CIDADÃOS NASCIDOS NO DIA E HORA DA PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA CLAMAM POR DIREITOS EXCEPCIONAIS
Diversos cidadãos de diferentes extractos sociais, mas que têm em comum,
o facto de terem sido gerados no mesmo período em que António Agostinho Neto
proclamava solenemente a independência de Angola, clamam por direitos
excepcionais.
Alguns angolanos nascidos alegadamente às 23 horas do dia 11 de novembro
de 1975 desejam que o Executivo crie políticas que visam atribuí-los residência
ou suporte financeiro, dado o facto de a Independência Nacional representar o
maior marco da história angolana.
“O Estado tem que evoluir! Noutros países, as pessoas são presenteadas
caso nasçam nos dias de celebração da paz ou da independência, aqui não porquê?
A independência para nós é insignificante?”, questionou Francisco Zodico
Quiala, nascido a 11 de novembro de 1975.
Francisco Zodico Quiala, nascido a 11 de novembro de 1975 |
Para o mesmo, a independência e a paz teriam maior impacto na vida das famílias
se o Estado brindasse com algumas oferendas às pessoas nascidas nas respectivas
datas.
“Não estamos a pedir muito dinheiro, mas face a importância da data em
que fomos nascidos, o Executivo devia por exemplo, criar políticas que
isentasse-nos de pagar as corridas dos transportes públicos nos dias da
efeméride. Por não?”, questionou novamente, tendo garantido estar à disposição
do governo, caso queira inovar na criação de programas dos festejos da Dipanda.
Por sua vez, Jorge Sampaio, também nascido no dia em que o primeiro
presidente angolano proclamava a independência, diz entender a actual
conjuntura económica do pais e, a semelhança de nosso primeiro interlocutor, propõe
ao Executivo, a inclusão dos cidadãos gerados a 11 de novembro de 1975, nas discussões
e arranjos dos festejos da independência.
"Penso ser contraproducente que nós, os nascidos no mesmo dia e ano
que se proclamava a emancipação dos angolanos, realizarmos festas de
aniversários paralelas aos festejos da independência. O governo deve
incluir-nos às comemorações".
Já Gilda Esteves, também gerada no período em referência, considera
desorganizados os aniversariantes do dia da Dipanda, dado o facto de se
limitarem aos queixumes, ao invés de abordarem o assunto com as instituições do
Estado, responsáveis pela organização das festas da independência.
"Acho que devíamos reunir e endereçarmos ao Executivo as Recomendações
saídas de nossos encontros, só assim evitaríamos especulações e o governo saberia
de nossas reais intenções", afirmou Gilda.
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