“APÓS A MUDANÇA PERCEBEREMOS QUE NUNCA TIVEMOS TRIBUNAIS” – DIZ CHIVUKUVUKU
Fonte: Disputas Políticas/ Opaís
Ainda nos Estados Unidos da América, onde
assistiu ao empossamento de Donald Trump como o 45º presidente da referida
superpotência mundial, Abel Chivukuvuku, líder da CASA-CE, lamentou sobre o
mais recente acórdão do Tribunal Constitucional (TC) que indefere o pedido para
conversão da coligação a partido político.
A verdade é que o TC considera haver insuficiências
no processo que a Convergência Ampla de Salvação de Angola remeteu à referida
instância judicial para a devida transformação a partido político, mais
adiante, no acórdão, o Constitucional revelou ter recebido três cartas
(lavradas pelos partidos PNS, PADDA e PPA) que manifestava recusa em relação a transformação.
A propósito, cauteloso, Abel Chivukuvuku
garante que na ausência de prova material (quanto as cartas) só se pode
concluir que o tribunal inventou as mesmas. “Não temos prova material de que
estas cartas existem”, alegou o presidente da CASA, acrescentando, “em tempo
oportuno, todos os partidos que constituem a CASA-CE aprovaram, em congressos
distintos, a decisão de elevar o projecto à condição de partido político”.
Este processo, segundo ele, começou com o
Congresso constitutivo de 2012, cujos estatutos e acta foram depositados no TC.
“Esta vontade foi reafirmada no Congresso de 2013, tendo os documentos sido
igualmente remetidos ao
TC. Já 2013 a 2015, os partidos constituintes da
CASA-CE realizaram os seus congressos, nos quais deliberaram a favor da
conversão da mesma em partido político. Os documentos a este respeito foram
depositados no TC e este, em tempo útil, fez a devidas anotações”, disse,
adicionando que esta aspiração foi reafirmada no segundo Congresso ordinário
que teve lugar em 2016, o qual culminou com o envio ao TC de todo expediente,
dentro dos prazos legais.
Abel Chivukuvuku |
“O próprio presidente do Tribunal Constitucional
informou a CASA-CE que o Departamento de Assuntos Políticos do TC, em Outubro,
tinha dado um parecer favorável à nossa conversão em partido político. Este
parecer então foi levado pelo presidente ao plenário do tribunal, que também
deliberou favoravelmente”. Chivukuvuku diz que este acórdão não só não foi
tornado público, como não foi sequer remetido ao requerente. “Entretanto, agora
surgem as supostas cartas, digo supostas porque nós não temos conhecimento da
existência das mesmas, não conhecemos o conteúdo, não tivemos acesso”.
A este respeito, diz também que, tendo o
tribunal tomado já uma decisão, “seria avisado, enviarem uma notificação para
nós, pois, afinal já havia um acórdão”. “É assim em direito. Ao invés,
reabriram o processo. Em nosso entender, se havia insuficiências, não poderia
ter havido um acórdão. O que é legítimo? As deliberações que os partidos tomaram
em congressos, ou cartas remetidas a posterior? O que é mais soberano, o
congresso, ou cartas? O TC está completamente errado”. Abel Chivukuvuku vai
mais longe dizendo que a CASA não sabe se de facto as cartas existem. “O TC não
nos notificou, os supostos subscritores das cartas também não nos disseram
nada. Por conseguinte podemos até pensar que enquanto não tivermos prova do
contrário e quem tem que provar é o tribunal, podemos pensar, dizia, que o
tribunal foi quem inventou as cartas”.
Na sequência, Abel Chivukuvuku garantiu que
seja como partido ou coligação, a CASA-CE irá de participar nas próximas
eleições. “Quando as mudanças acontecerem veremos que os tribunais não eram
tribunais. Eram estruturas de especialidade de apoio ao partido no poder”,
avisou.
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