SONANGOL INVESTE NA EDUCAÇÃO E APOIO SOCIAL
Fonte: JA
A
restruturação da Sonangol é incontornável para os desafios da produção nos
próximos dez e 15 anos, afirmou quarta-feira, a presidente do Conselho de
Administração da companhia, em Houston, Estados Unidos.
Isabel
do Santos, que falava em jeito de balanço da semana do CERAWeek 2017, que
decorreu de 6 a 10 de Março, disse que os desafios exigem à Sonangol ter
parcerias com empresas como a Exxom Mobil, Chevron (americanas) e com
europeias, como a ENI da Itália e a Total de França, que pretendem continuar a
operar no mercado angolano.
A
gestora afirmou que a Sonangol está engajada em realizar investimentos
conjuntos e rentáveis com ambas a partes.
“Estamos a desafiar os nossos
parceiros a pensar um pouco diferente, começar num modelo económico que pode
gerar receitas, pensar como investir melhor e não investir menos”, referiu a
presidente do conselho de administração, para quem “investir melhor é saber onde
e como melhor aplicar o capital das empresas, para ter maior rentabilidade
dentro do mercado do petróleo e do gás e saber como obter maior retorno dos
investimentos.”
As
grandes mudanças na reestruturação da Sonangol incidem sobre a cultura e visão
de que não se pode ajudar uma empresa que não faça parte da companhia. A
conquista deste processo de reestruturação deve-se à criação de um grupo de
colaboradores coesos, à mudança e aposta na visão e valores diferentes.Isabel
dos Santos garante que o processo de reestruturação já tem resultados nas
contas da companhia.
“Houve poupanças significativas em 2016 e as receitas
subiram em 60 por cento em relação ao ano de 2015. As mudanças já se sentem em
termos de garantias de eficácia nas contas da Sonangol”, disse.A
presidente da concessionária nacional de petróleo informou também que a
companhia detém poços em águas profundas que devem ser explorados com outras
companhias.
Durante
a semana da CERAWeek, a delegação angolana teve encontros com líderes da
Comissão Executiva da Chevron, da Exxon Mobil e da Total, para estreitar os
laços da cooperação e a busca de melhores oportunidades de investimentos.
Angola é, neste momento, o maior produtor de petróleo em África, com uma
produção de 1.65 mil barris por dia. Para Isabel dos Santos, a subida do preço
do petróleo traz boas perspectivas, num altura em que a situação continua
difícil depois de a Sonangol ter sido afectada com a queda do preço do petróleo
“que foi muito prolongada, teve um impacto muito negativo e reduziu a
capacidade de investimentos.”
No ano passado, disse, a companhia teve
dificuldade de honrar os compromissos, “mas, no final, foi possível honrar
todos os compromissos de investimentos.”Para
este e os próximos anos, a empresa angolana de petróleo vai procurar ser mais
cautelosa, ver onde vai investir e gastar os seus recursos.
O preço do petróleo
melhorou, mas Isabel dos Santos espera que se mantenha por mais tempo, dois a
três anos, a este nível ou ainda mais elevado para compensar os três anos passados
de difícil situação.Isabel
dos Santos vê a subida do preço do crude ameaçada pelas empresas
norte-americanas que apostam no desenvolvimento dos campos de Frakim (fartura
de petróleo de xistos), enquanto as maiores companhias pretendem manter as
quotas de produção, baixar a oferta e fazer com que o preço de barril se
mantenha a nível dos 55 dólares.
A gestora assegurou que a Sonangol, na sua
política de responsabilidade social, vai continuar a dispor de uma carteira de
investimentos que contempla escolas, orfanatos e hospitais.
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