RESOLUÇÃO DA ONU CONTRA ISRAEL É INJUSTA E REVELA IGNORÂNCIA HISTÓRICA
Por Redacção
A história repete-se. Mais uma vez (após o
holocausto), os hebreus estão sob mira das potências mundiais que por
incompreensão, insensibilidade humana e histórica pretendem reduzir o pequeno
Estado a favor dos árabes palestinianos – conhecidos pela sua desorganização e
crueldade.
A parcialidade com que foi aprovada a resolução
nº 2334 durante a última sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que
impede rigorosamente os assentamentos de Israel na Cisjordânia e Jerusalém não
só é irresponsável, bem como revela um grau acentuado de ignorância dos factos
que levaram o Estado israelense a alargar o seu território para lá das
delimitações geográficas definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em
1947.
Contrariamente ao que alegadamente se
pretende alcançar – justiça e paz, a resolução aprovada por todas as potências
mundiais, incluindo as potências africanas: Angola e Senegal, poderá gerar um
sentimento de legitimidade aos grupos árabes que os levará a intensificar
ataques terroristas contra judeus que, obviamente, poderão responder de forma
inconsequente. Conhecemo-los bem!
O moderno
Estado judeu
A verdade porém é que do ponto de vista “político-legal”,
a Cisjordânia e Jerusalém ocidental não são parte de Israel. Após a Grã-Bretanha
ceder a administração da província da Palestina (muito antes denominada província
judaica), às Nações Unidas, face aos conflitos entre britânicos, israelitas e
árabes naquela localidade, a ONU decidiu, durante a reunião do dia 29 de novembro
de 1947, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, a partiç da zona em dois
Estados: um árabe e outro judeu. Mas antes destas explicações, vamos situar o
caro leitor sobre como tudo inicialmente se desenrolou.
Como é do conhecimento geral, a maioria do
povo judeu foi parar em diversos países europeus, dos quais, a Alemanha, fruto
da agressão das potências de então e da escravidão a que foi submetida. Antes
disso, vivia pacificamente naquelas zonas do Médio Oriente (importa dizer que
nem todos judeus haviam sido retirados da referida circunscrição).
Ora, após o término da Primeira Guerra
Mundial e a queda do Império Turco-Otomano, a antiga província da Palestina
passou a ser administrada pela Grã-Bretanha. Atendendo às solicitações dos
líderes hebreus, os ingleses promulgaram em 1917 a Declaração Balfour, onde a
Grã-Bretanha se comprometia a ajudar a construir um "lar judaico" na
Palestina, com a garantia de que este não colocasse em causa os direitos
políticos e religiosos das populações não-judaicas.
Mas a reacção violenta dos árabes a partir da
década de 1920, impeliu os ingleses a recuar de sua promessa, implementando
políticas de restrição à imigração de judeus. Entretanto, a ascensão do Nazismo
inicia uma perseguição antijudaica sem precedentes. Os judeus da Europa começam
a ser perseguidos e por fim aprisionados e massacrados, numa grande tragédia
humana igualmente vivida por outros povos envolvidos na Segunda Guerra Mundial.
A morte massiva dos judeus e de outros grupos denominou-se Holocausto.
Na Palestina, nacionalistas árabes foram
insuflados a não aceitar a migração de judeus. Mohammad Amin al-Husayni,
Grão-Mufti de Jerusalém (máxima autoridade religiosa muçulmana) se alia aos
nazistas e promove perseguições antijudaicas. Mas face a investida israelense,
como dissemos acima, a Grã-Bretanha cedeu a administração da Palestina
Britânica à ONU que, fruto de intensas discussões e minucioso estudo decidiu
dividir o local para dois Estados: Árabe e Judeu que deveriam formar uma união
económica e aduaneira.
Árabes negam
acordo
A decisão da ONU foi bem recebida pela
maioria das lideranças sionistas (israelitas), embora tenha recebido críticas
de outras organizações, por não permitir o estabelecimento do Estado judeu em
toda a Palestina. Mas os palestinos não aceitaram a partilha e com o apoio de
cinco países vizinhos (Egipto, Jordânia, Líbano, Síria e Iraque) iniciaram o
conflito, atacando os bairros e cidades judeus.
Vencido o conflito, Israel ocupou cerca de
75% do território que seriam destinados aos palestinos e a parte ocidental da
cidade de Jerusalém. Já em julho de 1956 o líder do Egipto Gamal Abdel Nasser
ocupa, nacionaliza e bloqueia o Canal de Suez impedindo o acesso de navios
israelenses.
EUA e União
Soviética juntos contra os judeus
Face a ousada investida egípcia, Israel ataca
o adversário supracitado penetrando na Península do Sinai, mas é obrigado a
recuar pela pressão dos Estados Unidos da América e da União Soviética. A ONU
envia uma força de paz internacional a Suez. Em 1964 é fundada no Cairo a
Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Ao longo das duas décadas
anteriores houve ataques terroristas esparsos contra Israel apoiados por países
vizinhos.
Entretanto, com o acirramento das
hostilidades e ante a iminência de um ataque militar conjunto árabe, Israel
ataca Egipto, Síria e Jordânia em 5 de junho de 1967. O episódio, conhecido
como a “Guerra dos Seis Dias”, termina em 10 de junho com a vitória de Israel e
a conquista do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e das Colinas de Golã,
Jerusalém é reunificada e Israel passa a ter acesso ao Muro das Lamentações,
local mais sagrado da religião judaica.
Após a eleição de Yasser Arafat como presidente
da OLP em 1969. A organização terrorista passa a fomentar inúmeros ataques
contra Israel, que responde atacando constantemente as bases da OLP na Síria e
no Líbano. Em 6 de outubro de 1973, durante o feriado de Yom Kipur, Israel é
atacado por uma força conjunta de tropas da Síria e do Egipto apoiadas pela
Jordânia. O ataque-surpresa abre duas frentes de combate e impõe seríssimas
perdas ao exército israelense. A contra-ofensiva demora a reagir, mas em
algumas semanas consegue repelir o ataque e a pressionar os exércitos árabes. Igualmente
incompreendido e injustiçado, os Estados Unidos e a União Soviética impõem a
Israel um recuo. Mesmo assim Israel vence a guerra.
Porém, há que reter três coisas nessa luta
dos árabes contra Israel: 1º a vontade expressa dos árabes em eliminar os
judeus na zona do Médio Oriente, quiçá do planeta. 2º A recusa dos árabes
palestinianos quanto a decisão da ONU em dividir a localidade em dois Estados
foi com base na confiança e fé de que com a ajuda da comunidade Árabe teriam
expulsado os judeus o mais rapidamente possível da zona. Ledo engano. 3º Agora
cientes da capacidade de ataque e defesa israelense e a consequente
impossibilidade de poder eliminá-los daquela circunscrição, os árabes exigem a
devolução das terras ocupadas por Israel frutos das vitórias alcançadas em
combates. No entanto, sabemos todos que a política não funciona com base a
simples arrependimentos.
Entretanto, face aos factos vertidos, não se percebe
até aqui por que razão objectiva Israel vem sendo tão odiado, vilipendiado e
injustiçado não só pelos árabes mas também pelos ocidentais. Na verdade, o
Estado hebreu tem feito um esforço sem igual para manter em segurança o seu
povo, que não terá segunda chance ou perdão, caso algum dia, por falha no
sistema de segurança e inteligência seja atacado seriamente por dentro.
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