JARDIM DA MARGINAL SEM MANUTENÇÃO HÁ MAIS DE TRÊS SEMANAS
Fonte: F8
As
palmeiras ou toda área de jardinagem da Baía de Luanda, sita no distrito urbano
da Ingombota, município de Luanda, província com o mesmo nome, deixou de
beneficiar de tratamento e irrigação há mais de três semanas, porque a
administração de Higino Lopes Carneiro, alegadamente, deixou de cumprir o
contrato celebrado com a SIS Angola – empresa responsável pela manutenção da
zona.
O caricato é que o Executivo capitaneado por José Eduardo dos Santos canalizara cerca de USD7.000 (sete mil dólares) americanos na aquisição de cada palmeira, ignorando os apelos em sentido contrários vindos da oposição parlamentar e não só.
Hoje, por causa da crise económica e financeira que assola meio mundo, sobretudo os Estados dependentes do petróleo – como o nosso país, o Executivo revela-se sem capacidades de cumprir não só com o contrato de manutenção e irrigação do jardim da Baía de Luanda, bem como manter o tratamento das palmeiras colocadas na rua Comandante Jika até ao da Sagrada Família, bem como de diversos estádios de futebol construídos para o CAN´2010.
Cada
palmeira poderá ter custado aos cofres do Estado cerca de sete mil dólares
devido as suas diferentes tipologias, pois temos: a Bismarck, Rabo-de-raposa,
Imperial e Real, ambas são raras e por muito caras, segundo um ambientalista
que preferiu o anonimato.
No
caso vertente, de acordo com os habitantes da Baía de Luanda, localidade que,
parcialmente, continua a ser o lugar mais procurado pelos casais, quando o
assunto é registar (com fotos) o momento feliz sob uma zona verde, propiciadora
de romance e requinte, a baía a perdeu o brilho que o caracteriza, face a
ausência de manutenção e irrigação.
“Abordamos
alguns técnicos da empresa SIS – que cuidava da manutenção do jardim da Baía
para sabermos as causas que os levou a abandonarem o local, por sua vez, eles
nos disseram que foram orientados a largar os trabalhos pela direcção da
empresa em que estão vinculados, porque o Governo da Província de Luanda deixou
há muito de honrar com os compromissos”, contou “dona” Cláudia, acrescentando,
que, “afinal, a SIS já pagava os seus trabalhadores com fundos próprios. Hoje,
por causa dessa irresponsabilidade, a Baía está envelhecida, totalmente
castanha, já nem dá prazer, só os cidadãos do gueto vêm tirar fotografias de
festas e casamentos aqui, nós já não”, disse.
No
mesmo diapasão está João Esteves, o cidadão, morador do edifício próximo ao
Banco Nacional de Angola (BNA), na Baía de Luanda, descreveu a situação como
lastimável.
“Não
precisamos de falar muito. O que assistimos aqui é lastimável! Hoje vivemos ao
lado sacos e folhas de papéis que fizeram do jardim da baía sua morada, pois já
não há ninguém para os retirar daí. Tenho visto, vi ainda ontem uns trabalhadores,
penso serem da ELISAL, mas que só retiravam a areia que invadira o asfalto, mas
o lixo que está no jardim, ninguém o tira. Como disse, é lastimável, espero que
o senhor Higino Carneiro resolva esta situação que põe em causa a boa imagem da
baixa da cidade”, apelou.
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