AMÉRICO QUESSONGO NO MPLA?
A Angop
noticia que o prestigiado secretário Nacional para os Assuntos Académicos e Institucionais
da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), José Daniel Américo Quessongo,
renunciou nesta quinta-feira, em Luanda, o partido UNITA, para ingressar ao
MPLA, de modo a contribuir para a melhoria do programa de desenvolvimento do
país e da condição de vida dos angolanos.
De acordo
a agência noticiosa Angop, Américo Quessongo, que era membro da Comissão Política
da UNITA, fundamenta que a sua saída se deveu a suposta existência de
“tribalismo, nepotismo, falsidade, falta de transparência sobre questões
relacionadas com o património, finanças e recursos humanos e de concordância
entre o discurso político e a prática quotidiana”, na maior força política da
oposição.
Disse
que actualmente, em Luanda, "o património da UNITA está centralizado no
município de Viana, porque procedeu-se à venda dos imóveis na cidade, no
intuito da aquisição de outros melhores e bem posicionados, para dignificar o
partido".Até
hoje, sublinhou, "não se conhece o destino dos valores arrecadados e
ninguém se pronuncia sobre o mesmo assunto", disse José Quessongo, para
justificar a acusação de falta de transparência patrimonial e financeira do
partido.
Para
a fonte, a UNITA se preocupa pouco com a formação política, académica e
profissional dos seus quadros e militantes, dando mostras de que não tem uma
política ou um programa que propicie o desenvolvimento de Angola e dos
angolanos, de modo a ser alternativa ao poder."Chamamos,
por isso, a atenção dos jovens angolanos, no sentido de não se deixarem enganar
pelos discursos políticos, que não coincidem com a prática. Estamos aqui para
manifestar o nosso apoio ao MPLA e ao Presidente José Eduardo dos Santos, que
muito tem feito pelo país com as suas qualidades humanistas", afirmou, em
conferência de imprensa.
Com
35 anos de idade, José Daniel Américo Quessongo ingressou na JURA em 1999, na
província de Luanda, e desempenhou, entre outras, funções de coordenador para
mobilização urbana na comissão de gestão da JURA, secretário para organização
da JURA no Cazenga.
O
político comprometeu-se em trabalhar para o crescimento das estruturas do MPLA,
mobilizando acima de tudo os jovens com quem trabalhava no partido UNITA,
mostrando que não adianta persistirem ou continuarem a comungar dos ideais
deste.
Na
mesma conferência de imprensa, anunciou a sua saída da UNITA, para o MPLA,
Rafael Fernandes Tchingule, que desempenhou, até 2008, as funções de secretário
provincial adjunto do partido em Luanda para mobilização, cultura e desporto.Capitão
das extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), apontou a suposta
“falta de democracia interna e de programas credíveis para o país como base da
sua renúncia, afirmando que o Projecto Muangai, que consiste na linha
ideológica e no manifesto político da UNITA, fomenta a fragmentação de Angola
e, por isso, não serve para os angolanos”.
Revelou
que durante os congressos partidários, pessoas há que controlam os delegados no
sentido de votarem somente no actual presidente do partido, descartando, deste
modo, os eventuais candidatos ao cargo.Rafael
Fernandes Tchingule tem 48 anos de idade e ingressou na UNITA na década de 80.
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