CONGO BRAZZAVILLE AUMENTA PRODUÇÃO PETROLÍFERA



A produção petrolífera do Congo Brazzaville vai passar para 300 mil barris por dia, em 2018, contra os actuais 250.750 barris, anunciou o ministro local de Hidrocarbonetos, Jean-Marc  Thystère Tchicaya, citado sexta-feira pela  rádio pública.


Jean-Marc Thystère Tchicaya disse que  2017  representa um ano de transição, nomeadamente, com a entrada em produção do campo Moho Norte, em Março e Abril próximos.

“As perspectivas são boas. Teremos  um aumento da produção que atingirá 300 mil barris por dia em 2018”, indicou o governante congolês durante uma mesa-redonda sobre o futuro do sector dos hidrocarbonetos no Congo.

A projecção feita pelo Congo contará com as actividades do grupo italiano ENI, que iniciou, em 2015, a produção no Campo Nene Marine, com uma capacidade de  1,5 milhões de  barris.
Na reunião ministerial sobre a zona de interesse comum de desenvolvimento da produção do campo petrolífero Lianzi, realizada no mês passado em Luanda, o  ministro congolês, Jean Marc Tchicaya, disse que no quadro das actividades inter-estatais (Angola e Congo Brazzaville) podem regozijar-se da implementação de uma das medidas mais importantes saídas da 26ª reunião entre os dois países.

Já na fase de produção, numa preocupação de redução dos custos, o secretário executivo consubstancia-se em pontos focais de cada um dos países.

“Orgulha-nos constatar o bom funcionamento do Comité de Unitização. Devemos enfrentar a baixa de produção, que se deve à redução de águas dos reservatórios”, disse Tchicaya. O Campo Lianzi, localizado na fronteira marítima dos dois países, apresenta um potencial de 70 milhões de barris. O Projecto da Comissão de Unitização (Blocos 14, Angola, e Haute Mer, Congo Brazzaville) tem uma capacidade de produção de 36 mil barris de petróleo por dia, cuja divisão é 50 por cento para cada país.
A localização dos jazigos atravessa as fronteiras comuns e, por isso, foi criado um órgão estatal para fazer o acompanhamento de todo o projecto, que tem à testa os ministros dos Petróleos dos dois países, nomeadamente Botelho de Vasconcelos (Angola) e Jean-Marc Thystère Tchicaya (Congo Brazzaville).

O mesmo órgão é suportado por um grupo técnico que analisa e soluciona os problemas decorrentes do acordo de partilha de produção existente. Até aqui, as autoridades dos dois países admitem ser “exemplar” o modo como as partes tratam os aspectos relacionados com a partilha do recurso petrolífero na zona transfronteiriça.

O início da produção no Campo Lianzi, em 2015, resulta de um acordo assinado entre Angola e o Congo em 2002, com o objectivo de fazer a exploração conjunta das estruturas geológicas transfronteiriças no Bloco 14 (Angola) e Bloco Haute Mer (Congo). Para fazer a exploração dessas estruturas foi assinado um acordo de participação entre os Estados e um grupo empreiteiro, cuja operadora é a Chevron Congo. A Comissão de Unitização é composta por um órgão interministerial de gestão e uma estrutura técnica.

Os ministros dos Petróleos de Angola e dos Hidrocarbonetos do Congo, bem como os presidentes dos conselhos de administração da Sonangol e da Empresa Nacional dos Petróleos do Congo (SNPC), são membros desse órgão inter-estatal de gestão, que tem uma presidência rotativa com duração de um ano.

A estrutura técnica é constituída por quadros dos dois países e cuja coordenação também é rotativa e com a duração de um ano. Existe ainda um secretariado executivo baseado em Ponta Negra.
Até aqui já foram assinados entre as duas partes diversos acordos, tais como o de imigração e o acordo aduaneiro. Todos os acordos que regem esta actividade de unitização foram aprovados pelas Assembleias Nacionais dos dois países.

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