EXECUTIVO DISPONIBILIZA 37 MILHÕES DE DÓLARES
O Executivo disponibilizou cerca de 37 milhões de dólares
para as empresas do sector das Pescas, entre Março e Novembro do presente,
informou ontem, em Luanda, a ministra das Pescas, Vitória de Barros Neto.
Entretanto, ao discursar na abertura do II Conselho
Consultivo do Ministério das Pescas, que se realiza sob o lema “Pesca e
aquicultura uma alternativa segura para a diversificação da economia”, a
ministra citou as províncias do Namibe, Benguela, Bengo e Luanda como as
beneficiárias do apoio concedido por intermédio do Banco Nacional de Angola
(BNA), que já permitiu a concretização dos programas estabelecidos.
“Face à nova lei de investimento privado, o Ministério
das Pescas aprovou recentemente um projecto no valor de 3,7 milhões de dólares,
destinados à aquisição de uma embarcação de pesca industrial”, informou Vitória
de Barros Neto, ao confirmar a existência de 47 propostas de investimento,
feitas através da Unidade Técnica de Apoio ao Investimento Privado, no valor de
135 milhões de dólares.
A ministra notou que sete desses projectos foram
entregues aos bancos comerciais para aprovação e financiamento. Apesar dos
constrangimentos, admitiu, o sector das Pescas apresenta bons indicadores de produção,
que permitiram capturar, de Janeiro a Outubro do presente ano, 416.621
toneladas de pescado diverso, com particular destaque para a pesca artesanal e
a semi-industrial, que contribuíram com mais de 61 por cento dessa captura.
Do mesmo modo, a produção de sal iodizado atingiu
cerca de 71.100 toneladas. Coisa idêntica acontece com a farinha e com o óleo
de peixe. “A farinha e o óleo de peixe continuam a ser os nossos principais
produtos de exportação”, disse a ministra, ao anunciar que foram exportadas
este ano 3.499 toneladas de crustáceos, no valor de 22,5 milhões de euros, e
19.475 de farinha e óleo de peixe, no valor de 7,7 milhões de dólares.
Vitória de Barros Neto realçou que este ano não houve
produção de conservas de pescado. Porém, garantiu, no início do próximo ano,
espera-se pelos resultados da fábrica do Tômbua, na província do Namibe, uma
unidade que vai entrar em funcionamento para reduzir a importação de conservas
de pescado e assegurar postos de trabalho.
Nesse quadro, a produção do peixe seco baixou em
relação ao ano passado, tendo atingido apenas 26.771 toneladas. Mas, Vitória de
Barros Neto indicou que há também, nesse campo, exportação de peixe seco e
congelado para os países vizinhos, além do sal. Ainda assim, sublinhou, “é
necessário inserir estas exportações no actual quadro da legislação em vigor,
de modo a fazer parte das estatísticas oficiais.”
O Executivo aprovou em Março, para o sector das
Pescas, o programa para aumento da produção do sal, o programa para o aumento e
promoção das exportações da farinha e óleo de peixe, o programa para o aumento
da produção de cacusso (tilápia), o programa para o aumento da produção e das
exportações de crustáceos e o programa do pescado, além das referências que
constam do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2016.
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