PACIENTES E FAMILIARES QUEIXAM-SE DO ATENDIMENTO NO HOSPITAL DO SIGA


Rosa Bessa - directora provincial da saúde de Luanda
Vários doentes e acompanhantes destes que acorrem diariamente ao Hospital do SIGA, sita na rua do Porto Santo, bairro Hoji-Ya-Henda, município de Cazenga, Província de Luanda, manifestam-se agastados pelo alegado péssimo atendimento prestado pelo corpo clínico local.

Fazendo fé nas informações em nossa posse, naquele hospital, o paciente que pretende ser atendido com alguma brevidade, deve fazer-se presente às 05 horas ou às 06 horas respectivamente, para poder alistar o seu nome em lugar cimeiro, numa folha de papel posta a circular na secretaria do hospital.

“Lamentavelmente”, segundo alguns dos pacientes e seus respectivos acompanhantes, o hospital jamais atende com brevidade, excepto, dizem, àqueles que tenham algum amigo ou familiar no referido estabelecimento hospitalar.

“A pessoa traz um doente, tem de esperar para que o nome conste numa lista e aguarda às chamadas que para começar levam longas horas. Eles (Hospital) até podem desdramatizar o facto, mas a realidade está nua, aos olhos de todos”, desabafou o jovem Carlos, que carregou pelos ombros o irmão ao hospital, face a contundência da febre que assolava o petiz.

Entretanto, o jovem denunciante entende que o hospital regista diariamente muita enchente, mas também critica o corpo clínico por alegadamente atender de “modo muito titubeante”.

Similarmente irritado ao anterior interlocutor, Luísa Quinguegue, estudante de enfermagem, expôs o que está aprendendo na universidade, e garantiu que todo o doente deve ser submetido à Triagem, pois, segundo a aspirante à enfermeira, Triagem é o processo pelo qual se determina a prioridade do tratamento de pacientes com base na gravidade do seu estado.

“Mas no SIGA, pelo que percebi, os pacientes só são observados urgentemente quando dão entrada ao hospital arrastados por alguém”, lamentou, acrescentando, que, “muitos dos doentes que são consultados no hospital supra preferem fazer às análises médicas no Laboratório de Análises Clínicas Simão Oliveira, sita do lado adjacente àquele Hospital, por ser mais célere e garantir confiança”, sentenciou.

Contactado, uma fonte do hospital desdramatizou o facto, alegando que os técnicos de saúde que aí labutam fazem muito esforço para salvar vidas, dado o número reduzido de pessoal, associado ao número incalculável de doentes que aí acorrem.

“É verdade que o atendimento não tem sido o ideal, mas temo-nos esforçado bastante para dar a cada um dos pacientes, um atendimento à altura”, garantiu, adicionando, “nos últimos tempos temos atendido melhor do que antes, muito por causa da redução significativa da malária e febre-amarela”, advogou.

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