VÍTIMAS DA EXPLOSÃO DA SONANGOL ACUSAM PETROLÍFERA DE ABANDONO

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol EP) está a ser acusada de abandonar à sua sorte, as vítimas do incêndio que deflagrou numa das instalações da petrolífera estatal, em maio de 2013.
Fonte: F8
A acusação é feita pelos pais das crianças vítimas (incluindo os das cinco que morreram por não suportar a gravidade das queimaduras) do incêndio que deflagrou nas instalações Carlos Pinto Nogueira (ICPN) da Sonangol, sitas na Petrangol, município do Sambizanga-Luanda, derivado da fuga de gás, numa das condutas no dia 06 de Maio de 2013.

Tendo inicialmente se responsabilizado em indemnizar as vitímas, a empresa de uns tempos a esta parte, tem-se recusado em continuar a prestar assistência médica e medicamentosa às crianças, numa clara violação ao espírito e a letra dos acordos firmados com os progenitores das vítimas, espelhando uma inqualificável insensibilidade. “A vontade da Sonangol era de nos abandonar desde os primeiros dias do incidente, digo isso porque quando ocorreu o infortúnio, tivemos de socorrer os nossos filhos com meios próprios, a Sonangol apareceu para nos prestar ajuda dois ou três dias depois, também porque fizemos pressão em conjunto com a sociedade civil, caso contrário, talvez, não viessem”, acusou Filipe Francisco, pai de uma das vítimas.

Recorde-se ter, na altura, face as negociações, a petrolífera retirado “os miúdos do Hospital Neves Bendinha para à Clinica Girassol, onde foram devidamente assistidos até um certo tempo, mas hoje, alegam não ter em stock, a pomada necessária para acabar com as bolhas de queimaduras que estão a nascer sobre a pele dos meninos, mesmo após mais de três anos do incidente, com a agravante do assistente social encarregue de acompanhar o caso, tratar-nos de pobres e de a Sonangol não ter dinheiro para comprar as pomadas. Uma tremenda falta de respeito”, sentenciou. Segundo o documento, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola compromete-use em apoiar as crianças até a recuperação total, atribuir residência às vítimas e bolsa de estudos para o ensino médio.

“Uma coisa deve ficar claro: as vítimas não somos nós, são os nossos filhos, mas nem todos os rapazes beneficiaram de residências, porque há casas que caíram na altura da explosão e outras não. Na distribuição a Sonangol deu uma residência no Zango ou na centralidade do Bengo, a quem perdeu a casa durante o incêndio e igual número de residência àquele que a sua casa continua intacta no bairro – neste último caso, o pai continua com a casa dele na Petrangol e neste momento reside na casa atribuída ao filho, no Zango ou no Bengo, já no primeiro caso, o pai perdeu a casa dele face a avalanche da explosão e vive numa casa que supostamente a Sonangol deu para o filho que acabou queimado pelas chamas, isso nos tem causado muitos problemas”, esclareceu.
Tinilson Francisco - pai de uma das vítimas

Para Tinilson Francisco se “a Sonangol fosse séria e patriota devia colocar todas essas crianças num centro de formação especial, porque muitas delas já revelam incapacidade de assimilação, tornaram-se meninos com debilidades psíquicas e outras”, enfatizou. Entretanto, para apurar a veracidade dos factos e permitir o contraditório, F8 contactou a Sonangol/sede, mas essa atribuiu responsabilidade a Sonangol/distribuidora, aí chegados, esta, parecendo uma brincadeira de garotos, descalçou a bota, atirando a bola para a Sonangol/gaz Natural, sita no famoso prédio CIF.


Aqui, fomos informados que a engenheira responsável pelo dossier, estava ausente das instalações, mas tão logo chegasse, ligaria para a nossa redacção, o que não aconteceu até ao fecho da edição, continuando, caso tenham palavra, de pé, o acolhimento da versão da petrolífera nacional.
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