UNITA DEVE LIVRAR-SE DE SAMAKUVA COM URGÊNCIA



Isaías Samakuva - presidente da UNITA
Por Redacção


O Galo Negro – fundado (com coragem e sacrifício) a 13 de março de 1966, em Muangai, província do Moxico, em Angola, pelo politólogo e general Jonas Malheiro Savimbi, é hoje, tal como o MPLA, CASA-CE, FNLA e PRS, um património da sociedade. Pois serve e deve somente servir as mais “sagradas” vontades de Angola e de seu povo. Logo, os cidadãos têm uma palavra a dizer sobre a referida organização política, dado o facto de o desaparecimento ou enfraquecimento da mesma contribuir também para o enfraquecimento da já ténue democracia.


Ora, as sociedades (seja no círculo empresarial ou político) são dinâmicas e, em face disso, os distraídos e menos equipados são deixados para trás. O Ocidente, por exemplo, leva isso mais a sério, os PCA dos “grandes” grupos empresariais, Chefe-Estado-Maior das Forças Armadas, comandantes da Polícia, presidentes de relevantes instituições financeiras, de Partidos Político ou da República são destituídos de seus cargos (outros até assassinados), caso se envolvam em “graves” escândalos, revelem falta de carisma ou representem algum obstáculo para ascensão das organizações.


Porém, o ex-líder socialista português, António José Seguro foi, por alegada letargia (mesmo tendo ganho mais lugares no parlamento europeu), forçado a realizar eleições primárias no interior do partido, do qual saiu largamente derrotado por António Costa. Por sua vez, o general David Petraeus, então chefe da Agência Central de Inteligência (CIA) e comandante das tropas americanas no Iraque e Afeganistão, viu-se impelido a renunciar ao cargo, após ter mantido uma relação extraconjugal. Até Paulo Portas, ex-presidente do CDS-PP/Portugal, que deu mostras de desconhecer o significado da palavra irrevogável em língua portuguesa, preferiu não mais se recandidatar a presidente do seu partido, após a queda do governo de coligação com PSD.


Por cá, a UNITA - maior partido na oposição desde 1992, período em que a República angolana realizou as suas primeiras eleições, procura alternar ao poder até muito antes da data enunciada (esteve mais próximo de a conseguir sob liderança de Jonas Savimbi), mas se tem revelado incapaz, face a “inaptidão política” de seu presidente, Isaías Henrique Ngola Samakuva. O citado presidente é responsável pela fuga de um número incalculável de militantes, nem o período de conflito armado provocou tamanho êxodo à UNITA.

Entretanto, ao invés de ser a solução dos variadíssimos problemas que o partido enfrenta (como anteriormente parecia), por consequência de suas derrotas eleitorais e de suas artimanhas centradas nele mesmo, Isaías Samakuva perdeu o prestígio e credibilidade popular, adicionando assim mais embaraços à organização. Se a UNITA pretende melhorar sua posição na arena política nacional deve sentar os seus mais importantes militantes (Comissão Política e Comité Permanente) e discutir com verdade e transparência sobre os reais empecilhos do partido.


1º) É só olhar pelo número de militantes saídos da UNITA nos últimos 13 anos; 2º) criar um gabinete de estudo que possa colectar informações dos cidadãos sobre o que acham do presidente da organização, 3º) olhar cuidadosamente por dentro do partido e tentar perceber se é mesmo dessa forma que Numa e outros devem ser tratados.

No entanto, se esses pressupostos de avaliação forem levados a sério, perceber-se-ão que Isaías Samakuva deve partir com urgência para o bem da UNITA e do país.


Endereço electrónico: jornalfalante@hotmail.com

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