GOVERNO ANGOLANO AGUARDA NOTA DE ISRAEL
O Governo angolano aguarda uma nota
oficial das autoridades israelitas sobre o eventual desagrado pela posição
assumida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o problema
israelo-palestiniano.
A posição foi anunciada ontem, em
comunicado, no final de um encontro entre o Director para África, Médio Oriente
e Organizações Regionais do Ministério das Relações Exteriores, Joaquim do
Espírito Santo, e o embaixador de Israel em Angola, Oren Rozenblat.
Durante o encontro, o chefe da missão
diplomática de Israel manifestou o desagrado do seu país pela posição assumida
pelo Conselho de Segurança da ONU, do qual Angola é membro não permanente até
ao final do mês. De acordo com o comunicado do Ministério das Relações, o
embaixador de Israel não se fez acompanhar da respectiva Nota Verbal, um
documento recomendável por regra diplomática universal para situações do género.
O Conselho de Segurança aprovou, na
sexta-feira passada, uma resolução contra os colonatos israelitas. O texto
recebeu 14 votos a favor e uma abstenção dos Estados Unidos. O documento
destaca que Israel precisa de acabar com as construções nos territórios
palestinianos, medida essencial para a solução de dois Estados. O texto
reafirma que o estabelecimento de colonatos, algo que ocorre desde 1967, não
tem validade legal e viola a lei internacional, além de ser um enorme obstáculo
para o alcance de uma solução de dois Estados e da paz na região.
Em reacção, Israel reduziu as suas
relações com os países que votaram a favor da resolução das Nações Unidas,
reduzindo temporariamente visitas e trabalhos com as embaixadas desses países.
Os membros permanentes do Conselho de
Segurança da ONU são os Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, que
têm poder de veto, e como membros não permanentes estão o Egipto, Senegal,
Angola, Japão, Ucrânia, Malásia, Uruguai, Venezuela, Nova Zelândia e Espanha.
0 comentários: