MASSANGA SAVIMBI REÚNE-SE COM FILHA DE KWAME NKRUMAH



Por Redacção
O secretário-geral-adjunto da UNITA, Rafael Massanga Savimbi, cuja visita ao Gana, deveu-se ao convite a ele formulado para assistir a tomada de posse do presidente eleito, Nana Akufo-Addo, reuniu-se, à margem do acto de investidura do novo Mais Alto Magistrado daquela Nação, com Samia Nkrumah – filha do histórico pan-africanista Kwame Nkruma.


Na ocasião, os rebentos das duas figuras africanas – Kwame Nkrumah que se notabilizou pela sua luta intransigente para descolonização do Gana e de outros Estados africanos, bem como pela coragem e ousadia na concepção da Organização da União Africana, e Jonas Savimbi – que se destacou anos mais tarde, face ao seu empenho para derrocada do comunismo e o triunfo da democracia na República angolana, abordaram sobre os mais variados temas, desde a situação sociopolítica e económica de ambos os povos e o caminho mais viável a palmilhar para se ultrapassar tamanhas dificuldades.


Mas antes de debruçarmos sobre os ilustres Massanga e Samia, importa referir que o novo chefe de Estado ganês tomou posse no passado dia 6 de janeiro do presente, e, a par de algumas personalidades do governo angolano, a UNITA fez-se representar por Jardo Muekalia, Tão Savimbi e Rafael Massanga, este último encabeçou a comitiva da segunda maior força política angolana.

Entretanto, para Jerry Rawlings – ex-presidente do Gana e membro do Congresso Nacional Democrático, a impunidade, o desrespeito e a corrupção concorreram para a derrota de seu correligionário de partido, Mahama, que pretendia um segundo mandato.


Regressando à Samia Nkrumah e Massanga Savimbi, ambos alegam terem diagnosticado que seus países enfermam de patologias graves, tais como: “corrupção, desigualdade social, analfabetismo” e etc.
Na tomada de posse do novo presidente do Gana


Porém, o Disputas Políticas soube de fontes próximas à UNITA, que, confiante na vitória eleitoral de seu partido, às eleições gerais que se avizinham, Massanga Savimbi tem estabelecido contactos e rubricado acordos com algumas organizações políticas na oposição e no poder em diversos países da África e na Europa. Diz-se que após a morte de Jonas Savimbi, jamais um dirigente da UNITA privou com governantes marroquinos. Ousado, Massanga deslocou-se àquele território árabe e, diga-se, reatou contactos antes só disponíveis ao “velho guerrilheiro”, Savimbi.


No entanto, para muitos, a forma rápida com que este varão do clã Savimbi tem respondido aos complexos dilemas apresentados à UNITA é assustador. “Até parece que já estivessem a aguardar por ele. O incrível é que em tão pouco tempo, ele (Massanga) fez-se amigo, amigo mesmo de verdade, de alguns dirigentes africanos e europeu. Inclusive a Ângela Merkel se tornou amiga dele. É amiga mesmo!”, garantiu a fonte.


A hora de Samia Nkrumah


Samia Nrumah
Já a deputada Samia Nkrumah que também manifesta admiração pelo líder fundador da UNITA - é citada em diversos fóruns: como a sucessora de Nelson Mandela.

“Do Gana poderá sair a sucessora de Nelson Mandela”, lesse num artigo do Huffington Post, intitulado: “O novo Mandela é uma mulher”.



A descendente de Nkrumah tem 54 anos de idade, é líder do Partido da Convenção do Povo (CPP, na sigla em inglês), fundado pelo seu pai, força política descredibilizada até que ela assumiu a liderança em 2009, tornando-se na primeira mulher a liderar um dos maiores partidos do Gana.



A sua primeira vitória nas eleições de 2008, meses depois de ter regressado ao país, marca uma fase de renascimento do CPP. Sozinha, Samia recebeu 6.571 votos, cerca de 50 por cento dos votos válidos no distrito de Jomoro.

A filha do primeiro presidente do Gana surge exactamente num momento de descrença e de desafios políticos. Com voz branda e sempre abaixo do tom do seu adversário, Samia Nkrumah não hesita em falar dos problemas que é preciso enfrentar: necessidade de “transparência nas contas”, “mensagem forte de independência económica” e educação ligada à industrialização.



Contacto: jornalfalante@hotmail.com

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