SITA ACUSADO DE MANTER-SE SURDO FACE ÀS LAMENTAÇÕES DOS MUNÍCIPES DO SAMBIZANGA
Os moradores do distrito urbano do Sambizanga
– zona tradicionalmente marcada pela criminalidade, vaticinam que o actual
comandante Provincial de Luanda da Polícia Nacional, António Maria Sita, tenha
adoptado uma estratégia de combate ao crime baseado em critérios discriminatórios
por alegadamente nada fazer para mitigar a avassaladora onda de criminalidade
ocorrida naquela circunscrição.
Os munícipes manifestaram seu
descontentamento à imprensa, face ao assalto concorrido com tentativa de
violação sexual, ocorrido ontem, na zona da linha férrea, protagonizado por
jovens delinquentes residentes na rua do
pisa-caco, comuna do Sambizanga, distrito com o mesmo nome.
Infelizmente, situações horripilantes como
descritas acima ocorrem diariamente no Sambizanga. Segundo muitos, tem sido perca
de tempo e esforço participar as ocorrências à Polícia Nacional. “Às vezes é
preferível procurar alguns jovens do bairro e fazer justiça por mãos próprias”,
diz uma residente.
Na verdade, há muito que os operacionais da
Polícia Nacional, adstritos ao Comando de Divisão do Sambizanga fazem descaso
das queixas a eles apresentadas, mas a indigna atitude policial ficou ainda
mais patente com a ascensão de Sita ao cadeirão máximo da Polícia de Luanda.
Desde lá (ascensão de Sita), embora tenha
havido mais operações em comparação aos seus antecessores, é no pelouro de Sita
que os delinquentes passaram a actuar mais livremente. A zona da linha férrea
(no Sambizanga) é um caos total. De forma impune e como se lhes fosse atribuído
uns prémios pelos feitos, os rapazes saem da rua do Pisa-caco e cometem
inúmeras atrocidades na linha férrea.
Pior ainda é que por se familiarizarem com a
marginalidade e os marginais, as crianças da zona começaram a protagonizar
lutas diárias de grupos infantis.
“Só pedimos que o sr. Comandante Sita resolva
essa situação. Algumas pessoas já pretendem abandonar suas casas”, implorou
Silvestre Correia.
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