“SÓ INGRESSA À POLÍCIA QUEM CUMPRIU SERVIÇO MILITAR” – ÂNGELO TAVARES
Fonte: JA
O ministro do Interior reprovou ontem, em Luanda, a forma como se tem
processado o ingresso de cidadãos na instituição, salientando que o
procedimento tem provocado alguns constrangimentos e indisciplina.
“Doravante, apenas os cidadãos que
cumprirem o serviço militar obrigatório poderão ingressar no Ministério do
Interior”, afirmou Ângelo da Veiga Tavares, para quem os candidatos
seleccionados devem ter idoneidade moral e outros conhecimentos com vista à consolidação
do nível de educação patriótica do efectivo.
O ministro defendeu o afastamento da corporação dos efectivos que assumem
comportamento indecoroso, a exemplo do que aconteceu há dias com efectivos
acusados de extorquir dinheiro à população, denunciados através das redes
sociais.
Os agentes corruptos foram detidos e
vão ser sancionados de forma exemplar, garantiu o ministro, durante a cerimónia
de cumprimentos de fim de ano, no Salão Nobre do Ministério do Interior, que
contou com a presença de responsáveis dos órgãos executivos e centrais da
instituição.
Ângelo da Veiga Tavares encorajou o
Serviço de Investigação Criminal (SIC) a prosseguir no combate contra crimes
violentos, como roubo de viaturas, homicídios e violações sexuais no seio
familiar.
“É preciso determinar as causas e motivações que estão na origem das violações sexuais, para que se possa desenvolver melhor o trabalho de prevenção e combate a este mal de forma sustentada, contando com o envolvimento das famílias, instituições, sociedade civil, igrejas e autoridades tradicionais”, disse. Para o ministro do Interior, a manifestação de novos tipos de crimes, como cibernéticos, financeiros e terroristas requer, para esclarecimento, condições técnicas, tecnológicas e humanas de elevado padrão.
O SIC, referiu, deve trabalhar para se ajustar às exigências do momento e cooperar com outras forças de inteligência mundiais, incluindo a Interpol.
O ministro disse que esforços estão a
ser efectuados para a implementação de um sistema integrado de coordenação
operacional das distintas forças e serviços de segurança, para garantir uma
acção integrada dos órgãos que intervêm no sistema de segurança pública.
Ângelo da Veiga Tavares anunciou, para
breve, a entrada do novo passaporte nacional com registo de dados biométricos,
conferindo maior segurança, fiabilidade e aceitação internacional.
O ministro do Interior disse ser importante que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros dissemine conhecimentos em coordenação com os ministérios da Saúde e da Educação sobre a extinção de incêndios, primeiros socorros e salvamento de náufragos, mediante uma formação nas escolas, centros comerciais, empresas de grande dimensão e repartições públicas.
O ministro do Interior disse ser importante que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros dissemine conhecimentos em coordenação com os ministérios da Saúde e da Educação sobre a extinção de incêndios, primeiros socorros e salvamento de náufragos, mediante uma formação nas escolas, centros comerciais, empresas de grande dimensão e repartições públicas.
O ministro apontou a construção de
casas de baixa renda para os filiados à Caixa de Protecção Social do Ministério
do Interior como um dos principais desafios do Ministério do Interior para o
próximo ano. As acções do
Ministério do Interior no próximo ano, acrescentou, vão também estar focadas na
criação de condições de segurança com vista à realização tranquila, no próximo
ano, das eleições gerais.
O ministro exortou o Serviço
Penitenciário a redobrar esforços, com vista à melhoria do sistema de formação
dos reclusos, estimulando o recurso ao ensino à distância, em parceria com as
universidades públicas e privadas do país.
Ângelo Tavares reconheceu o potencial de mão-de-obra do Serviço Penitenciário, salientando que os presos nas cadeias espalhadas pelo território devem produzir receitas para atenuar o esforço financeiro do Estado na sua manutenção.
Ângelo Tavares reconheceu o potencial de mão-de-obra do Serviço Penitenciário, salientando que os presos nas cadeias espalhadas pelo território devem produzir receitas para atenuar o esforço financeiro do Estado na sua manutenção.
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