DIRIGENTE PORTUGUÊS PREVÊ NOVA CRISE ECONÓMICA NA EU

Passos Coelho
“Vem aí uma nova crise económica e financeira na União Europeia e ainda não estamos preparados para a enfrentar” avisou Pedro Passos Coelho, presidente do PSD/Portugal, na manhã de hoje, no debate sobre o futuro da Europa, no Porto.

O debate foi promovido pelos eurodeputados do Partido Popular Europeu (PPE) Paulo Rangel e José Manuel Fernandes. Na sequência, o líder social-democrata voltou a dramatizar o discurso, recuperando o alerta, feito em julho passado, de que "Vem aí o diabo". Um medo que persiste em Pedro Passos Coelho, apesar dos positivos recentes indicadores económicos.

"Temos quase a certeza que haverá uma nova crise. Queremos estar preparados para quando isso acontecer mas ainda não estamos", avisou o líder social-democrata, nesta manhã de sexta-feira, no debate que ainda decorre no Palácio da Bolsa, no Porto, sob o tema "Europa: que futuro?".

Passos Coelho não especificou para quando espera essa nova crise económica e financeira. E, desta vez, escusou-se a mencionar a palavra "diabo". Disse apenas que "ainda falta completar a reforma económica da União Europeia". E, no final do debate, recusou-se a prestar mais esclarecimentos aos jornalistas. Na sua intervenção, avisou ainda a família "social-democrata" para os riscos do populismo, vindo, em Portugal, da "Extrema-esquerda e da Esquerda radical".

Para Passos Coelho, um dos desafios da União Europeia é precisamente combater esse "populismo", alimentado por acontecimentos como o Brexit e as eleições norte-americanas, que têm servido para se colocar a tónica "na fraqueza, para não dizer deceção, do projeto europeu". "É isso que tem estado a alimentar, a trazer combustível para o populismo. Não temos sido suficientemente eficazes a combater essa perceção", declarou.

Para Portugal se "aproximar da média da União Europeia", tem, por isso, que resistir ao "populismo" e mudar as suas "orientações políticas". "Não a nossa opção de permanecer na Europa", vincou, num recado com um remetente indireto: o PCP e o BE. Se as "orientações" mudarem, "os próximos anos vão trazer resultados melhores do que aqueles que estamos a alcançar", enfatizou, desvalorizando, assim, as metas já conseguidas pelo Governo da "geringonça".


É que, para Passos Coelho, Portugal tem " desperdiçado muitas oportunidades", ao nível do aproveitamento de fundos comunitários. "Nem sempre aproveitamos da melhor forma", admitiu, reiterando, por isso, a necessidade de se alterarem as "opções políticas".

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