SEDE DA UE EM ANGOLA REGISTA POUCO FLUXO DE JORNALISTAS APÓS DENÚNCIAS DE PADRE KANDANJI

As denúncias já consideradas falsas proferidas pelo padre Quintino Kandanji, então director da Rádio Ecclésia, contra a União Europeia (EU) em Angola, está a retrair jornalistas e responsáveis dos mídias, que de alguma forma visitavam e procuravam financiamento àquele organismo ocidental para flexibilizar a funcionalidade dos respectivos órgãos, soube o Disputas Políticas de uma fonte europeia.
Porém, embora sejam mal compreendidos por alguns governos, sabe-se que desde há alguns anos, as Delegações da União Europeia (EU) nalgumas partes mundo têm financiado diferentes órgãos de comunicação social, com objectivo de dotar os mídias de melhores meios tecnológicos que viabilizem a promoção e a difusão de múltiplos pontos de vista, incentivando o debate e aumento ao acesso à informação, bem como promover a troca de ideias de forma a reduzir e prevenir tensões e conflitos.
Entretanto, foi alegadamente neste âmbito que a delegação da União Europeia em Angola, após rigorosos estudos e discussão interna, aprovou um pacote de financiamento de que foi beneficiaria a Ecclésia – Rádio Católica de Angola. O que era para ser um relevante contributo para o desenvolvimento daquele órgão de comunicação social ligado a católica, se tornou num acto de conspiração para com o Estado angolano.
Padre Quintino Kandanji
Pois o padre Quintino Kandanji, então director da rádio eclésia, acusara numa entrevista concedida ao jornal de Angola, em 2016, que a UE (que já havia depositado cerca de 271 mil USD à rádio ecclésia) estava a financiar “órgãos de comunicação social em Angola com vista a derrubar o governo”.
Por sua vez, a delegação da EU desdramatizou a situação, considerando as acusações como “infundadas”, salientando que em nada “correspondem aos objectivos gerais ou específicos, dos programas da UE”. No comunicado emitido a propósito, a Delegação da União Europeia diz trabalhar em “parceria com o Governo de Angola e procura promover a criação de um espaço de diálogo democrático onde as várias vozes e tendências se possam manifestar tendo em vista o fortalecimento da democracia no país”.
Porém, a verdade é que o imbróglio já faz parte do passado, mas as consequências são ainda sentidas, muitos dos profissionais da comunicação social (receosos de conotação) hoje evitam serem vistos com um membro daquela delegação, no interior ou nas proximidades do edifício da união europeia/Angola.
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