EXECUTIVO IGNORA ENFERMEIROS FORMADOS PELA UNITA NO PERÍODO DE GUERRA
Cerca de sete mil profissionais de saúde formados pela União Nacional
para Independência Total de Angola (UNITA), durante o período de guerra que
durou mais ou menos 27 anos, estão voltados ao desemprego porque o Executivo
alegadamente duvida da capacidade dos visados.
Ora, segundo os “Maninhos”, durante o conflito armado liderado por José
Eduardo dos Santos (Governo MPLA) e Jonas Savimbi (UNITA) - até aqui o maior
partido na oposição, formou mais de 12 mil técnicos de saúde em diversas áreas
e, deste número, perto de sete mil esperam por uma Carteira Profissional de
enfermeiro.
Por sua vez, a Ordem dos Enfermeiros garante estar a estudar o processo,
pese embora desconfia de alguns documentos apresentados. No entanto, o
secretário para Saúde da UNITA, Maurílio Luiele, caracteriza a condição de
alguns desses enfermeiros como difícil.
Para o responsável da pasta de saúde da UNITA, a atitude da Ordem dos
Enfermeiro viola os acordos de Paz do Luena, que prevê a inserção de todos os
técnicos de saúde formados pelos “Maninhos” na Função Pública, o que, segundo o
mesmo, implica o reconhecimento dos actos administrativos praticados pelo
partido.
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