UNITA AVISA PARA OS RISCOS QUE PODEM LEVAR ANGOLA AO CAMINHO DA GÂMBIA E RDC
“Instamos a Casa de Segurança do Presidente
da República e o Ministério da Administração do Território para deixarem de se
imiscuir e usurpar as tarefas da CNE no processo Eleitoral, com vista a
realização de eleições livres, justas e transparentes, evitando situações
idênticas às da RDC, Gâmbia e outros países africanos”. A exigência vem
expressa no comunicado final das VIª Jornadas Parlamentares da UNITA, ocorridas entre
os dias 23 a 25 do presente, sob o lema: “Pela Cidadania,
Transparência e Boa Governação".
Para além de acolher os deputados no activo,
o “prestigiado” acto contou também com a participação de antigos representantes
do povo pela bancada parlamentar da UNITA, membros da sociedade civil local e
internacional.
Entretanto, durante os três dias de “intensos”
trabalhos, os deputados da UNITA palmilharam diversas artérias da cidade
capital, explicando aos cidadãos os seus objectivos, bem como procuraram saber
sobre a situação socioeconómica cada interlocutor. Ao encerrar (no seu terceiro
dia) o acto, os parlamentares do Galo Negro lavraram o comunicado onde, entre
outras, recomendam à Casa de Segurança do Presidente da República e ao MAT que
se abdiquem das actividades alheias às suas competências.
"Condenamos as manobras o Executivo
angolano e o partido que o sustenta, na materialização das tarefas do processo
eleitoral, com destaque para o registo eleitoral, apelando para que se pautem
pela ética na política e cumpram estritamente com a Constituição e a Lei, para
a consolidação do Estado Democrático de Direito”, apelam os deputados da UNITA,
no ponto 3 de seu comunicado final.
“Apelar a CNE para que assuma o seu papel no
processo eleitoral, conduzindo o registo eleitoral e fazer funcionar os seus
órgãos e estruturas a todos os níveis, para que se criem as condições
logísticas e outras necessárias ao êxito do processo eleitoral, de acordo com a
lei; Exigir do Presidente da Assembleia Nacional que tome todas as disposições
políticas e técnicas necessárias para que as reuniões plenárias da Assembleia
Nacional sejam transmitidas em directo, de modo que os angolanos possam
acompanhar o que fazem os seus representantes na Assembleia Nacional a exemplo
dos demais países democráticos do mundo e em particular os da CPLP”, lesse nos
pontos 4 e 7 do já citado comunicado.
No seu ponto nono, a UNITA apela ao Titular
do Poder Executivo, José Eduardo dos Santos, para a tomada de medidas que
concretizem as intenções anunciadas, no sentido da denúncia da intolerância
política, para a construção de uma sociedade mais estável e tolerante, através
da mobilização dos amplos meios e instrumentos do Estado, que passem a apurar e
a responsabilizar os autores e os mandantes dos actos de violência e de
intolerância que, segundo os Manhinhos, têm crescido nos últimos tempos,
perante o “silêncio conivente das autoridades”. “Se assim não for feito, então
a sociedade saberá quem são os reais mandantes dessas violações à estabilidade
e à Lei”, avisa a UNITA no seu extenso comunicado.
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