em causa nos órgãos de comunicação social, durante e no decurso do período legal de campanha eleitoral”. Uma decisão tomada no sentido de dar “igualdade de tratamento” às “diversas candidaturas”.
No mesmo comunicado, a CNE refere ainda que o Governo deve “evitar a prática de actos que, de algum modo, favoreçam ou prejudiquem um concorrente às eleições de 4 Setembro, por força do disposto no no 2 do artigo. 97" do Código Eleitoral”.
PAICV reage

Para o PAICV, autor da queixa junto da CNE, a decisão da CNE “validou a argumentação” do partido que, “fazendo uso das alíneas do Código Eleitoral, argumentou que esta medida, anunciada no dia de início oficial da campanha eleitoral para as Eleições Autárquicas de 2016, punha claramente em causa os princípios da neutralidade e da imparcialidade que devem nortear as acções das entidades públicas”.

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SADC PROCURA FONTES DE FINANCIAMENTO

Fonte: Angop
Luanda - Os Chefes de Estado e de Governo da SADC, durante a 36ª Cimeira, que decorre na Swazilândia, nos dias 30 e 31 do corrente mês, vão procurar fontes de financiamento para materialização do programa de industrialização dos estados membros da organização, informou hoje, o secretario de Estado do Ministério das Relações Exteriores, Manuel Augusto.
O secretário de Estado fez estas declarações à imprensa, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, à margem dos cumprimentos de despedida ao vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, que se deslocou à Swazilândia para representar o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no encontro.
“É mais uma Cimeira de Chefes do Estado da SADC, num momento em que a prioridade da nossa região é o programa de industrialização. Como sabe, na nossa região, os estados possuem  diferentes estágios de desenvolvimento, porém nos últimos dois anos tem sido abordado este aspecto”, frisou.
De acordo com Manuel Augusto, neste momento as metas estão fixadas e o grande desafio é encontrar fontes de financiamento para este programa de industrialização.
Neste sentido, os Chefes de Estado e de Governo vão debruçar-se, na Swazilândia, sobre os caminhos que o grupo técnico e o conselho de ministro apontam para a solução desse problema de financiamento do programa de industrialização.
Por outro lado, salientou que “Angola vai assumir a vice-presidência do Órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC, por forma a que, na cimeira de Agosto do próximo ano, o país assuma a presidência desse mesmo órgão”, declarou.
De acordo com Manuel Augusto, esta acção é uma vez mais o reconhecimento da capacidade e experiência de Angola em matéria de paz e segurança.

“Foi a pedido dos outros estados membros que o país aceitou esta vice-presidência, na perispectiva de, no próximo ano, assumir a presidência do órgão, que denota um reconhecimento da experiência de Angola nesta matéria”, reforçou.

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PARABÉNS CAMARADA PRESIDENTE PELAS 74 VELAS


                                                               Por Augusto Pitra
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, completa hoje 74 anos de idade. Para nós africanos, este bem individual e que se torna colectivo por se tratar do Presidente de todos, deveria se converter em alegria geral, mas face as divisões políticas geradas pelas democracias, o apagão de mais uma vela da parte de José Eduardo dos Santos se tornou amargo para muitos. Infelizmente.

Independentemente dos erros frequentemente cometidos por José Eduardo dos Santos – todo homem está fadado a errar, o Presidente da República conduziu o processo da anulação a pena de morte em Angola e conduziu o processo de Reconciliação Nacional que continua em curso, logo após o conflito armado que ceifou a vida de muitos angolanos.

É bem verdade que está há muito tempo no poder, mas também devemos reconhecer que há factores históricos que o mantiveram aí. Ora, era impossível pensar em substitui-lo no período de guerra, tal como o foi com Jonas Savimbi, na UNITA. 

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AS ESCOLHAS INDIVIDUAIS INTERVÊM E DIRIGEM AS INSTITUIÇÕES



Paulo Alexandre Silva, professor universitário
Fonte: Expressoilha
Ao longo dos anos o Homem tem promovido sociedades, governos e tantas outras organizações para satisfazer-se e aumentar a sua qualidade de vida. Entretanto, as escolhas individuais vêm comandando sempre tais organizações promovidas pelo Homem (inclusive o governo).
Nesta lógica, entende-se que qualquer individuo esclarecido percebe logo de primeira que são as escolhas individuais que interferem e dirigem estas instituições criadas pelo Homem.
Porém, quando os indivíduos fazem escolhas, o que eles escolhem na verdade é abrir mão e não fazer um conjunto de outras coisas (oportunity cost).
O conceito de custo de oportunidade é um conceito que deve ser levado em conta quer pelos indivíduos nas suas decisões individuais quer pelas organizações nas suas decisões colectivas e é um conceito muito interessante que nos ajuda muito no processo decisório… “ Alternativa de maior valor que deve ser sacrificada como resultado da escolha de uma entre as várias alternativas possíveis”…muito lógico! Ou seja, nenhuma decisão nossa é livre de custo. É como dizer “não existe tal coisa como um almoço de graça”…perfeito!
Cabo Verde hoje é um país super endividado e grande parte da divida que temos hoje é o fruto das escolhas e decisões dos indivíduos que comandavam o anterior governo da república. O país foi endividado até o pescoço e os benefícios foram o que foram, muito aquém das nossas expectativas! Hoje não temos ainda em Cabo Verde um centro de saúde de referência, as pessoas morrem rapidamente nos nossos hospitais, hoje não temos ainda em Cabo Verde o pleno da segurança, qualquer um pode ser assaltado e baleado nas ruas das nossas cidades, hoje não temos ainda em Cabo Verde um sistema de justiça célere, justo e transparente, os corruptos roubam manipulam e ficam a vagar felizes da vida com TIR e ostentando qualidade de vida superior a média nacional, hoje temos ainda em Cabo Verde muitas crianças fora do sistema educativo, enfim, não seria difícil continuar a enumerar um conjunto de coisas que podíamos ter e não temos.
O mais engraçado é que preteriram estas escolhas que nos trariam maior benefício a favor de muitas barragens tipo banca furada, muitas estradas tipo anel rodoviário do fogo, milhões de euros no programa casa para todos, com tantas derrapagens e tantos outros investimentos desnecessários. São tantas alternativas que trariam mais beneficio a nossa sociedade sacrificada pelo governo do PAICV e muitas coisas que poderíamos ter com tantos recursos que foram mobilizados e que não temos. Injusto!
Cabe ao actual governo proceder de forma diferente, caso queira manter o sua participação na economia e, entender a importância do conceito de oportunity cost numa lógica de fazer de forma diferente procurando sempre identificar qual é a melhor alternativa que é sacrificada, perspectivando trazer mais benefício liquido a nossa sociedade pelas escolhas concebidas, ou então, aliar e criando condições e direcionar uma parte da resposta a ser dado pela livre iniciativa privada.
Falando desta instituição “o mercado” muitos acreditam que é a única instituição que consegue alocar da melhor forma os recursos disponíveis. Como disse Friedrick Hayek “estou convencido de que, se ele, o sistema de mercado, fosse resultado de desígnio deliberado do homem e se as pessoas que se guiam pelas mudanças de preço entendessem que a suas decisões têm um significado além de seus objectivos imediatos, esse mecanismo seria aclamado como um dos maiores triunfos da mente humana”.
Contudo, no século XIX Walras formulou os dois teoremas do bem-estar social. No segundo teorema garante que qualquer equilíbrio eficiente pode ser alcançado por uma economia competitiva, dadas as dotações iniciais apropriadas. O problema é que o segundo teorema tem ida e volta: se a economia estiver em equilíbrio (competitivo) não há nada que a retire deste ponto. Em outras palavras, o mercado é incapaz de distribuir renda ou riqueza. A conclusão de que a única maneira de distribuir renda é através do governo já estava clara e as bases para social-democracia foram lançadas em Walras.
Aliás, a base ideológica do MpD é social de mercado e não liberal como tem sido dito por estas bandas, deve intervir aonde pode intervir, intervindo bem a nível social e, ao mesmo tempo incentivar, criando condições a livre iniciativa privada promovendo assim o crescimento económico, gerando renda para as famílias e dinamizar a economia através de incentivos aos investimentos.
O governo do MpD não pode deixar de intervir socialmente porque temos um problema que nos afecta que é a pobreza. Este governo precisa atacar o problema da pobreza relativa e absoluta na base, investindo fortemente num sistema educativo robusto a dar acesso ao sistema aos que menos condições possuem.
Investindo fortemente na educação e aplicar uma politica de inclusão é o primeiro passo a ser dado para erradicarmos de vez por todas este mal que ainda persiste em pleno séc. XXI. Precisamos educar as pessoas, orientando-as com instrumentos capazes de promover o bem-estar.
Mas o atual governo, precisa dar uma atenção especial ao sector da saúde. Este sector poderia perfeitamente ser transferido para o mercado e deixar a iniciativa privada na promoção desta necessidade que tanto a nossa sociedade clama. Mas o grande problema esta na nossa estrutura social, infelizmente o actual estado da nação nos diz que temos ainda 130 mil Cabo-verdianos a viver com menos de 137 escudos por dia, ou seja, temos ainda uma franja muito forte da nossa sociedade a viver numa situação de pobreza e estas pessoas precisam de um sistema de saúde grátis e de qualidade. Não podemos negar este bem a estas pessoas!

A chave do sucesso do governo do MpD irá depender da aliança entre o sector público e o sector privado. Acredito que será este o caminho e a receita a seguir, intervir aonde precisa-se de intervenção a nível social, fazendo boas escolhas e criar as condições para livre iniciativa privada, criando um ambiente fiscal favorável para aliciar ao máximo os investimentos nos sectores chave da nossa economia, dotar o mercado de instrumentos a nível de financiamento e garantir estabilidade macroeconómica.   

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UCID: “NÃO FAZ SENTIDO UM PARTIDO GASTAR 400 CONTOS NUM COMÍCIO, ENQUANTO HÁ PESSOAS A PASSAREM DIFICULDADES”

António Monteiro 
António Monteiro diz que a sua forma de campanha é uma maneira  de mostrar respeito a população. Assegura que esta é uma postura que irá ter como futuro presidente da câmara.
Em campanha porta a porta na zona da Ribeirinha, o líder da UCID e candidato a presidência da Câmara Municipal de São Vicente diz que a sua mensagem está a passar e que a população tem recebido muito bem as suas propostas e acredita numa vitória no dia 04 de Setembro.
Sem comícios esta quinta-feira, optando por uma forma de fazer campanha directamente chegando as pessoas, Monteiro explica que essa decisão não tem nada a ver com o factor económico envolvido, mas de puro respeito as pessoas, esta é segundo este candidato, uma forma de mostrar respeito as pessoas. “Sim respeito, porque não faz sentido um partido, no caso da UCID, gastar 400 contos num comício, enquanto há varias pessoas a passarem dificuldades” esclarece.
Portanto conforme explica esta é uma medida para demonstrar as pessoas que é no poupar que está o ganho e mostrar que estando na câmara é essa a postura que assumirá, de poupar de gerir melhor os recursos e fazer aquilo que considera realmente essencial para o bem-estar São Vicente. “Esta é a esperança que estamos a lançar à população de que com a UCID na câmara faremos uma gestão criteriosa dos recursos e conseguiremos ajudar o maior número de pessoas”.
“A mensagem que temos estado a passar é dizer as pessoas que temos tudo ao nosso alcance, enquanto presidente da câmara para ajudar na resolução dos problemas dessa ilha” diz Monteiro que assegura que a população o conhece e sendo assim sabe qual tem sido o seu empenho, a sua dedicação à causa das pessoas, principalmente os mais desfavorecidos que acreditam que “serei capaz de ajudar a resolver os problemas, tendo em conta as medidas que temos estado a anunciar” afirma.
Para esta primeira semana de campanha, o balanço do partido é positivo. “Sinto que as pessoas ao falarem comigo, que vão votar na UCID, que querem uma mudança na câmara e acredito que na câmara com o voto deles faremos um trabalho meritório para São Vicente”, conclui.


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PAICV COMPREENDE, MAS DISCORDA DO MODO COMO OS CADERNOS ELEITORAIS SÃO ACTUALIZADOS

Alcides Graça, candidato do PAICV à Câmara de São Vicente
Alcides Graça, candidato do PAICV à Câmara Municipal de São Vicente, assegura que o partido pediu esclarecimentos às entidades públicas (CNE e CRE) sobre o desaparecimento de 6 mil eleitores e não houve intenção de caluniar nenhuma delas, porém, o partido discorda da forma como se fazem as actualizações das listas pois as mesmas deveriam ser contínuas como o recenseamento.
 Alcides Graça reconhece que “o modus operandi” para a actualização dos cadernos eleitorais induziu o partido em erro, uma vez que as eliminações não são feitas de forma contínua tal como se faz com o recenseamento. Todavia, o PAICV discorda do processo das eliminações nas listas e defende que o mesmo deve ser alvo de alterações, porque suscita dúvidas no que respeita à lista dos acumulados. Alcides Graça afirma que o erro está no processo e pediu uma explicação oficial sobre o número dos eliminados em 2016.

Graça frisa que não houve intenção do partido em caluniar as entidades públicas responsáveis pelas eleições em Cabo Verde e justifica que foi um pedido de esclarecimento, “apesar de termos recebido ameaças da CNE e insultos do Presidente da CRE, porém não nos vão intimidar com ameaças, pois sempre que tivermos dúvidas e acharmos a necessidade de pedir esclarecimentos vamos pedi-los de forma responsável e de forma sustentável”, assegura o candidato do PAICV em São Vicente.

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SEIS MESES DE PRISÃO SUSPENSA POR OFENDER PASSOS COELHO NO PARLAMENTO

Mário Carvalho Jesus

O homem que há um ano e meio interrompeu um debate quinzenal na Assembleia da República (AR), durante o qual o então primeiro-ministro Passos Coelho explicava uma alegada dívida à Segurança Social, foi condenado a uma pena de seis meses de prisão, suspensa por um ano.

Por Nuno Miguel Ropio
Fonte: JN

Trata-se da mais dura sentença para quem engrossou os muitos protestos que encheram as galerias parlamentares durante o Governo PSD/CDS. Mário Carvalho Jesus só não foi mais penalizado porque as Varas Criminais de Lisboa não conseguiram perceber com exatidão que ofensas gritou.
Pelas 17.30 horas do dia 11 de março de 2015, Mário era um homem desesperado: aos 55 anos, desempregado, não recebia qualquer subsídio e vivia à custa do pai e da namorada. Após uma semana a ouvir notícias da falta de pagamento das contribuições à Segurança Social do chefe do Governo, decidiu ir assistir à explicação de Passos.
"Estava revoltado com tudo aquilo. Comecei a trabalhar aos 13 anos, como soldador, porque o dinheiro em casa não era muito. Tinha de ouvir ali como é que alguém ia defender-se daquela vergonha", explicou, ao JN.
Naquela tarde, um grupo dos Precários Inflexíveis já tinha sido retirado pela PSP da sessão plenária, após gritar para o líder social--democrata "metes nojo ao povo". Passos acabou de responder às questões do presidente da bancada do PSD, Luís Montenegro, quando Mário se levantou na galeria e soltou palavras de ordem.
A então presidente da AR, Assunção Esteves, ordenou a sua retirada imediata e os trabalhos acabaram suspensos dez minutos. Na sentença, a que o JN teve acesso, o coletivo de juízes refere que ficou provado que "os nervos dele eram tantos que não se percebia o que dizia". E que se agarrou ao varandim, quando os agentes o tentaram retirar. Também não foi possível perceber se interrompeu Passos.
A 13 de julho último, a pequena instância das Varas Criminais puniu Mário por ter parado os trabalhos do Parlamento. Pelo crime de perturbação do funcionamento de órgão constitucional, que o Código Penal estabelece num máximo de três anos, apanhou seis meses de prisão suspensa. "Importa reforçar junto do arguido que existem locais próprios para levar a cabo atividade política, levantar protestos e fazer ouvir o descontentamento, por um lado. Por outro, o exercício dos nossos direitos fora das condições legais ou de razoabilidade para os quais foram desenhados, pensados e consagrados, torna-se em abuso", alegaram os juízes na sentença, admitindo "a espinhosa tarefa de tentar reforçar o bem jurídico em causa e levar à compreensão do arguido as consequências nefastas".
Proposta de acordo
Segundo Mário, ainda na fase de inquérito terá sido proposto um acordo. "Poderia ter pago 250 euros a uma instituição de caridade ou realizado 40 horas de trabalho comunitário. Mas achei que não deveria assumir-me culpado por mostrar o meu descontentamento na casa da democracia", disse.
O tribunal refere, no final da sentença, que se esforçou por não "beliscar" nem a "atividade política" nem o "direito ao protesto" de Mário. E não o transformar num "exemplo de tutela feroz, pró-ativa e esmagadora".
A verdade é que o caso do soldador - que acredita que "o país agora até está diferente" - surgiu numa altura de protestos constantes no Parlamento. Assunção Esteves, que foi apontada por ter mão pesada para com quem interrompia as sessões, pediu aos partidos que aprovassem regras de acesso ao hemiciclo. Pouco mudou. Um mês depois do protesto de Mário, a Direita, em conferência de líderes, aprovou que os convidados dos deputados passassem a ter de se identificar no acesso aos plenários.

Ao JN, Mário, que se mantém desempregado e ainda não decidiu se vai recorrer da decisão, revelou parte do que disse naquela tarde e que ninguém percebeu: "Não podemos permitir que os nossos carrascos nos criem maus costumes". Uma frase da filósofa Simone de Beauvoir, que a própria Assunção Esteves invocara, em 2013, para travar protestos na AR e que a colocou debaixo de fogo da Esquerda, por deturpar o seu simbolismo.

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GOOGLE VAI PUNIR SITES QUE TENHAM PUBLICIDADE INTRUSIVA

Sites que abusam das propagandas intrusivas em suas versões mobile serão punidos pelo Google.
A empresa pretende piorar a posição desses sites nos resultados das buscas, ou seja, colocá-los lá em baixo ("downgrade"). 
O Google considera que são ruins aqueles sites mobile que enchem suas páginas com propagandas pop-ups e que também ocupam muito da tela original do smartphone ou tablet. 
Quem atrapalhar o usuário de acessar o conteúdo original de forma rápida com esse tipo de anúncio, ao ser "punido" pelo buscador, perderá muito do seu tráfego e sentirá os efeitos em seu negócio. 
Não serão considerados anúncios abusivos aquelas janelas que aparecem na tela para fazer verificação de idade ou para avisar que o site utiliza cookies. 
Janelas pop-ups que usam apenas uma pequena parcela da tela também serão "perdoadas". 
Os sites terão um tempo para se adequarem ao novo formato. 

As novas regras do Google começam a valer a partir de 10 de janeiro de 2017.

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"SEM EUROPA ESTAREMOS TODOS MAIS FRACOS" - ANTÓNIO COSTA

António Costa e o Presidente francês François Hollande

O primeiro-ministro falou após a reunião de socialistas e sociais-democratas nos arredores de Paris.
Fonte: Público
O primeiro-ministro, António Costa, reiterou hoje em Paris a importância da União Europeia face "à ameaça terrorista, à necessidade de uma gestão solidária do fluxo de refugiados" e a uma pacificação dos conflitos às portas da Europa. "Como sempre aconteceu ao longo destes 50 anos é com a Europa que nós conseguiremos melhor resolver cada uma destas ameaças e sem Europa estaremos todos mais frágeis para enfrentar estes desafios", disse António Costa no final do Encontro de Líderes Socialistas Europeus, no Palácio de La Celle Saint-Cloud, nos arredores de Paris.
O primeiro-ministro vincou que os dirigentes europeus "têm de dar uma resposta clara" aos desejos dos cidadãos no sentido de "que a Europa seja capaz de retomar nas suas mãos o seu próprio destino em matéria de segurança, em matéria de desenvolvimento económico, em matéria de garantia do modelo social", considerando que "a Europa é capaz de responder aos grandes desafios da economia de hoje".
"Separados, estaremos todos mais frágeis para responder do que estando juntos. Nem sempre é fácil estar juntos, todos sabemos isso, mas separados ficará cada um de nós certamente em piores condições de responder à ameaça terrorista, à necessidade de uma gestão solidária do fluxo de refugiados, ao esforço que em conjunto temos de fazer para pacificar os vários conflitos que existem nas fronteiras da Europa", continuou.
António Costa, também secretário-geral do PS, falou ainda na necessidade "de apoiar o desenvolvimento, em particular, da África" e da resposta conjunta "a um mercado interno que não gere desequilíbrios, que não seja só uma moeda única mas uma moeda de prosperidade partilhada para todos".
O chefe de Governo disse ainda que o encontro serviu para os dirigentes vincarem a necessidade de passar a mensagem de que perceberam que "os cidadãos sentem que há hoje um problema porque sentem, quer na segurança, quer no emprego, quer nas expectativas de futuro, quer quanto à defesa do modelo social que a Europa não tem cumprido aquilo que é a sua promessa fundamental de protecção dos cidadãos".
Para António Costa, é esse estado de espírito que "tem alimentado decisões como a do Reino Unido de sair da União Europeia", assim como "grandes correntes populistas em muitos países da Europa".
António Costa participou hoje no Encontro de Líderes Socialistas Europeus, uma reunião presidida pelo presidente francês, François Hollande, e que contou igualmente com o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, e o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, como observador.
Na reunião também estiveram presentes o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, a vice-presidente da União Europeia, Federica Mogherini, o comissário europeu para os assuntos económicos, Pierre Moscovici e o ministro alemão da Economia e da Energia, Sigmar Gabriel, entre outros dirigentes socialistas europeus.
O encontro começou com um almoço de trabalho no palácio que chegou a ser visitado pelos reis Luís XIV e Luís XV, pertencendo atualmente ao ministério francês dos Negócios Estrangeiros.

O encontro foi dedicado à preparação da Cimeira de Bratislava (Eslováquia), que terá lugar a 16 de setembro, e de acordo com o comunicado de imprensa da presidência francesa enviado à agência Lusa, a maratona negocial vai continuar nas próximas semanas com François Hollande a receber o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a 31 de agosto em Paris, e com uma reunião em Atenas, a 09 de setembro, que vai reunir os líderes dos países do sul da União Europeia, entre eles Portugal.

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QUEM PROTEGE O POVO



Fonte: A Verdade

Nunca antes o povo moçambicano esteve tão desprotegido como nos dias que ocorrem. A cada dia que passa a situação tende a deteriorar-se, ou seja, o que já era complicado, agora piorou. Presentemente, os moçambicanos vivem numa insegurança mórbida sem precedentes, e na constante incerteza de voltar a respirar no dia seguinte. Tudo porque a Polícia moçambicana, assim como as forças governamentais, tem estado a semear terror, dor e luto no seio das famílias.

No lugar de garantir a segurança dos moçambicanos, a Polícia é o principal promotor da criminalidade e execuções sumárias de cidadãos indefesos e inocentes. Um pouco por todo país são reportados casos de indivíduos barbaramente assassinados pela Polícia moçambicana. Os casos mais recentes deram-se nas cidades da Beira, Nampula e Nacala-Porto, onde alguns dos nossos compatriotas foram alvejados mortalmente.

Outra situação bastante indignante é o que se sucedeu na província central de Sofala, envolvendo as Forças de Defesa e Segurança que se encontram naquela região supostamente para garantirem a soberania do país. Por exemplo, seis pessoas, cinco moçambicanos e um natural do Bangladesh, foram mortas à tiro e os seus corpos posteriormente carbonizados na localidade de Nangué, no distrito de Cheringoma. Os indivíduos que escaparam a esse acto macabro contam que os autores foram as forças governamentais.

Este facto demonstra claramente que o principal promotor de todos os ataques armados a cidadãos moçambicanos que frequentemente são registados no centro do país e imputados aos homens da Renamo são, na verdade, perpetrados por aqueles que supostamente deveriam garantir a segurança e integridade física dos moçambicanos.

Infelizmente, o Governo, por intermédio das Forças de Defesa e Segurança, continua a matar sem dó e nem piedade os filhos desta pátria. Assassinam e reprimem o povo e fingem que lutam para o bem-estar dos moçambicanos, quando, na verdade, subjugam-nos. Por ganância e em nome de uma falsa soberania promovem a guerra e exterminam centenas de moçambicanos.

Portanto, a impressão que fica é de que as Forças de Defesa e Segurança têm mandato para exterminar os moçambicanos que todos os dias trabalham arduamente para pagar os impostos.

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“Crise não se resolve com medidas isoladas” – Filipe Nyusi


Fonte: A Verdade

Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi
O Presidente da República, Filipe Nyusi, defendeu, ontem, na cidade da Beira, a capital da província central de Sofala, que a crise económica e financeira com que o país se debate nunca se pode resolver de forma isolada, mas através de uma conjugação de uma série de acções.

O Chefe do Estado moçambicano falava à imprensa, momentos depois de inaugurar algumas unidades económicas, incluindo uma fábrica de cimento e outra de processamento de feijão ‘bóer’, no quadro da visita de trabalho de quatro dias.

Antes, Nyusi visitou uma fábrica de processamento de pescado (PescaMOZ), localizada no Porto da Beira, e inaugurou, no mesmo recinto, a unidade Terminal de Triagem de Camiões, acto que teve lugar no final da tarde, depois de, pela manhã, ter escalado o distrito de Machanga e ter orientado uma sessão extraordinária do governo provincial, alargada aos administradores distritais, presidentes dos conselhos municipais e outros quadros.

“A crise não se pode resolver isoladamente. Uma série de coisas devem ser desencadeadas e uma delas é esta”, afirmou Nyusi, numa referência as unidades económicas que acabava de visitar e inaugurar. Realçou que nas visitas que vem efectuando pelo país, tem transmitido, à população, uma mensagem de apelo ao aumento da produção, “mas isso implica uma cadeia de actividades”.

Segundo o estadista moçambicano, a mensagem de sensibilização para o aumento da produção está a ser compreendida, mas surgem problemas que tem que ver, por exemplo, com o acesso ao mercado, armazenamento, processamento, entre outros.

Neste contexto, Nyusi afirmou que as unidades fabris, ora inauguradas, integram essa cadeia de valor e são parte da solução dos problemas do país.

“É extremamente importante completar o nosso discurso de apelo à produção, colocando a fábrica que transforma, o armazenagem e o próprio mercado”, afirmou. Aliás, no comício que orientou na vila-sede do distrito de Machanga, cerca de 400 quilómetros da cidade da Beira, o Presidente da República focalizou a sua mensagem na necessidade de aumento da produção como forma de fazer face ao elevado custo de vida que afecta não só a população daquele ponto do país, mas também todo o país e o mundo, em geral. Uma das preocupações colocadas ao Chefe de Estado pela população de Machanga foi a fome, resultante da fraca colheita na campanha agrária ora em curso, devido à estiagem, mas também a insegurança provocada pelos ataques armados da Renamo.

“Preparem as vossas machambas”

 Em Sofala, Nyusi desafiou a população a preparar, o mais cedo possível, a próxima campanha agrária, pois há previsões de chuvas normais.

“Comecem agora a preparar as vossas machambas. O elevado custo de vida deve-se à fraca produção. Por isso não queremos que uma família chore de fome enquanto chover. Vamos trabalhar”, exortou Nyusi, vincando haver condições para Machanga poder se desenvolver.

Quanto à tensão militar, Nyusi reiterou a disponibilidade do governo em tudo fazer para o alcance da paz e apelou a população para rejeitar quaisquer acções que atentem contra a estabilidade do país.

 Ataques

A população do distrito de Machanga, na província de Sofala, manifestou o seu total repúdio aos ataques protagonizados pelos homens armados da Renamo, sobretudo nas regiões Centro e Norte de Moçambique. Numa mensagem apresentada ao Presidente da República, Filipe Nyusi, que esta segunda-feira escalou aquele distrito, no arranque da sua visita de trabalho de quatro dias a esta parcela, a população disse estar a viver sempre na incerteza por temer ser surpreendida pelos ataques. “Vivemos tristes por causa dos ataques dos homens armados da Renamo. Vivemos na incerteza.  Basta de lágrimas de terror”, destaca a mensagem. Contudo, a população diz esperar que as múltiplas mensagens proferidas pelo Chefe de Estado, incentivando o diálogo para o alcance da paz efectiva, se traduzam em realidade e que a Renamo entenda a necessidade de diálogo para a estabilidade. “Apelamos ao diálogo. E’ pelo diálogo e não pelas armas que Moçambique irá crescer”, vinca a mensagem.

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