CONDIÇÃO DOS SEGURANÇAS DA EMPRESA MWRAI MACULA CASA-CE

Os operacionais da empresa Mwrai Lda, que garantem a inviolabilidade da Presidência da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), estão, alegadamente, há mais de três meses sem salários, revelou uma fonte ao Disputas Políticas.

Entretanto, consta que por falta de alimentação em casa, dado o facto de estarem sem salários há quatro meses, alguns dos trabalhadores da firma, tiveram de “transferir” as esposas às sogras. Outros acabaram por ser abandonados em casa.

De acordo a fonte que viemos a citar, a empresa Mwrai Lda é propriedade de André Muanza, que ocupa a pasta das Finanças da CASA-CE. Sem medo de errar, os trabalhadores garantem que o patrão (Muanza) tem, permanentemente, recebido o pagamento dos serviços prestados à Presidência da referida Coligação política, mas, contrariamente aos princípios que nortearam a constituição da CASA-CE, submete os empregados em situação quase indescritível.  

“… há quatro meses sem salários. Os filhos tiveram de parar de estudar, isso é lamentável. Portanto, ouvi que pagarão hoje, mas tenho dúvidas que ele (patrão) pagará todos os meses em atrasos”, disse.  


A propósito, outra fonte ligada a Coligação, presume que a referida organização política tenha atrasado de pagar os serviços prestados pela empresa. “Pode ser que a CASA ainda não tenha pago ao senhor Muanza, pelo contrário, ele seria insensível, coisa que não acredito. Pois, receber dinheiro e não pagar aos trabalhadores é ridículo e digno de desprezo”, afirmou.

0 comentários:

DOIS MORTOS EM UMA DERROCADA EM LISBOA



A derrocada de um prédio na rua Alexandre Herculano, no centro de Lisboa, provocou, no final da manhã desta segunda-feira, a morte a duas pessoas.

O edifício em causa está em obras, sendo que a derrocada teve lugar nas traseiras do prédio.

No local estão os Sapadores Bombeiros de Lisboa, a PSP, a Polícia Municipal e a Proteção Civil.

Ao que tudo indica, as duas vítimas mortais serão trabalhadores das obras que estariam no local aquando da derrocada da fachada interior do edifício.

[Notícia em atualização]

0 comentários:

ASSALTO ÀS TERRAS NO INTERIOR




Por Minguito Van-Dúnem

Com o alcance da paz militar no País, desde 04 de Abril de 2002, Angola tem sido repartida, aos poucos, sendo, contudo, as empresas e personalidades ligadas ao MPLA, os principais beneficiários disso.

Tem sido notório, nos últimos tempos, a atribuição sucessiva de enormes superfícies de terras por parte das delegações provinciais do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA) a entidades colectivas, sobretudo empresas, e singulares, pertencentes, directa ou indirectamente, ao círculo presidencial ou com ligações ao Movimento para a Libertação Popular de Angola (MPLA).

Os delegados do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA) nas províncias do Kwanza Sul (Bernardo Maneco), Benguela (Américo Oseias Tchisassa) e Zaire (Isaac José Paz da Cruz) lideram a lista nas atribuições de superfícies de terra, como tem sido espelhado pelo “Jornal de Angola”, não se sabe a troco de quê, mas de atribuição em atribuição a divisão do país vai caminhando velozmente.

Segundo dados, entre os beneficiários destacam-se a PUMANGOL Limitada, com uma parcela de terreno urbano (processo 585-BA/2013), em Benguela, de 12.657,35 m2 (doze mil, seiscentos e cinquenta e sete metros e trinta e cinco centímetros quadrados), para alegadamente construir bombas de combustível, no município de Benguela, Zona Industrial II-A; UNITEL Telecomunicações SA, com uma parcela rural (processo 886-ZA/16), no Zaire, bairro Luvuvamo, comuna do Luvo, entre o Centro de Saúde do Luvo e Mbanza Congo, de 342 m2 (trezentos e quarenta e dois metros quadrados), sem aparentemente adiantar os fins; ENSA Seguros de Angola SA, com um terreno urbano (processo 763-ZA/15), no bairro 1º de Maio, município do Soyo, província do Zaire, de 156 m2 (cento e cinquenta e seis metros quadrados), igualmente sem especificar os propósitos. 

Nelson Jorge dos Santos e Silva Cardoso, conhecido como sendo uma figura próxima ao Palácio da Cidade Alta, por meio de Paulina Esperança Dias Mendes Vasconcelos Cardoso (gerente do restaurante Ibiza Pastelaria, em Luanda) e Frederico Manuel dos Santos e Silva Cardoso (secretário do Conselho de Ministros e ex-chefe da Casa Civil do Presidente da República), dá o rosto como latifundiário na zona do Kwanza Sul, com um terreno de 50 hectares (processo 73-CS/16), no Quindande, comuna Sede, município de Porto-Amboim, supostamente para fins de piscicultura, onde tem como parceiros Hipólito Matias e Maria Inês Santana. Quem também aparece com um espaço territorial de 50 hectares na referida região é João Cristóvão de Barros. Por sua vez, António José Henriques Saraiva dos Santos, aparece como proprietário de duas parcelas de terreno rural no Kwanza Sul (processos 74-CS/16 e 69-CS/16), sendo um espaço de 50 hectares no Quindande, comuna Sede, município de Porto-Amboim, próximo a Quinta Mar Rega, e outro de 110 há (cento e dez hectares), no Cambalo, comuna Sede, município de Porto-Amboim, para supostamente dedicar-se também à piscicultura.

0 comentários:

PRESIDÊNCIA DA CIRGL TEM CONSEGUIDO SERENAR CONFLITOS – AFIRMA ZACHARI MUITA

Zachari Muita - secretário Executivo da CIRGL
O secretário Executivo da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), Zachari Muburi Muita, garantiu que a Presidência (Angola) da organização tem conseguido mitigar algumas situações que retiram a estabilidade e a paz dos povos da região.

Zachari Muita declarou ainda que o acordo rubricado entre algumas partes ligadas no conflito vivenciados na RDC, foi um bom passo, pese embora tenha também manifestado preocupação quanto a fragilidade do acordo, dado o facto de nem todas as forças negativas terem aceitado subscrever o documento.
“Continuamos a observar algumas diferenças que só podem ser resolvidas através do diálogo. A falta de diálogo só piora a situação”, alertou Zachari que teceu rasgados elogios à Presidência de Angola na Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.

0 comentários:

“SE DOS SANTOS E O MPLA VENCEREM AS ELEIÇÕES COM MAIORIA ABSOLUTA SERÁ UMA CATÁSTROFE” – DIZ RAFAEL AGUIAR

“Se o presidente da República e o MPLA voltarem a vencer as Eleições Gerais com maioria absoluta, será uma catástrofe digna de estado de emergência e luto generalizado”, prevê Rafael Aguiar, secretário Nacional Executivo da JPA, agremiação juvenil da CASA-CE.

O líder da JPA fez tal pronunciamento quando analisava a situação económica e social do país, na cidade do Lubango, durante os “festejos” do Patrono daquela juventude, Hilbert Ganga, morto a tiro por um operacional da Unidade de Guarda Presidencial.
Lubango - Angola
“O regime colonial português sempre colocou a Huila e suas elites à margem da luta de libertação nacional. Esta estratégia continua, em relação a mudança de regime do MPLA. Este regime não permite o empresariado, os fazendeiros, os jovens estudantes da Huila agigantarem-se e ultrapassem o nível de desenvolvimento da província de Luanda”, referiu, acrescentando, “A Huila tem condições para ser um centro industrial, agrícola e hoteleiro mundial. Está em condições de equiparar-se com o desenvolvimento da Namíbia e da África do Sul, basta que tenha autonomia para o efeito. Este sonho dos fazendeiros, professores, jovens, estudantes e empreendedores da Huila só vai ser possível com o Presidente Abel Chivukuvuku e a CASA-CE no poder”, rematou.

0 comentários:

PRESIDENTE DA REPÚBLICA ACREDITA EMBAIXADORES

O Chefe de Estado angolano, José Eduardo Santos, recebeu nesta segunda-feira, no Palácio Presidencial, em Luanda, as cartas credenciais de seis embaixadores, que iniciam, deste modo, com as respectivas missões diplomáticas na República de Angola.

Em cerimónias separadas, o Presidente angolano recepcionou as credenciais dos embaixadores do Reino do Marrocos, Saadia El Alaoui, da República Federativa do Brasil, Paulino Franco de Carvalho Neto, de Israel, Oren Rozenblant, do Reino da Arábia Saudita, Abdullah Alowaifeer, do Bangladesh, Shabbir Ahmad Chowdhury, e da República Democrática do Siri Lanka, Weerawardna Sumil Dharmasena de Silva.

Os embaixadores do  Reino do Marrocos, do Brasil e Israel têm estatutos de residentes na República de Angola. Os diplomatas da Arábia Saudita, do Bangladesh e do Siri Lanka têm estatutos de embaixadores não residentes.

Na última sexta-feira, o Presidente José Eduardo dos Santos acreditou os embaixadores do Sudão, Khalid Mohamed Farah El Fahal, dos Emiratos Árabes Unidos, Khalid Salim Ali Halaitah, do Reino da Suécia, Lennart Killander Larsson, o representante da União Europeia, Thomas Ulicny, da França, Sylvain Itté, e do Egipto, Khaled Abdelrahman Hassan Abelrahman, todos eles residentes.

A entrega das cartas credenciais ao Chefe de Estado angolano permite o início de funções diplomáticas no país, inclusive em substituição de outros diplomatas.

Testemunharam o acto, o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Hélder Vieira Dias, o ministro e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Manuel da Cruz Neto, ministro das Relações Exteriores, Georges Rebelo Pinto Chikoti, entre outras entidades.

0 comentários:

JARDIM DA MARGINAL SEM MANUTENÇÃO HÁ MAIS DE TRÊS SEMANAS


Fonte: F8

As palmeiras ou toda área de jardinagem da Baía de Luanda, sita no distrito urbano da Ingombota, município de Luanda, província com o mesmo nome, deixou de beneficiar de tratamento e irrigação há mais de três semanas, porque a administração de Higino Lopes Carneiro, alegadamente, deixou de cumprir o contrato celebrado com a SIS Angola – empresa responsável pela manutenção da zona.

O caricato é que o Executivo capitaneado por José Eduardo dos Santos canalizara cerca de USD7.000 (sete mil dólares) americanos na aquisição de cada palmeira, ignorando os apelos em sentido contrários vindos da oposição parlamentar e não só.


Hoje, por causa da crise económica e financeira que assola meio mundo, sobretudo os Estados dependentes do petróleo – como o nosso país, o Executivo revela-se sem capacidades de cumprir não só com o contrato de manutenção e irrigação do jardim da Baía de Luanda, bem como manter o tratamento das palmeiras colocadas na rua Comandante Jika até ao da Sagrada Família, bem como de diversos estádios de futebol construídos para o CAN´2010.


Cada palmeira poderá ter custado aos cofres do Estado cerca de sete mil dólares devido as suas diferentes tipologias, pois temos: a Bismarck, Rabo-de-raposa, Imperial e Real, ambas são raras e por muito caras, segundo um ambientalista que preferiu o anonimato.

No caso vertente, de acordo com os habitantes da Baía de Luanda, localidade que, parcialmente, continua a ser o lugar mais procurado pelos casais, quando o assunto é registar (com fotos) o momento feliz sob uma zona verde, propiciadora de romance e requinte, a baía a perdeu o brilho que o caracteriza, face a ausência de manutenção e irrigação.

“Abordamos alguns técnicos da empresa SIS – que cuidava da manutenção do jardim da Baía para sabermos as causas que os levou a abandonarem o local, por sua vez, eles nos disseram que foram orientados a largar os trabalhos pela direcção da empresa em que estão vinculados, porque o Governo da Província de Luanda deixou há muito de honrar com os compromissos”, contou “dona” Cláudia, acrescentando, que, “afinal, a SIS já pagava os seus trabalhadores com fundos próprios. Hoje, por causa dessa irresponsabilidade, a Baía está envelhecida, totalmente castanha, já nem dá prazer, só os cidadãos do gueto vêm tirar fotografias de festas e casamentos aqui, nós já não”, disse.

No mesmo diapasão está João Esteves, o cidadão, morador do edifício próximo ao Banco Nacional de Angola (BNA), na Baía de Luanda, descreveu a situação como lastimável.

“Não precisamos de falar muito. O que assistimos aqui é lastimável! Hoje vivemos ao lado sacos e folhas de papéis que fizeram do jardim da baía sua morada, pois já não há ninguém para os retirar daí. Tenho visto, vi ainda ontem uns trabalhadores, penso serem da ELISAL, mas que só retiravam a areia que invadira o asfalto, mas o lixo que está no jardim, ninguém o tira. Como disse, é lastimável, espero que o senhor Higino Carneiro resolva esta situação que põe em causa a boa imagem da baixa da cidade”, apelou. 

0 comentários:

ASSESSORIA “GRÁTIS” À ISABEL DOS SANTOS




Por Disputas Políticas*

O presente texto ousado foi redigido de acordo aos princípios de solidariedade que caracterizam os angolanos em geral, mas, se for mal-interpretado pode parecer ofensivo, dado o facto de a Presidente do Conselho de Administração (PCA) da SONANGOL fazer-se rodear de prestigiados técnicos nacionais e estrangeiros formados nas melhores universidades do planeta, bem como ser abastada o suficiente para custear com as despesas de qualquer tipo de assessoria. Logo, não precisa de assistência gratuita.

Mas, a “deselegância administrativa” “destilada” na decisão que elegeu o Hipermercado Candando (sua empresa) para fornecer “cartões de consumo de natal” para os trabalhadores da petrolífera estatal, impele-nos a tecer algumas considerações que poderão ser uteis para a visada, nos próximos tempos.

Ora, pese embora Isabel dos Santos não seja presidente da República, deve, à semelhança de alguns chefes de Estado, cuidar de sua imagem (desde discursos, tomada de decisões, vestuário e etc), sob pena de os defeitos dela (todos temos um), quase impossíveis de os omitir, macularem não só a sua própria imagem, bem como a da família e da prestigiada instituição que dirige.

Como é sabido, Isabel dos Santos é das empresárias mais bem-sucedidas de Angola e de África, empregando um número quase incalculável de cidadãos, logo, por respeito a ela mesma e às famílias que a têm com “muita” estima e admiração, a primogénita do presidente da República, como PCA da petrolífera estatal, deveria abster-se de estabelecer negócios entre a SONANGOL e suas empresas – como o mais recente acordo rubricado entre a petrolífera e o Hipermercado Candando.

Entretanto, seria curial que do concurso aberto pelo Conselho de Administração da SONANGOL para escolha dos supermercados que deverão fornecer “cartões de consumo de natal” a cada funcionário activo e reformado da petrolífera, fosse aprovado outro supermercado em detrimento do Hiper Candando.

Porém, é verdade que o Conselho de Administração da empresa atesta em comunicado de imprensa que terá havido um concurso, do qual, o KERO e o Candando saíram vencedores, tendo a Shoprite e o Nosso Super - derrotados, dado o facto, segundo o comunicado supra, de os Hipermercados vencedores terem apresentado soluções mais competitivas, quer em termos de preços, quer em termos de oferta, qualidade, variedade e comodidade para o trabalhador. Infelizmente, a justificativa não colheu simpatia de muitos cidadãos que dizem conhecer a capacidade de ambos os supermercados.

No caso vertente, Isabel dos Santos como capitã da Sonangol, devia persuadir o seu Conselho de Administração para atribuir a responsabilidade de fornecer cartões de consumo aos trabalhadores da petrolífera, a outro Supermercado ao invés do Candando, e, em contrapartida, fosse atribuída ao Hipermercado supra, o direito de fornecer cartões de cabazes à outra instituição do Estado, que não tivesse ligação com a empresária Isabel dos Santos. Assim sendo, evitar-se-iam especulações, chantagens e acusações desnecessárias que há muito maculam o clã presidencial e seus próximos.

Falante*

*jornalfalante@hotmail.com

0 comentários:

NOVOS EMBAIXADORES ENTREGAM CARTAS CREDENCIAIS AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, procedeu, ontem, sexta-feira, no Palácio Presidencial, em Luanda, à acreditação de seis embaixadores.

Tratam-se dos embaixadores do Sudão, Khalid Mohamed Farah El Fahal, dos Emiratos Árabes Unidos, Khalid Salim Ali Halaitah, do Reino da Suécia, Lennart Killander Larsson, o representante da União Europeia, Thomas Ulicny, da França, Sylvain Itté, estes com estatutos de residentes no país e do Egipto, Khaled Abdelrahman Hassan Abelrahman, não residente.

A entrega das cartas credenciais ao Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, cujas cerimónias decorreram em separado, permite doravante estes embaixadores darem início às respectivas funções diplomáticas na República de Angola, em substituição dos seus compatriotas terminadas que estão as missões de quatro anos destes.

Testemunharam o acto o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Hélder Vieira Dias, o ministro e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Manuel da Cruz Neto, ministro das Relações Exteriores, Georges Rebelo Pinto Chikoti e alguns responsáveis deste departamento ministerial.

0 comentários:

CAÇA ÀS BRUXAS NA QUIÇAMA



Por Diogénes Van-Dúnem

Com a reorganização político-administrativa da província de Luanda, o município da Kissama, que antes pertenceu a província do Bengo, passou a fazer parte da Capital do País (Luanda). Na sequência desta mudança, e após ter sido indicado para liderar Luanda, o Governador Provincial, general Francisco Higino Lopes Carneiro, designou novos administradores municipais, a fim de o ajudarem na gestão das diferentes municipalidades que compõem a província. Para o município da Kissama, por exemplo, foi indicado o engenheiro Vicente Soares, etnicamente proveniente da referida região territorial do País. 

A indicação de Vicente Soares coincidiu com a necessidade, sentida pelo Governador da Província, Francisco Higino Lopes Carneiro, de compatibilizar os cargos governamentais com a titularidade dos comités municipais do partido MPLA em Luanda, a fim de, segundo adiantou na altura, dar maior protagonismo e poder aos mesmos e, desse modo, ultrapassar as dificuldades verificadas nos consulados dos governantes que o antecederam, uma vez que na Capital do País, constantemente, registavam-se colisões de interesse, das mais variadas índoles, pois é nesta província onde residem a maioria dos chefes, tornando a governação desta difícil. “Aqui há muitos chefes, todo mundo é general e todos querem mandar”, afirmara o ex-governador provincial de Luanda, Bento Sebastião Francisco Bento, durante a cerimónia oficial de apresentação e passagem de pasta ao general Francisco Higino Lopes Carneiro.

Se, ao efectuar tais mudanças, a estratégia da direcção central do MPLA, que dirige o País há mais de quarenta anos, foi fazer o melhor que podia para corrigir os erros crassos na governação da Nação e procurar, assim, obter resultados mais satisfatórios no próximo pleito eleitoral (imaginando-se no cenário em apreço: Eleições Gerais justas, livres e transparentes em 2017), tal não foi a percepção de Vicente Soares ao chegar à Kissama. Pois, desconhecedor das lides políticas no geral e dos meandros político-administrativo e partidário da zona, em particular, (embora tenha nascido lá) foi incentivado por elementos bem posicionados no seio do MPLA Luanda a fim de aceitar a indicação como Administrador Municipal e Primeiro-secretário do partido, porquanto estes far-lhe-iam todo o trabalho necessário de bastidores. Vicente Soares, que sempre se dedicou a actividade religiosa, tendo estado ligado à igreja das Testemunhas de Jeová, de que foi ancião, aceitou, por ingenuidade, o desafio de ir dirigir o município da Kissama. Posto lá, foi instrumentalizado pelas pessoas do MPLA que o indicaram.

Exonerou e nomeou mais de 45 funcionários na Administração Municipal, desde responsáveis à trabalhadores de base, e renovou ainda em mais de 80 por cento o pessoal afecto ao secretariado executivo do Comité Municipal do MPLA na Kissama, durante a realização das conferências municipais que elegeram os delegados ao Congresso dos camaradas, realizado em Agosto último, designando indivíduos que, na maior parte, até desconhece. 

A remodelação está sendo interpretada pela classe política local como uma caça política às bruxas àqueles que, num passado tão recente, se recusaram apoiar uma candidatura à direcção do MPLA e da Administração Municipal da Kissama, em nome de Januário Bernardo. 

Segundo consta, Januário Bernardo, que já foi Administrador Municipal da Kissama e, posteriormente, do Ambriz (onde foi afastado por gestão danosa), com passagem ainda pela Unidade Técnica de Gestão do Programa Municipal Integrado de Combate à Fome e a Pobreza, no Governo Provincial de Luanda (onde também foi demitido por actos ilícitos), tencionava regressar como administrador municipal e, agora também, primeiro-secretário do MPLA na região, mas a sua candidatura foi inviabilizada, por falta de apoios locais, uma vez que a maior parte dos dirigentes da Kissama já sabiam a “má fama” deste, afirmou fonte ligada ao Comité Municipal do partido MPLA. 

Todavia, não tendo cruzado os braços, Januário Bernardo encontrou apoio em Manuel António Sondoca, ex-Administrador comunal do Mumbondo, que se encarregou de mandatar oficiosamente a candidatura daquele, ainda no consulado do ex-Administrador Municipal, Domingos Fortes. “Não tendo obtido sucesso e exonerado de Mumbondo por Domingos Fortes, o camarada Manuel António Sondoca informou à Januário Bernardo, que em coluio com outros camaradas do Comité Provincial cozinharam tudo para a saída de Domingos Fortes (que por sinal, foi exonerado, não obstante ser general afecto à presidência da República e cunhado de Edeltrudes Costa, ex-Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente!), dando lugar à Vicente Soares, de que o camarada Januário Bernardo se diz ser afiliado”, reafirmou a fonte do MPLA local.

Alegadamente, Januário Bernardo e “comparsas”, aproveitando a inexperiência política de Vicente Soares, infiltraram pessoal da sua confiança nos órgãos de direcção da Administração Municipal e do partido, com o intuito destes prepararem as condições a fim do mesmo tornar-se, logo após as Eleições Gerais de 2017, no novo Administrador Municipal e Primeiro-secretário do MPLA na Kissama, na senda da remodelação governamental que será efectuada fruto do pleito eleitoral que, provavelmente, será vencido pelo MPLA, caso a oposição jamais se una numa única frente comum.

A fonte afirma que “embora tardio, Vicente Soares apercebeu-se do sucedido, mas já tarde demais mesmo, e com poucas possibilidades de refazer os erros que cometeu. Ficou sem muitas margens de manobras e chegou a manifestar por diversas vezes arrependimento. «Não é a minha vontade, mas tem de ser feito, não depende somente de mim, eu até nem gosto muito de estar na política, como é do vosso conhecimento, só que já aceitei, confidenciou o administrador uma vez»”.

Além da Administração Municipal, a nível partidário, Domingos Miguel Pascoal é o rosto mais visível da infiltração perpetrada por Januário Bernardo. Retirado no seio dos desalojados da Chicala 2, que foram parar à Kissama (vulgo “Ilha Dourada”), por castigo do Governo Provincial de Luanda, Domingos Miguel Pascoal foi eleito Segundo-secretário municipal do partido, nas vésperas do último congresso do MPLA. “Ninguém se atreveu a questionar porque tudo foi cozinhado a partir de Luanda. A orientação era para todos darem prioridade a lista de nomes vindos da estrutura provincial, o que fizemos, cegamente. Nem mesmo Vicente Soares conhecia boa parte dos camaradas que constavam da lista e o Januário Bernardo chegou a ligar para muitos camaradas na Kissama a avisá-los que haveriam de sair e não deviam mostrar quaisquer resistência, caso contrário cairiam no esquecimento total e todas as portas lhe seriam fechadas naquela região, pois o pessoal que vai mandar por lá é seu e, por enquanto, ele estaria do lado de fora garantindo a limpeza, até criar as premissas necessárias que lhe permitem voltar a dirigir aquela circunscrição territorial”, disse a fonte.

0 comentários:

ANGOLANAS LUTAM PELO AUMENTO DAS NÁDEGAS


Por Diogénes Van-Dúnem

Cresce, considerável e descontroladamente, o número de mulheres angolanas e não só, residente em Luanda, que desesperadamente “buscam” aumentar o tamanho das nádegas que possuem. De modo assustador o fenómeno se propaga na Cidade Capital e, na ânsia desenfreada, tais mulheres não medem meios para se chegar ao desejável. Usam todos tipos de artimanhas possíveis, chegando mesmo, na maioria delas, a colocar em risco a própria saúde. Nem por isso elas abdicam. Da medicina convencional à natural (incluindo o recurso aos ginásios e curandeiros tradicionais), dos alimentos aos simples aperitivos culinários, usam de tudo para ter o bumbum ideal e, consequentemente, uma boa forma física. Influenciadas por amigas e, sobretudo, pelas imagens que vêem na televisão ou através das outras redes sociais, lá vão elas, motivadas, seguindo a onda. O objectivo é “aparecer bem” em público, para impressionar os homens, ou simplesmente elevar a auto-estima e enquadrar-se no meio social quotidiano de que fazem parte. Quem não tiver bumbum “em dia” jamais estará na moda e dificilmente despertará o interesse dos rapazes, defendem-se.
Recebem vários tipos de promessas, tais como empregos, carros, casas, viagens, casamentos, etc., uma vez que atitude já conquistou inúmeros admiradores e “patrocinadores”. São as preferidas dos rapazes, nas paragens de táxi, eventos, festas e mesmo nas ruas da capital, constituem a atração principal. Como imanes, aliciam quase todos os olhares masculinos, inclusive de outras senhoras que, algumas vezes derrotadas, vão fazendo comentários a respeito da outra. 
Há uma luta destravada, parece que é cada vez mais difícil conquistar os homens. Na tentativa vale tudo e a competição é espontânea e constante, não tem regras, nem local, acontece, diariamente, em qualquer lugar e já se implantou nas repartições públicas. Quem possuir mais nádegas tem mais seguidores, pode progredir mais rapidamente, pode ter as melhores notas na escola ou na universidade e pode trabalhar em bons locais.
O game está violento, afirmam os rapazes, que, não raras vezes, mentalmente esfomeados, vão aderindo ao movimento, deliciando-se, visual ou fisicamente, prometendo-as “fundos e mundos”. Entre estes há quem enquadre o fenómeno nos ganhos que a era pós-conflito militar trouxe ao País, porque tal tem tido maior destaque durante os 14 anos de paz que Angola atravessa. Amílcar Luciano, funcionário de uma empresa de electricidade, situada na zona urbana de Luanda, afirma que “é preciso muita coragem para enfrentar a Capital. Somos mentalmente provocados. É muita adrenalina a subir-nos todos os dias. O orgasmo é público, e ao ar livre. As mulheres perderam a vergonha, pois é tanta ousadia e algumas exageram, no tamanho da Nbunda que apresentam, mas ainda mais na roupa que escolhem para usar no dia-a-dia. Muitas vezes quando se chega à casa, o homem já perdeu todas as vontades na rua. Fica sem disposição para olhar a parceira (mulher ou namorada), dado que já se auto-satisfez só de olhar, lá fora, para não falar dos casos em que alguns, excitados, cedem e arranjam mais de uma relação amorosa, visto que por cá a tentação é crua e nua”.

Hoje por hoje, as mulheres também “colocaram o ter Nbunda grande acima de tudo” porque mentalizaram que tal característica dá-lhes maiores facilidades de singrarem na vida. Acreditam que os rapazes fazem tudo por

elas. Algumas foram, à nascença, abençoadas, é tudo natural, faz parte do ADN familiar. Mas há quem jamais teve tal sorte. Razões por que buscam diversos métodos, umas ficam pelo ginásio e suplementos alimentares, outras optam por cirurgias plásticas no exterior do País. Algumas, mais ousadas, recorrem aos curandeiros tradicionais que, espalhados por quase todos os bairros, aconselham-nas vários coisas, desde a introdução constante do aperitivo culinário caldo Maggy no ânus à colocação da carne (bife), durante horas, na vagina, antes de ser cozinhando para dar, posteriormente, ao homem desejado e, desse modo, prendê-lo. 

Nunca fiz isso, pois o meu é natural, mas tenho amigas que o fazem e parece que tem estado a dar resultados; introduzem o caldo diariamente no ânus e em todas as refeições que fazem, afirma Ana da Silva Kombo, estudante do primeiro ano do curso de relações internacionais na Universidade Técnica de Angola (UTANGA).

Segundo Ana Lombo “elas fazem isso para impressionar os professores, chefes, colegas ou homens que têm alguma posse, com o intuito de as ajudar a singrar na vida, embora exista quem já esteja bem de vida e o faz apenas para prender o parceiro, aumentar a auto-estima ou exibir-se. Aqui, na Universidade, tem muitas. Nos mercados e paragens de táxi já nem se fala, é só ficares na ponte dos Congolenses, Aeroporto 4 de Fevereiro, na entrada da Shoprite Palanca, Kero Nova Vida, rotunda do Benfica, Vila do Gamek ou aqui mesmo, defronte a sede do Ministério das Finanças, e vais ver. Até as empregadas domésticas já estão a fazer isso, para despertar maior atenção dos patrões sobre elas. E as mulheres destes contra-atacam na mesma linha. Ninguém quer ficar para atrás. Está na moda, é a vida, vamos fazer o quê?”. 

A febre pelo aumento das nádegas já leva alguns anos, mas nos últimos cinco, parece que “o pico tende ultrapassar a linha vermelha”. Há anos era comum verem-se mulheres no Largo da Samba e 1º de Maio, por exemplo, a fazer ginástica, para “estar em forma”. Hoje, porém, isso apenas não basta. Além de que muitas são aqueles que terão sido “vítimas” dos supostos instrutores ou colegas. “Já saíram muitas gravidezes nessas coisas. Por isso, a afluência reduziu. Agora a preferência é pelos métodos mais arriscados e esquisitos”, disse a jovem Fernanda Baptista, de 24 anos, residente no bairro da Madeira, junto ao hipermercado Jumbo.

Redes sociais “fomentam” propagação do fenómeno

A propagação massiva de uma indústria da corpolatria, baseada nas características físicas como a melhor forma feminina de ascensão socioprofissional ou conjugal, o advento das novas tecnologias de informação e comunicação, com particular realce para o uso, generalizado, das redes sociais, apesar dos aspectos positivos que lhe são inerentes, fomentam, sobretudo em Luanda, de modo assustador, a corrida das mulheres pelo aumento das nádegas, independentemente da idade, condição social e nível de instrução. Cada uma quer ser a melhor. As que ainda não têm querem ter, as

que já possuem querem manter-se no topo. Os resultados são divulgados com satisfação, através de fotografias e vídeos, nas redes sociais. Jamais desperdiçam uma única oportunidade quando se trata de “aparecerem”, e há espectadores assíduos à espera. No facebook e no WhatsApp, por exemplo, onde frequentemente aparecem, algumas para criarem amizades chegam a “cobrar”, ora exigindo valores monetários ora cartões de recarga telefónica, a fim de activarem o plano de dados. Em massa nas redes sociais, comprometidas (ou não!), estudantes, executivas, trabalhadoras, adultas ou jovens, manifestam abertamente disposição para práticas promiscuas, por iniciativa própria ou mediante convite.

Há preços para todos os bolsos, mas se o interessados “ferve” melhor ainda. Grupos de conversa restrita como As Rabudas, Cozinha Aberta, Tezudas, Negócio Secreto ou Papo Directo, podem ser encontrados no Facebook e no WhatsApp, nos quais as conversações tratam sobretudo de sexo. Ali, pode-se ter um primeiro contacto com elas e, posteriormente, convidá-las para negociações particulares. Foi possível conhecer Sara Madalena dos Santos “Kinguera”, jovem na casa dos 20 anos, residente em Viana e estudante do Colégio Carvaju no Zango II, cujos pais proporcionarem uma condição de vida estável. Sara Madalena, que faz música Hip-Hop, tem um corpo muito atraente e ancas enormes, por isso, usa-os para conquistar as pessoas do sexo masculino e obter o que quiser destes, a medida que se vai oferecendo e os vai conhecendo. Adora sexo anal, mas não gosta de “bacanal”, como denominam o sexo com várias pessoas em simultâneo, e ainda vive com os pais, dai que o local de encontro fica ao critério do “amigo”. Os pais jamais desconfiam que a mesma ande nesta vida. Aceita enviar fotos com o rosto e partes sensuais dos seus órgãos genitais, caso lhe sejam pedidas. Também faz vídeos. Gosta de ser directa e objectiva “para jamais gastar o saldo”. 

Ao estilo de Sara, são visíveis no Facebook também Maria Pedro, Maura Botelho, Nina Rafael, Flamiana Chicambi (Luanda), Dayana Natália (Lunda Norte), Olinda Pedro (Huambo) e Céu Symbane (Maputo). Eva do Pecado Vilhena (Luanda), por exemplo, outra rapariga “fisicamente abençoada”, em 2014 ficou conhecidíssima por ter postado um vídeo no Facebook que propagou-se no Youtube, onde, com um vestido extravagante, exibia as nádegas enormes que tem dançando a música “Quadradinho” durante um casamento. Foi uma publicação que se tornou viral no Youtube e a sua aparição colocou a aludida música nos picos da audiência e tornou ainda a rapariga num sucesso do “Nbundismo” em Angola.    

 As predilectas nas noites de Luanda

Nos tempos que correm, é frequente a promiscuidade nas festas nocturnas da cidade Capital. Denominadas de After-party (o pós festa), aparecem raparigas semi-nuas, alcoolizadas a exibirem o corpo avantajado que ostentam. As tão propaladas festas iniciam sobretudo a partir da 23h30, prologando-se até a manhã seguinte, em condomínios residenciais e apartamentos nas centralidades luandinas. Nestes eventos, o lema é ser melhor. Todos beijam todas, todos envolvem-se com todas. As bebidas alcoólicas, principalmente Whiskies e cervejas, não faltam. As After-partys são como que uma extensão da festa. Ou seja, os jovens vão a festa, depois fazem a continuidade em privado, geralmente em casa de um deles, onde os responsáveis não estejam ou em residências alugadas, sobretudo nos Zangos. As mulheres não contribuem financeiramente, em contrapartida devem vestir-se “bem sexy”, apresentando-se de colãs, calções, vestidos ou saias ajustadíssimas, a fim de seduzir os participantes. Por vezes, na extravagância, algumas surgem somente de roupas interiores e sutiãs, cobertas por uma rede ou qualquer outra peça de roupa, inicialmente. A meio desta festa, há exibição de strip-tease e bacanal. “A loucura é total”, confidencia uma frequentadora que, todavia, prefere anonimato.
As mulheres fisicamente avantajadas são as predilectas nestes eventos, algumas raparigas afirmam que participam porque oferecem-se prémios e outros estímulos aos frequentadores do sexo feminino. “Cada uma quer mostrar que está melhor “em forma”, que é Mãe-grande da área”, disse a mesma fonte, estudante de Comunicação Social, e residente na Centralidade do Kilamba, com a mãe e o padrasto.
Algumas são ainda adolescentes, mas por possuírem uma fisionomia corporal enorme, consubstanciado no enorme tamanho das nádegas, passam despercebidas da maioria, tornando-se adultas no seio de adultos. Para alguns organizadores de eventos, os homens gostam de mulheres com nádegas enormes, pois as festas não são apenas frequentadas pelos adolescentes e jovens, até os “papoites caiem na noite para caçar miúdas em dia”, argumenta Paulo Kimaji, promotor de festas na Samba e Morro Bento, município de Belas. 
Mulheres avantajadas (entenda-se com ancas enormes e fisicamente bem parecidas) trazem aderência ao evento, razão por que muitas vezes não pagam para entrar, são convidadas do organizador para fazerem companhia aos convidados especiais e dar glamour a festa; geralmente elas vestem-se de acordo o tema em alusão; há quem vá lá apenas para as ver e conhecer uma delas, avança Paulo Kimaji, que possui nos arquivos eventos como Noite da Saia Malandra, Decote, Fio Dental e Xuxuado. 

Festas como do “bumbum dourado”, “senta no pula pula”, “chupa lá”, “mulherada”, “vai dar namoro”, e grupos de raparigas como as “baconas”, “ti pipito”, “cona russa”, “lambedoras” e “dia livre” aquecem e despertam multidões em Luanda, onde o “Nbundismo”, como também é chamado o movimento da apetência pelas ancas enormes, é visível todos os dias a olhos nus desde que se percorra as ruas da cidade, que vai perdendo o prestigio a cada dia.

Especialista alerta dos perigos

É verdade que as crises são cíclicas, mas jamais podemos nos deixar vencer, por mais que estejamos a passar por dificuldades sociais, profissionais ou familiares. Jamais devemos procurar o sustento e a ascensão através de meios poucos lícitos ou fáceis demais. Temos de ser muito equilibrados, para não cairmos nestas banalidades, afirma a professora de psicologia social Carla Cruz, que admite que muitas mulheres procuram impressionar a sociedade somente devido a boa estrutura corporal que ostentam. A especialista entende que as redes sociais e as TICs deviam servir para a partilha de coisas positivas, ao invés de promoverem a promiscuidade e a quebra de valores morais e sociais, mas tal como tudo, elas têm vantagens e desvantagens. 

0 comentários:

MORREU O COMUNISTA MAIS VIGOROSO

O histórico líder cubano Fidel Castro morreu nesta sexta-feira, 25, aos 90 anos, anunciou o seu irmão, o Presidente Raúl Castro, na televisão estatal. "O comandante-chefe da revolução cubana morreu esta noite às 22:29", afirmou Raúl Castro, que sucedeu a Fidel no poder em 2006.

Fonte: DN

Uma das pessoas mais influentes no século XX, que marca a identidade colectiva de Cuba, Castro tinha feito os 90 anos a 13 de Agosto.

Fidel Castro nasceu a 13 de Agosto de 1926, em Birán, filho de um camponês galego que fez fortuna na ilha e da sua segunda mulher. Estudou Direito na Universidade de Havana e quando concorria a um lugar como deputado, com 26 anos, deu-se o golpe de Fulgencio Batista que suspendeu as eleições.

Liderou em 1953 o falhado assalto ao quartel Moncada, pelo qual seria condenado a 13 anos de prisão, tal como o irmão mais novo, Raúl. Por pressão popular, acabam exilados no México - onde Fidel conheceu o argentino Che Guevara. É desse país que lança a revolução, desembarcando em Cuba no iate Granma em 1956. Depois de uma luta de guerrilha, entra vitorioso em Havana em 1959, assumindo primeiro a chefia do governo e na década de 1970 a presidência.

Pelo meio, tinha feito a aproximação à União Soviética à medida que se distanciava dos EUA - que a partir de 1960 instituíram o embargo a Cuba após a nacionalização de várias empresas. Em 1961, depois da falhada invasão da baía dos Porcos por parte de opositores cubanos treinados pela CIA, declara o carácter socialista da revolução - que tenta exportar para outros países na América Latina e África.

Um ano depois, o mundo ficou à beira da guerra nuclear durante a crise dos mísseis. A ligação a Moscovo seria abalada com o fim da URSS, nos anos 1990, que trouxe a primeira grande crise económica à ilha e obrigou a um primeiro movimento de abertura, até que o petróleo venezuelano substituiu os apoios soviéticos.

Mas foi a doença de Fidel e a chegada ao poder de Raúl que possibilitaram as grandes mudanças de hoje em Cuba. Sem perder a ideologia e a estrutura comunista, a ilha está a empreender reformas económicas (alguns dizem demasiado lentamente) e a aproximar-se do inimigo histórico, os EUA. No último ano, milhares de turistas norte-americanos visitaram aquela que durante mais de cinco décadas foi "ilha proibida" e o início dos voos regulares com Cuba deverá levar ainda mais à Pérola das Caraíbas, possibilitando um crescimento da economia cubana.

0 comentários:

CANDANDO ENTRE OS SUPERMERCADOS SELECCIONADOS PARA FORNECER CABAZES AOS FUNCIONÁRIOS DA SONANGOL


O Conselho de Administração da Sonangol inovou na forma de atribuição de cabazes aos trabalhadores activos e reformados da petrolífera estatal ao abandonar a tradicional entrega de (cabazes) produtos alimentares aos funcionários, passando a atribuí-los um cartão com o poder de compra de produtos comercializados em dois Hipermercados, dos quais, se inclui o Candando.

Para diferentes analistas, tal situação representa uma promiscuidade administrativa, dado o facto de a Presidente do Conselho de Administração da SONANGOL, Isabel dos Santos, ser a proprietária do Hipermercado Candando.

“Este cartão  de consumo permite  a cada pessoa escolher os artigos e compor o seu próprio cabaz, respondendo melhor às necessidades, desejos e expectativas dos colaboradores e das suas famílias.  De destacar que a  flexibilidade deste cartão de consumo, permite a aquisição de bens alimentares e não-alimentares, têxteis, mobiliário, electrodomésticos, brinquedos, aparelhos de electrónica, consultas de óptica e medicamentos. Esta proposta oferece, assim, um maior conjunto de bens e serviços, que também são essenciais, e vêm complementar as festividades nesta quadra”, lê-se no comunicado de imprensa lavrado pela petrolífera, continuando, “no processo de selecção dos fornecedores do cartão de consumo, foi realizado um concurso no mercado nacional, e foram convidadas várias empresas a participar. Apresentaram propostas as seguintes operadoras nacionais de superfícies comerciais: Kero, Nosso Super, Shoprite e Candando”.


Importa realçar que para além de o Hipermercado Candando pertencer a Isabel dos Santos, PCA da SONANGOL, o Hipermercado KERO – gerido pela empresa Zahara, pertence a outros ilustres cidadãos ligados à Presidência da República, nomeadamente: o vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, Hélder Vieira Dias (Kopelipa), Casa Militar da Presidência da República e outros.  

0 comentários:

EXECUTIVO IGNORA APELOS DO FMI E PROMETE REAJUSTE SALARIAL NA FUNÇÃO PÚBLICA


Há muito que o Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda ao Executivo angolano a realização de operações financeiras que reduzam os custos com pessoal na função pública.

Para o FMI, passou o período de preço alto do petróleo. O Executivo capitaneado por José Eduardo dos Santos nunca se pronunciou quanto à recomendação do FMI, mas o Bloco Democrático (BD) – partido político sem assento parlamentar, revelou-se contrário à medida, tendo a aconselhado o Governo, a tornar eficiente a Administração Pública e estruturar os impostos para que toda a actividade económica fosse taxada, as grandes fortunas pagassem impostos e para impedir a fuga de capitais do país e proibir o usufruto grátis dos bens (reais, serviços e financeiros) produzidos nas empresas públicas para os magnatas do poder, por forma aumentar a Receita Pública. Mas até aqui, silêncio sepulcral.  


No caso vertente, o Executivo prevê no Orçamento Geral do Estado para 2017 o reajustamento salarial e a revisão do salário mínimo nacional, garantiu ontem no Parlamento o ministro das Finanças.

Archer Mangueira adiantou que o salário mínimo vai ser visto no âmbito da política retributiva que está a ser aplicada pelo Executivo. Ora, o ministro das Finanças respondeu às questões apresentadas pelos deputados da UNITA Manuel Savihemba e Fernando Heitor.

Manuel Savihemba questionara ao ministro das Finanças sobre a revisão do salário mínimo nacional, o reajuste dos salários e a atribuição de subsídios e incentivos de periferia e isolamento. Já Fernando Heitor questionou sobre os resultados do combate aos funcionários “fantasmas” na Função Pública.

O ministro das Finanças, que falou durante o debate do Orçamento Geral do Estado na especialidade, afirmou que o Executivo reconhece a necessidade de se fazer um ajustamento salarial em função da gestão macro-económica. “Vai-se definir qual a melhor opção que se ajusta, combinando a questão do salário real com a questão do equilíbrio macroeconómico”, disse Archer Mangueira.

O ministro das Finanças, que não revelou a percentagem do ajustamento salarial, justificou que “é um trabalho que vai ser feito por uma comissão especializada”, com a intervenção de vários sectores.

0 comentários:

ANGOLA REAFIRMA ENGAJAMENTO NA ESTABILIDADE DA RCA

MIREX - Luanda
Luanda - O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, afirmou nesta quarta-feira, em Luanda, que Angola vai continuar a apoiar o processo de consolidação da paz e de estabilidade da República Centro Africana (RCA).

"A República de Angola assumiu o compromisso de ajudar a RCA e iremos trabalhar com este país na formação do seu pessoal, da Polícia eventualmente e outras unidades", expressou.

Em declarações à imprensa, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, disse que têm um acordo de cooperação de Governo, que vai permitir alguma participação em alguns projectos económicos neste país".

De acordo com o governante, que falava à imprensa, depois de ter participado na Conferência Internacional de Doadores para a RCA, realizada em Bruxelas (Reino da Bélgica), durante o evento a RCA propôs à comunidade internacional, particularmente aos doadores, no sentido de financiarem o seu programa de desenvolvimento.

"O presidente Faustin-Archange Touadéra apresentou vários projectos com o apoio da União Europeia e esta conferência permitiu angariar 2.9 biliões de dólares que vão ser financiados para vários projectos na República Centro-Africana. Os principais doadores são os bancos Mundial e Africano que são as organizações com maior peso", salientou.

Georges Chikoti participou no encontro em representação do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, na qualidade de Presidente da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e de "país amigo" da República Centro Africana.

0 comentários:

“MALÁRIA E A FEBRE-AMARELA NUNCA DIZIMARAM TANTA GENTE COMO NOS 41 ANOS DE INDEPENDÊNCIA”

“A República de Angola nunca registou tantas mortes por malária e febre-amarela como nos 41 anos de Independência Nacional”, o desabafo advém de diferentes cidadãos ouvidos no âmbito das comemorações da Dipanda.


O país assinalou 41 anos de independência proclamada solenemente às 23 horas do dia 11 de novembro de 1975. O marco alegra a todos, mas os cidadãos, face a precariedade no Sistema de Saúde Nacional, apelam ao Executivo que redobre esforços para que as doenças como a malária e febre-amarela jamais voltem a dizimar tanta gente como há poucos meses.

Ora, segundo o ancião Abílio, natural da Província do Huambo, que face ao passar do tempo e associado ao pouco nível de instrução académica, desconfia ter mais de 91 anos idade, a República de Angola nunca registou tanta morte por malária e febre-amarela no tempo colonial como nos 41 anos de Independência Nacional.

Peremptório, o velho diz que o colono português já havia, parcialmente, extinguido a malária e por completo a febre-amarela. “E isso de o presidente da República e seus ministros buscarem saúde fora do país, só nos pode transmitir a ideia de que o Sistema de Saúde é um desastre”, desabafou o ancião que diz temer pelo futuro de seus netos.

No caso vertente, na nossa ronda por Luanda, encontramos o politólogo e professor Gualter Franklim, que acredita que a restauração do Estado seja o único ganho alcançado pela independência.
Sebastião Salakiaco

Para o mesmo, a proclamação solene da independência, a 11.11.75, foi um passo decisivo para o início da organização do Estado, que permitiu ao país estabelecer as normas políticas e sua administração pública. “Mas infelizmente, a independência não resultou em transformações políticas profundas, tampouco sociais, porque o país mergulhou em profunda crise política, defrontou-se com a existência de um sistema educativo totalmente decalcado do modelo português com infra-estruturas escolares excepcionalmente localizadas nos centros urbanos, com fraca acessibilidade e equidade relativamente às populações autóctones”, enumerou.

Asafe Adelino
Já o engenheiro Asafe Adelino é de opinião de que com a independência, a República de Angola não só ganhou reconhecimento internacional, mas também progressos a nível social: mais escolas de ensino geral, universidades, hospitais etc. No entanto, “a independência foi só mais um passo para alcançarmos o progresso social e político”, diz o nosso interlocutor, que lamenta as mortes provocadas pela guerra civil pós-independência.

Contrariamente ao que disse Asafe Adelino, o empresário Manuel Ulica entende que os angolanos nunca desfrutaram dos ganhos alcançados por uma independência real, face a má gestão governativa.

Para o jovem empresário, o sistema de saúde angolano é um caos total, para justificar o que diz, aponta o facto de o presidente da República e os ministros do sector procurarem saúde ao exterior, sempre que se encontrem adoentados.

“Isso é prova mais que evidente de que eles (governantes) não confiam no Sistema de Saúde e da capacidade dos médicos que eles puseram à disposição dos cidadãos. No meu entender, pese embora esteja meio descoordenado, o sistema de educação está melhor que a saúde”, realçou.
Manuel Ulica



Também contactado a propósito, o politólogo e também professor Sebastião Salakiaco, sublinha a autodeterminação, o consequente reconhecimento internacional; a paz efctiva, as bases para a reconciliação das nações angolanas, a reestruturação das forças armadas unificadas, a construção e reconstrução de infraestruturas ferroviárias e rodoviárias, a alegada normalização das instituições democráticas e a competição política para a ascensão, exercício e manutenção do poder-politico como principais ganhos alcançados pela Independência Nacional.



Por sua vez, o também politólogo João Lukombo atribui os insucessos da independência a violação dos Acordos de Alvor – documento que ditava as regras para o alcance da referida emancipação.


João Lukombo
“Ora, para além da violação dos Acordos de Alvor que estabelecia a realização de eleições livre, justas (art. 40° dos Acordos supra), atribuindo ao candidato e ao movimento vitorioso a responsabilidade de formar Governo e Presidente da República de Angola respectivamente, tal como ocorreu no GHANA e na RDC, a instauração de um regime político de orientação marxista-leninista por parte do MPLA no pós-independência - que visou excluir os dois outros Movimentos de Libertação (FNLA e UNITA), a violação constante da actual Constituição da Repúblicas e demais leis por parte do Titular do Poder Executivo, a corrupção galopante e institucional que corroí e roeu os cofre do Estado são os principais recuos destes 41 anos”, referiu o politólogo, acrescentando, que, “os insucessos da Independência Nacional para param por aí, pois a violação dos Direitos Humanos e ao direito à vida pelo governo angolano (casos Eng° Nfulumpinga, Ganga, Cassule, Kamulingui e Rufino etc), a falta de liberdade de imprensa, manifestação, a monopolização de alguns sectores da economia angolana pela família do Presidente da República, tais como a banca nacional, o sector diamantífero, petrolífero, a telefonia móvel (UNITEL, MOVICEL), as fraudes eleitorais de (1992, 2008 e 2012), protagonizadas pelo regime santista e que tem retardado o processo de democratização e de fortificação das instituições angolanas em vez de homens, juntam-se aos factores que tonam amarga as comemorações da independência”, disse.



Importa referir que para além dos recuos enumerados, o nosso interlocutor acredita ter havido alguns avanços nestes 41 anos de independência e aponta os Acordos de Bicesse como um dos maiores ganhos alcançados.



“Face aos 41 anos de independência, os angolanos conseguiram implementar um processo de reconciliação nacional, sendo as Forças Armadas Angolanas (FAA) a instituição do Estado que melhor tem sabido lidar com o processo. Portanto, associados aos avanços que citei, estão o sentimento de segurança que o calar das armas trouxe, a livre circulação de pessoas e bens, a reconstrução nacional - que permitiu a ligação do país por terra e normal funcionamento das instituições, a quantificação dos serviços de saúde e de educação”, lembrou o politólogo João Lukombo.



Com F8

0 comentários:

Copyright © 2013 Disputas Políticas