UA DEBATE HOJE ALGUNS DOS MUITOS PROBLEMAS AFRICANOS

Fonte: Angop
Luanda - O regresso do Reino de Marrocos à União Africana, após 33 anos de ausência em protesto contra a admissão da República Àrabe Saharaui Democrática (RASD), a eleição do presidente da Comissão Africana e dos respectivos comissários constituem questões de destaque da 28ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), que tem inicio hoje, segunda-feira, em Addis Abeba, Etiópia.

A delegação angolana é encabeçada pelo vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, em representação do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos. 

O Reino de Marrocos deixou a então OUA há 33 anos em protesto contra a admissão da República Árabe Saharaui Democrática (RASD), proclamada pela Frente Polisário no Sahara Ocidental, um território que considera seu.

Nos últimos meses, o Rei Mohamed VI do Marrocos realizou várias viagens diplomáticas pelo continente para proclamar seu compromisso perante os seus irmãos africanos.

Nelas, houve promessas de mega-contratos, de trabalhar pela paz e pela segurança e de uma nova cooperação sul -sul. 

O evento que reúne chefes de estado e de governo  durante dois dias vai decorrer sob o lema "Aproveitamento do dividendo demográfico, investindo na juventude",  foi antecedida pela 30ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo da União Africana e pela 33ª Sessão Ordinária do Comité de Representantes Permanentes, em que Angola fez-se representar, respectivamente, pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e pelo embaixador permanente junto da União Africana, Arcanjo do Nascimento.

Os Chefes de Estado e de Governos, à porta fechada, deverão debater, entre outras questões, a Governação (Arquitectura Africana de Governação e Eleições), e Integração (Livre circulação de pessoas, de bens e serviços).

Outro assunto de destaque para os debates, está relacionada com a Migração, ponto sobre o qual aguarda-se que os Chefes de Estado proponham medidas visando estancar os fluxos migratórios ilegais para o sul da Europa, com particular ênfase para o combate às redes de tráfico no sul do Mediterrâneo.

Os estadistas vão examinar um relatório apresentando pelo Presidente rwandês, Paul Kagamé, sobre as reformas institucionais da UA visando reforçar o sistema de Governação da organização continental.

Este relatório foi encomendado durante a última cimeira da UA em Kigali, no Rwanda. O ex-governador do Banco Central Sul-Africano, Tito Mboweni, foi designado como um dos peritos para ajudar na edição deste projecto.

Entre outros, a Assembleia vai abordar e deliberar sobre a situação de paz e segurança no continente, o Mecanismo de Avaliação Paritária e a Mudança Climática.

Angola concorre com dois candidatos a comissários para a Agricultura e Economia Rural e para os Assuntos Políticos,  Josefa Sacko, e Tete António, respectivamente

Sobre as candidaturas angolanas, o embaixador extraordinário e plenipotenciário na Etiópia e Representante Permanente junto da UA e Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA), Arcanjo do Nascimento, afirmou tratar-se de um momento oportuno, porque o país quer elevar a sua contribuição em termos de formulação de políticas para o trabalho da organização continental.

A cimeira vai igualmente examinar o Relatório Anual de 2016 da Comissão da UA, sobre a aplicação e a adaptação da Agenda 2063, a integração económica, o passaporte continental, bem como as missões de apoio à paz e a manutenção da paz.

 A sessão de abertura da 28ª Sessão Ordinária da Conferência de Chefes de Estados e de Governos da União Africana (UA) será orientada pelo Presidente da República do país que assumirá a presidência da União Africana em substituição do estadista tchadiano, Idriss Deby.

O evento conta com a presença do novo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e do Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud-Abbas.

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