TAAG PODERÁ DEIXAR DE VOAR PARA CABO-VERDE POR SER MENOS RENTÁVEL

A TAAG - Companhia aérea angolana quer ficar isenta de taxas no aeroporto da Praia ou, em alternativa, que os governos de Angola e Cabo Verde subsidiem os combustíveis para continuar a fazer o voo entre Angola e Cabo Verde.
De acordo ao Peter Hill - o britânico que, ao serviço da Emirates, assumiu a gestão da companhia aérea angolana, o de Cabo Verde tem sido uma das rotas menos rentáveis operadas pela TAAG. "Há certas rotas que não têm sido rentáveis quanto gostaríamos que fossem. O voo para Cabo Verde, por exemplo, leva 5,5 horas no meio do oceano Atlântico. É uma rota muito cara, pois custa-nos 2,5 milhões de dólares por ano, para transportar apenas, em média, 20 pessoas por voo", aponta Hill na entrevista que concedeu ao jornal angolano. "O 737 faz ida-e-volta com a carga toda. Falando claramente, não podemos dar-nos a esse luxo. Então, Cabo Verde vai sair da programação", reforça Hill.
No entanto, a decisão pode não ser final. O gestor aponta que havendo subsídios ou uma manifestação de interesse por parte do governo angolano em manter a rota, a ligação entre Luanda e Praia pode manter-se. "Claro, que se o Governo nos disser: 'queremos que mantenha o voo e estamos preparados para subsidiá-lo', nós aceitaremos", explica.

Também Cabo Verde pode ter uma palavra a dizer para reverter esta decisão da TAAG. "Se o governo de Cabo Verde disser: “vamos dar-vos concessões, reduzir as taxas de aterragem, o custo do combustível, etc, etc, se chegarmos a algum tipo de assistência, vamos continuar a rota como um serviço público. Mas, até lá, as pessoas que me desculpem, a empresa tem de ganhar dinheiro", apontou Peter Hill.


De recordar que a TAAG é gerida pela Emirates desde a assinatura do acordo assinado no Dubai, em 2014, entre o governo angolano e a Emirates.

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