EX-SECRETÁRIO DA UNITA SALVOU A VIDA DE DOS SANTOS

Vitorino Nhany
O presidente da República faltou ao tradicional discurso à Nação (proferido no início de cada ano parlamentar) de 2015, por causa da denúncia feita por Vitorino Nhany, ex-secretário-geral da UNITA, que revelara a existência de um grupo de ex-militares do Galo Negro e das FAPLA que pretendiam interceder a viatura do Titular do Poder Executivo, quando este se deslocaria ao parlamento, segundo o juiz João António, responsável pelo julgamento dos 37 indivíduos acusados de associação de malfeitores e tentativa de assalto à residência presidencial.

Entretanto, tal revelação deixou boa parte dos angolanos com medo e perplexos, dado o facto de, no período em referência, os serviços de apoio ao presidente da República terem anunciado que o estadista teria falhado ao discurso à Nação, por culpa de uma mera indisposição momentânea.


Dito desta forma, percebe-se que o referido informe arranjado pelos serviços de apoio ao Comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas pretendia, somente, tranquilizar as famílias que, segundo muitos, temem que o país registe mudanças de regime com base a golpes de Estado que por via de eleições livres, justas e transparentes.


Porém, recorde-se que Vitorino Nhany acusara os Serviços de Inteligência Militar de recrutar os referidos cidadãos para perpetrarem uma acção de tentativa de golpe de Estado simulado com objectivo de mobilizar solidariedade a nível nacional e internacional à volta do presidente Dos Santos. Verdade ou não, o facto é que o assunto continua sendo um tabu.


No caso vertente, fala-se que os membros do grupo em julgamento por associação de malfeitores e tentativa de assalto à casa presidencial foram detidos em posições diferentes. Uns foram apanhados no interior do Palácio Presidencial, outros na zona do 1ª de Maio e etc, ambos, rigorosamente armados.   

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