“PARCIALIDADE DA DECISÃO MACULA TRIBUNAL CONSTITUCIONAL” - ACUSAM MILITANTES DA CASA-CE
Alguns militantes da
Convergência Ampla de Salvação de Angola consideram parcial a decisão do
Tribunal Constitucional (TC) que indeferiu o pedido de transformação a partido
político requerido pela CASA-CE, dado o facto de ter “guardado para si” as três
cartas contraditórias à petição inicial, lavrada por três dos quatro partidos que
sustentam a referida coligação eleitoral.
Para os mesmos que falaram a
cobertos de anonimato, para alegadamente preservar a harmonia interna, já que o
“litígio político” é protagonizado por elementos que compõem o conselho
presidencial da organização, o TC devia em boa hora notificar as
individualidades independentes e o partido PALMA, sobretudo por este último ser
uma das partes que manifestou vontade em transformar a organização para partido
político.
“Logo que recebeu a petição
contrária à decisão anterior dos partidos que dizem já não querer fazer parte
da transformação, o TC tinha que obrigatoriamente notificar as partes que estão
de acordo com a aceitação, que é o PALMA e os independentes, porque os independentes,
embora não representem um partido, representam também um raciocínio humano que
é parte da sociedade do Estado angolano. Ao não fazê-lo, rigorosamente, o
Tribunal agiu de má-fé”, sentenciou um dos militantes, acrescentando, “tal como
o polícia não deve limitar-se a assistir o cidadão a cometer um determinado
acto ilícito para de seguida o penalizar, também o tribunal não devia permitir
que as irregularidades constantes no processo da petição se prolongassem. Após ter
observado as ditas irregularidades, o TC devia enumerá-las e endereça-las a nós,
pois ainda acho que se tivesse notificado a parte da aceitação que é o PALMA e
os independentes, poderíamos ter chegado a um entendimento, porque no decurso
de uma contenda, o Tribunal deve procurar encontrar uma conciliação, só depois
de o exercício para conciliação não dar frutos é que parte para o contencioso litigioso,
mas isso não aconteceu”, referiu.
No mesmo diapasão, outro
militante da CASA confessa que a relação de companheirismo a nível interno está
beliscada. O jovem ligado a JPA (agremiação juvenil da CASA-CE) entende que os
dirigentes do PADDA, PNSA e do PPA foram desonestos ao não encaminharem uma
cópia da carta que endereçaram para o Tribunal ao Conselho Presidencial ou ao
Conselho Deliberativo Nacional (CDN) do partido.
“As nossas acções devem ser
feitas com transparência para não sermos rotulados de traidores, candongueiros políticos
e etc. Essa acção secreta revela que eles (PADDA, PNSA e PPA) sabem que estão a
agir de má-fé, porque se pensassem que estivessem a agir de forma justa, deviam
fornecer uma cópia do documento as estruturas da organização”.
“Mesmo que não vinguemos,
mesmo que a CASA acabe, a sociedade sabe quem está a lutar por ela e quem está
a lutar contra ela. Sempre que surgir um projecto sério, nós seremos chamados, porque
construímos uma imagem de seriedade, honestidade, comprometimento e patriotismo,
mas quando houver uma situação que tem de ser sanada por bandidos, eles serão
chamados. A sociedade conhece-nos a todos”, vaticinou outro militante.
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